quarta-feira, 18 de maio de 2016

As noites são pequenas
a lua desapareceu,
entre as estrelas
e as nuvens condensadas e
negras..
caminhei
por ruelas estreitas,
casas sem gente,
muros desmoronados,
ervas secas...
Um cheiro a morte
circundava por todo o lado,
os corvos rodopiavam sob mim...
O meu grito não tem eco...
O meu choro é abafado,
o meu corpo começa a desfalecer
devagarinho e fica,
prostrado no chão...
Graça Bica
Não sei como segurar,
o sonho da manhã ,
nas folhas de papel,
que escrevi.
Na surpresa dos gestos
que confidenciei no teu ouvido,
Dei-te o quarto a dizer mar,
gravámos na cama a saudade,
o amor,tornou-se esperança ,
escorria no corpo,
à liberdade
fantasiei o amor,
com cheiro de rosas,
com os abraços abertos,
a noite descia,
com ela, a brisa serrana.
O vento agreste, feria-me a alma,
o mistério estava entre nós,
não sei mais o que dizer,
deixei-te partir!
Ficaram os teus olhos
desenhados,
no travesseiro da cama,
as lágrimas correm
no lençol ...
Graça Bica

segunda-feira, 16 de maio de 2016

MULHER E AMAR.

Não é apenas amar o corpo dela,
Não é querer domina-la como se fosse 
seu dono...
Amar uma mulher é trata-la com carinho 
delicadeza,com
as mãos transportar suavidade meiguice com toques 

delicados,
Fazer amor devagarinho como fosse a sua primeira 

vez,
é dar prazer...proteger...
é colher uma flor como fosse um dia de primavera,
e partilhar os momentos vividos
até os dois cansados e adormecer.
é conquista-la a todo momento...
é abraçar como se fosse um maço de algodão 

delicadamente...
Amar uma mulher!!! 

é saber despertar o instinto que há dentro dela..
é ter arte com magia seus dedos delicados

 percorrer todo o seu ser,
Deixar ela mesma, conduzi-la e deixar que o conduza...
é fazê-la sentir-se única com beijos delicados,
Amar uma mulher...
tem que haver arte e saber, e ter amor na essência da palavra
onde existe toda a magia amor e fantasia, assim é amar...

GRAÇA BICA


Não vi o meu pai,
há noites que ele não vem,
eu fico a espera,
deitada dormitando,
por vezes acordada, 
sobressaltada, bocejando,
ao primeiro canto de um pássaro,
é a primeira luz do dia.
Ele não veio,
agasalhar-me com a manta de lá
que fica aos meus pés...
Começam os meus olhos,
a lacrimejar da ausência,
espero até que me apareças,
e cobras os meus pés
gelados de frio...
Graça Bica.
Foto de Poesia da alma.
Passei todo dia
com o eco destas palavras
nos meus ouvidos,
É esta origem do meu sentimento
de solidão. 
percorro a casa a fechar todas as portas
até a da sala fechei.
Na entrada existe um sombrio relógio,
vai marcando as horas do dia e noite ,
contado todos os meus passos
com rigor,
já a longos anos que vivo dentro desta casa
onde?,
É quanto sei!!!
Não me deixa viver para o mundo.
a luz torna-se espessa ,
os pássaros começam a recolher,
se eu ficar quieta,
durante momentos,
consigo ouvir as ondas do mar,
é para lá, que quero seguir ...
Graça Bica

domingo, 15 de maio de 2016

Fecho a porta,
sento-me e ponho-me olhar,de olhos secos,
para o pedaço de papel da parede,
acima da secretaria,
onde não encontro nenhuma imagem tua,
nem de mim própria,
correndo de mãos dadas pela praia.
Os anos passaram, 
e nunca mais apareces-te,
Assim foi apagando, cada vez mais da memoria.

E hoje a tua lembrança é tão vaga,
quanto um conto de fadas.
Permito-me olhar toda a terra, até perder de vista,
exaltada pelo esforço da minha vontade.
São estes os meus pensamentos...
ao olhar para o papel da parede,
há espera que a minha respiração se acalme,
e o medo se desvaneça.
para poder abrir de novo a porta do quarto...
Graça Bica
Não vi o meu pai,
há noites que ele não vem,
eu fico a espera,
deitada dormitando,
por vezes acordada, 
sobressaltada, bocejando,
ao primeiro canto de um pássaro,
é a primeira luz do dia.

Ele não veio,
agasalhar-me com a manta de lá
que fica aos meus pés...
Começam os meus olhos,
a lacrimejar da ausência,
espero até que me apareças,
e cobras os meus pés
gelados de frio...
Graça Bica.
Fecho a porta,
sento-me e ponho-me olhar,de olhos secos,
para o pedaço de papel da parede,
acima da secretaria,
onde não encontro nenhuma imagem tua,
nem de mim própria,
correndo de mãos dadas pela praia. 

Os anos passaram, e nunca mais apareces-te,
assim foi apagando, cada vez mais da memoria.
E hoje a tua lembrança é tão vaga,
quanto um conto de fadas. 

Permito-me olhar toda a terra, até perder de vista,
exaltada pelo esforço da minha vontade.
São estes os meus pensamentos...
ao olhar para o papel da parede,
há espera que a minha respiração se acalme,
e o medo se desvaneça.
para poder abrir de novo a porta do quarto...
Graça Bica
Quis em ti,
vingar os poentes,
abrir botões de orquídeas,
a luz do luar...
Fazer tranças de sol,
com laços de aguarelas,
bordar o teu rosto,
em lenços de lua cheia,
e depois,
ir-me embora-!
Deixar esta imagem de mim,
partirei por uns tempos, a qual
não sei a distancia,
nem o tempo,
que estarei ausente.
Pudesse eu,
um dia esperar-te
sem dizer-te um
adeus....
Graça Bica.

sábado, 14 de maio de 2016

Ainda não sei como dizer-te
Adeus...
Na sombra do silêncio.
ainda não me habituei 
há ideia de caminhar
sozinha,
do desvanecer
ao som das melodias...

Já sem sentido,
de bater na porta e
não ouvir os teus passos,
recordo o relógio
parado no tempo ...
Partiste antes do entardecer
na noite fria ainda
clamei por ti...
Nem as estrelas
me iluminam
fiquei perdida aqui...
Graça Bica


29 de Abril de 2014 às 18:08 ·
Os
olhos vagueiam,
na plenitude da distância
do imaginar do tempo
no desalento da alma
no correr,no areal,
no descalço imaginário
de um oásis no deserto,
é tudo que meu cérebro
desenha,
com um ponto final...!
Retalhos de um tempo,
porto de abrigo,
das aves migratórias,
que poisam no beiral,
em debanda para
descansar...
Sou filha da madrugada
refúgio do luar,
lufar de água fresca,
com um corpo reluzente
num manto rendilhado...
Deitada no tempo,
Graça Bica..
Numa tarde como a
de hoje,
as palavras jorram da mente
silenciosamente,
sentindo o sol beijar o rosto 
sem permissão...
As palavras gotejam
bruscamente do peito.
Fez-se silêncio
A alma recolheu
o teu beijo dado,
sem poder...
numa simples brincadeira
dizes tu?
Ou seriam duas marionetas
comandadas
no despique,sem freio!
com publico assistir...
Para ver quem beija melhor.
Sentencias-te que nessa hora,
ninguém existia na
tua vida,
nem um pensamento
te fez redimir...

Vou deixar
as palavras dos poetas
anularem
o imaginário...
enquanto,
Deixo-me embalar numa teia,
e recolher-me na nostalgia...
GRAÇA BICA.


Numa tarde como a
de hoje,
as palavras jorram da mente
silenciosamente,
sentindo o sol beijar o rosto 
sem permissão...
As palavras gotejam
bruscamente do peito.
Fez-se silêncio
A alma recolheu
o teu beijo dado,
sem poder...
numa simples brincadeira
dizes tu?
Ou seriam duas marionetas
comandadas
no despique,sem freio!
com publico assistir...
Para ver quem beija melhor.
Sentencias-te que nessa hora,
ninguém existia na
tua vida,
nem um pensamento
te fez redimir...

Vou deixar
as palavras dos poetas
anularem
o imaginário...
enquanto,
Deixo-me embalar numa teia,
e recolher-me na nostalgia...
GRAÇA BICA.


Era fim de tarde
o sino da aldeia
toque a rebate.

Grita uma voz alucinante
que a Amélia está entre 
a morte, e o dia,
os vizinhos correm
desenfreados,
rezando pela a pobre alma
que padecia...
A Sr.Mariquinhas
com muita fé e
mesinhas
trazia os filhos ao mundo
Silêncio pairava no ar
um candeeiro de petróleo
com uma chama ténue
iluminava o colchão da cama
da Amélia.
Por entre dentes saiam ais
e zurros de dor ...
Um grito ecoou....
nasceu...
O primeiro filho da Amélia
Sr Mariquinhas abriu a janela
agradeceu as preces
ao povo da aldeia
e chorou...
Mais uma vida nasceu,
na aldeia nós seus braços....

GRAÇA BICA
Foto de Poesia da alma.
Abril
Dia 25. hora 13h,15m.
Era madrugado
quando senti as dores,
das mulheres,
só elas as podem ter,
um suspiro,
de um novo dia.
Dia da liberdade.
de cravos vermelhos
Postados
nas armas, e lapela...
um erguer de ponho
dum acenar a liberdade !

Tinha um homem
de mão dada a sofrer,
o nascer da alvorada,
cheiros doces
pairavam no ar
de cravos floridos.
eram risos contidos, arrependidos,
de nada saber!
O sofrimento de dor,
o movimento
do meu ventre,
um grito de jubilo ,
saindo de mim
era a hora que
estava acontecer,
Uma esperança a nascer,
Um presente abençoado,
brilho dos teus olhos
a sorrir para mim,
os meus enternecidos
de amor.
Os nossos abraços entrelaçados
com beijos comungados,
nossa filha abençoada,
nasceu!!!
Graça Bica
Foto de Poesia da alma.
No vento da minha
alma,
resguardo o teu nome,
o peito não me deixa
chamar...
Acalento o teu perfil
na maresia do meu olhar,
Na quietude dos teus abraços,
Se o amanhecer vier,
e o sol descobrir
batizámos
os nossos beijos,
comungamos
os nossos abraços,
abraçamos o nossos
corpos,
lapidámos o nosso amor
em turquesa cor de mar..!
No caminhar do vento
percorrido da distância,
de margens separadas
amaciámos a distância,
no olhar do
nosso olhar...
guardado no peito.
Por vezes, a
soluçar...
Graça Bica
Estes dias de chuva importunam-me,
penso no mês do Maio
de outros tempos...

Quando compravas cerejas e as penduravas
em cacho nas minhas orelhas eu... 
vaidosa, passeava no jardim,
importunando as margaridas, cravos xaropes,
ervilhas de cheiros...
pavoneavam-se de mil cores, e mil cheiros...

O mês de Maio em nada se iguala
dos meus jovens anos de menina .!
Nos domingos ao fim da tarde
minha avo tios, e primos, vinham lanchar...
Tudo é diferente,
os cheiros deixaram saudades,
os canteiros que outrora floridos e cuidados ,
hoje jazem abandonados.
No tanque a água já não brota
a fonte secou...
As uvas mirraram nas vides, as macieiras secaram,
a casa que outrora nasci.
continua majestosa...
Dá todos os anos as boas vindas
ás andorinhas...
Graça Bica

O meu corpo
é uma paisagem,
do lado de fora
da janela do quarto.
 
Quando a noite se avizinha,
vejo o reflexo do corpo,
despido, 

parte em voo de ave.
Em busca de outras direcções...
O silêncio,é inerme ,
Os ponteiros do relógio
pararam....
na hora da partida
,
O velho relógio continua parado
da nossa distancia...

Chamo por ti...
É enorme a saudade,
que guardo na alma,
A vida,é uma estação,
aguardo a partida.

Graça Bica

domingo, 8 de maio de 2016

Dei conta do meu
tempo,
caminho na imperfeição
deste tempo.
Porque este tempo 
não se coaduna comigo.

O meu tempo é
uma ancora
de justiça,
um banir com retidão,
Na sequencia da certeza
não pactuo com omissos,
injustiças, deslealdades.

A voz conscienciosa
deu o alerta
sem minha
permissão.
Agradeço a todos que me
compreendem
sou mesmo assim ...
Sou a dona do meu tempo
Sou ....
Graça Bica

sábado, 7 de maio de 2016



Era fim de tarde
o sino da aldeia
toque a rebate.
Grita uma voz alucinante
que a Amélia está entre 
a morte, e o dia,
os vizinhos correm
desenfreados,
rezando pela a pobre alma
que padecia...
A Sr.Mariquinhas
com muita fé e
mesinhas
trazia os filhos ao mundo
Silêncio pairava no ar
um candeeiro de petróleo
com uma chama ténue
iluminava o colchão da cama
da Amélia.
Por entre dentes saiam ais
e zurros de dor ...
Um grito ecoou....
nasceu...
O primeiro filho da Amélia
Sr Mariquinhas abriu a janela
agradeceu as preces
ao povo da aldeia
e chorou...
Mais uma vida nasceu,
na aldeia nós seus braços....

GRAÇA BICA


Hoje tanto queria
ir ter contigo ,
invernar nos teus 
braços,
enquanto falavas de
coisas banais,
o teu bafo aqueceria
a minha pele...
Tanta coisa surgiria,
tanta doçura te 
daria
tantos arrepios
te causaria...
e tantas palavras
ficariam por 
dizer....
Ficaria-mos cansados
demais ...
Graça Bica.