sábado, 31 de dezembro de 2016

O sol jorra pelas as janelas
em cascatas de luz, 
tépida, e difusa,
inclinei-me na direcção do sol, 
pareciam flores em busca 
de um calor meigo,que me faltava....
Eu continuo com os meus ouvidos,
cheios de promessas...
Onde só as almejo por míseros instantes,
 dum aconchego, de falar olhos nos olhos,
de saídas mordazes e traquinas,
de todo um pouco, que a vida deixou que levassem...
Hoje, é ultimo passeio a beira mar, debulhando o pão para alimentar as gaivotas, enrolei melhor o cachecol por causa da brisa fria.
Naquele silêncio do mar, eu. pensei nos meus pais.
Nos meus filhos ,neta, pensei em mim..!
Pensei em mais alguém ...
Caminhei alguns minutos em silêncio, torturava-me pensar o que ia na minha mente.
Será que ele também gostava...?
Há pequenos,momentos, que enchem o peito de amor, há outros ainda, mais pequenos, que deixam o coração penar de dor...!
Voei num escassos míseros segundos, se eu tivesse comigo uma tela, desenhava o teu rosto, com pedaços de madeira queimada, que o mar traz sempre para terra.
Talvez de outro jeito,com outro pensar...
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.@.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


O meu grito foi tão
abafado,que só
pelo silêncio
percebi,
que não havia gritado.
O grito fica batendo dentro
do peito...
Caminhei no alvorecer,
até ao entardecer,
com o grito silenciado,
dentro de mim.
Os dias ganharam
raízes.
E o grito,
fica abafado ,
para não ser gritado,
no peito dorido
como um gemido,
abafado,silenciado,
contrastado.
A lágrima correu na
palidez do rosto,
o grito foi abafado, e
silenciado...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016



Meu amor
Grande como o universo
inatingível como o mar
não consigo alcançar 
o que além do horizonte
se adivinha.
Queria ter coragem
meu amor grande
Falar deste segredo
tão somente meu
que só a mim me confesso.
Do amor que arde no peito,
da  angústia omitida,
nós meus sonhos....
Tenho vontade de me confessar
aos braços da distância.
Que se  perderam no tempo
a luta que travei para não gritar
da sede constante,
dos teus beijos,
 já, sem chão para palmilhar...
Esta revolta contida,
deste amor não presente,
dos sonhos que não sonhei,
da vontade de te falar
amor meu...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.
Passou por mim, 
entre passos apressados, e 
uma corrida ligeira,o 
imergir da madrugada, 
escondida,em nuvens 
passageiras.

O vento varria tudo
por onde passava.

Os dias exilados, e  
murmúrios 
convalescentes,
a dor rouca se compadecia 
dos males alheios... 
A voz do venta cantava 
escudada pelo silêncio.

As almas penadas 
acoitavam-se, 
maldizentes.!

O fim do ano se afunda 
nas clareiras de fogo...
As vozes puras 
imergem, 
saudado o novo Ano.! 
(reservado ao direito do autor)
Graça.Graça.@.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Hino ao Amor
27/12/2013.
No meu quarto tenho
uma escrivaninha 
onde guardo todas cartas
que recebi de ti...
Penso talvez em
escrever-te.
saudade que me dói mais
é a tua doce imagem,
que eu nunca saberei esquecer,
nem faço nada para isso aconteça
as cartas, que me escreves-te.
Hoje são paginas de um livro
que formatei nas tuas mãos,
que saboreio com lágrimas
de prazer...
São saudades da tua ausência...
(reservado ao direito do autor)
Graça. Bica.@.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Na casa da praia,
com o varandim virado pró mar
vivemos o nosso amor...
Ficou fechada,
desde aquele dia.!
Abri a porta enferrujada,
entrei. chorei,
de saudades da nossa casa
pequena, sobranceira
ao mar!
Lá estavam os nossos livros,
a nossa musica, as nossas
fotos,
por momentos os meus olhos
firmaram-se, nos fotos colados
pelas paredes.
sorrisos embebecidos, retratando
felicidade...
Naquele recanto pequeno,
caído cor céu,
 fizemos projectos, erguemos aranha céus
 acordamos tantas vezes
com o nascer do sol, a beijar os nossos corpos,
corríamos naquela praia,desafiando o vento.
banhávamos nas maré rasa.
 Ao cair da tarde os nossos corpos
cansados, deitávamos nas almofadas,
saboreamos um vinho,contava-mos as estrelas
ouvíamos a nossa musica, naquele alpendre
virado para o mar... ´
Sentei-me no chão...
tantas,e tantas imos-soes, revivi...
naquela tarde!
Quando a porta se abriu,
por força da ventania
olhei o mar crispado,
o meu peito deleitoso
de reviver momentos só meus.
um passado registado de amor.
Serrei os olhos por momentos
 imaginando,
verte a correr no areal, com
aquele sorriso maroto,
com as mães estendidas
para as minhas agarrares...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Foi um ano de dor, e 
de amor, foi um ano de 
fúria e lamuria, foi 
um ano com menos 
cor, 
com mais negrume, com
mais azedume, foi
um ano que eu
não queria,
mas daria
tudo para reverter, maís
um ano que passei
sem ti!!!
sem a companhia dos
meus amores, vem
bater no peito a
tristeza, e nostalgia de
viver sozinha, de
pensar nos outros, de
todos que fizeram parte de
mim, de ti... para o
ano será
igual...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016


Pedaços de mim...!
Voam sem rumo,
nem direcção,
a minha alma reclama 
ardentemente o
meu descanso.
Entre almofadas,e lençóis,
já mais senti o teu corpo
abraçado no meu,
os meus beijos outrora
eram momentos de mel,
eram alucinais que
se esgueiravam
num pedaço da cama....
Eram dias cansados
momentos inacabados,
eram vícios...
ousados de mais.
Era o teu corpo prostrado
quente e alucinado,
eram pedaços incontrolados
loucos e ousados
era tudo isto Amor...!
(reservado ao direito do autor)
Poesia da alma da poeta Graça Bica