quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Onde os meus olhos procuram, só há escuridão! O tempo não corre sem a luz que eu preciso. Hoje nas janelas não há flores, nem recantos adornados, com labaredas vermelhas, porque a fonte secou ...! Há espaços perdidos, entre aglomerados com campas, que nesta altura se vestem de flores..! Há, lágrimas solitários, descendo pelos rostos. Há, abraços que se repartem de saudades, de ano, em ano.! Há o teu espaço. Com a tua foto gasta, pelos beijos que te dou...! Há, o meu amor calado na ausência e, sem culpa ...! Há saudades, que se prendem entre mim, e os filhos. Há a tua neta, a quer saber histórias da nossa vida. Há a minha boca cantando as nossas conversas. nas noites de inverno,há lareira dando brilho aos nossos olhos, inundado as nossas almas... Há de tudo um pouco, e muito mais... Os meus olhos cansados,de seguir-te sem pressa, o meu canto chorando por ti,os filhos recusando da tua falta, a neta enaltecendo a palavra avó.! Não me é possível esquecer-te. Simplesmente, agasalho-te em mim, porque esquecer é, tarde de mais Amor.! ( reservado ao direito do autor) Graça Bica.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

A noite desce impaciente,o lume crispa desordenado na lareira, enquanto os meus olhos varrem a ultima pagina do livro,a minha gata de nome mia, deleita-se aos meus pés,o candeeiro da mesa pequena irradia na sala, uma luz amarelada e, acolhedora, os quadros parecem ter vida,as fotografias incidem para os meus olhos sorrindo, cautelosas para não me assustarem... O vento sopra vindo do norte, enquanto repouso os meus olhos pela salão,num modo de despedida, ficando o meu olhar parado no relógio, dando as 6horas da tarde,a noite já se faz sentir, o silencio geme no meu peito,as saudades bailam em redor do cadeirão, apressadas,deixando o meu olhar marejado com grossas lágrimas, a mia espreguiça devagarinho, dando-lhe um ar majestoso, e senhoril, olhando meiga-mente para mim, salta para o meu colo. O som da noite caminha,enquanto o lume arde,e a noite adormece na sala, leio a ultima pagina do livro..! (reservado ao direito de autor) Graça Bica. A imagem pode conter: fogo e interiores

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Os sonhos, as promessas, as dádivas, morreram,abraçadas na alma que te venera.! Os cheiros povoam pela casa e cómodos,e o relógio da sala toca de quarto,em quarto de hora, para me recordar de ti, e, os sofás deleitam o sono das horas mortas, antes do telejornal. A mesa da sala continua aprumada, de toalha de linho arrematada com ponto de cruz, os candelabros queimaram as ultimas velas, a floreira de cristal com pegas em prata, jaz sem flores... nos porta retratos,estão fotografados os nossos momentos, vida,felicidade,afectos... A gravata cor de açafrão, pronome de bom gosto,e aprumo, respira envaidecida com o nó em aprumo,e com o cheiro do teu perfume, essência verde cipreste, matizado com a cor dos teus olhos, no porta fatos junto da janela as calças cor de caqui, e os sapatos mel escuro, sombreiam no chão... A noite caminha sozinha pela casa, acompanho os passo amortecidos pelos teus chinelos de quarto, que eu ainda uso. O relógio de bolso dou-lhe corda diariamente. Todos os momentos nossos, ficaram selados na vereda da alma. As recordações dançam momentaneamente sempre que escrevo cartas para ti. Meu amor, terna é a minha saudade,e tão terno é, este amor que rega a minha vida. só de pensar em ti.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

L. A tarde ficou pardacenta,e com nevoeiro, deixando antever o outono há porta, dias pequenos, lareira acesa, o conforto da manta no sofá, passear os meus olhos por uma boa leitura, viajar pelos recantos imaginários da mente, tudo me agrada muito, gosto do outono.! Arredei os cortinados do salão, a minha gata mia brinca despreocupada, com uma bola de papel amachucado, enquanto acendia um ponto de luz para aconchegar o salão. Umas nuvens escuras vindas do sul, as gaivotas sobrevoam enviesadas pelo mar, de vez em quando entoam grunhidos,e afocinhando o bico para pescar... Este mar que os meus olhos enxergam,de aguas escuras feito chão a trabalha, numa ondulação forte, erguida, esfumando espuma por toda a orla da praia, pincelando grossas nuvens brancas pelo areal, estou estarrecida, como fosse a primeira vez, a olhar este mar que eu tanto adoro. Sinto que sou tão pequena, ao olhar tanta grandeza,tanta paz, tanto brilho, tanta coisa que se liga e desliga,no meu pensamento argiloso, duma grandeza sem espaço, em medir distancia. Retalhando,mais um pouco nas parede dos meus segredos, busco lugares virgens, sem permissão de alguém entrar, esmiúço nas brechas do imaginário, arquitectando pedaços saborosas de lembranças. Agora a minha paz é longa, tão longa que me permite viajar pelas léguas do meu consciente, porque a rezão são eu, a vida encurta a cada dia que passo, os meus olhos descaem, doces, zelosos por quem amo!!! (poema escrito ao abrigo do autor) GRAÇA BICA.
Sinto passos a correr... Entre mim e a vida, sinto uma angústia que alastra. um fardo que me enrola. uma tristeza que canta entre mim, e a vida. Sinto a vida a fugir, entre mi e a procura, sinto a alegria seguir, numa nuvem,tão escura. Tanto, e tanto que sinto, que o coração se esvazia, deste tempo,e nesta sina da vida... (reservado ao direito do autor) Graça Bica.
2013. L. Sei em que manhã fomos amantes da noite, silenciosamente, recordo do teu corpo feito de mar, que paginei de estrelas balouçantes,e fui nascendo,na interrogação salgada do teu olhar... Vestida de nu para ti,e tudo que nós aconteceu, foram momentos inesquecíveis,com beijos demorados, foi princesa por uma noite,senti os ciúmes das nuvens,sobre nós... O mergulho envergonhado,o colar dos nossos corpos, as coisas que nos aconteceram. Meu Deus..! Ainda recordo... o desfazer das horas debaixo de nós, o beijo final,doido, longo de paixão, prolongamos por tempo indeterminado, guardado no coração.! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.