segunda-feira, 31 de agosto de 2015

As palavras silenciadas
no peito,
choram a distância
de um amor...

Foto de Poesia da alma. Escorregadio,
como uma calçada polida,
desgastada pelo tempo!
E, humedecida de nevoeiro
rasante,
eu, penso em ti!

Na forma de moldar
o nosso amor,
desfolhamos
as nossas conversas!
Da, interrogação da
distância,
eu,penso em ti!

Tantas vezes,
as gaivotas sobrevoam.
a minha varando,
virada ao mar!
O grunhido,
entoam o canto do amor..
continuo a pensar em ti..!

Na hora que a saudade
acorda ...
dos momentos,
tão só nossos.
Chamo
por ti..
Graça Bica

domingo, 30 de agosto de 2015

Era o mês de Maio
as festas, na Vila!

As novenas, do Mês de Maria...

Tu passaste apressado,
eu olhei,
para o relógio, a contar as horas,
para ir a Igreja, rezar o terso,
em fervor a Virgem Maria...

O entardecer estava ameno,
os dias cresciam,
os noiteceres tardavam!
No largo da Vila...
haviam, carrocéis ,carros de choque ,
tiro ao alvo, tendas de artesanato,
brinquedos, até algodoam doce.
Uma tende de farturas!
Quando a novena acabava,
as amigas, e os pais,
desciam, para o jardim.
Era o ponto de encontro,
na tenda, das farturas.
Os Pais conversavam...
Nós ,sentávamos,
nos bancos de pedra,
que circundavam, a perola.
Nessa altura do ano, estava florida
de cachos cor lilás,
e cheiros perfumados....
Nós amigas, falávamos,
olhávamos, para os rapazes
da nossa idade.
Entre criticas,e risos
e cochichos, baixinhos!
Tu ,dirigiste-te a mim!
Com um coelho branco
de peluche,
dum tiro, certeiro ao alvo ....

 Desde esse dia,
acompanhávamos um ou outro!
Os anos foram passando,
A Vila passou, a Cidade
Continuam as festas de Maio,
Uma tarde, o telefone tocou,
silenciou,
O meu peito!

Foi nesta perola que eu sentava
com as amigas!
Saudades...!!!

Graça Bica

sábado, 29 de agosto de 2015

Prendi-me na noite
da ilusão.

Tu vinhas descalço,
pelas portas do enigma...
e eu, amava-te!
Tinhas nos olhos
os mistérios do amor...


Estendeste-me
os teus braços,
num abraço fugaz
e medroso.
Depois, a noite desceu
contigo!
Para te esconder de mim...

Repousei no teu ombro,
escorreram lágrimas
proibidas.
O nosso amor, foi
um fim de tarde,
de outono, o sol
da tarde aquece,
e o cair da noite,
fica frio...

Graça Bica.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Ficas-te do lado de fora
da minha vida.

Como o calor do sol,
num dia de inverno,...
as sombra,
da janela escondem,
as palavras que escrevo...

Fizeste de mim
um caminho solitário ...
Deixaste, as marcas
de lágrimas e risos,
Somente à tua espera
ficaram os dias,
e, o silêncio das palavras
que não contei!

Graça Bica

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Não toquei na hora,
por esquecimento
deixei-a passar...

Não telefonei, 
porque me esqueci!
Mas sim!
Porque sou esquecida!
Enquanto as mãos
não se tocam,
os sorrisos, não permanecem,
os silêncios, manifestam-se
a quietude se esvai...

Perlonguei no sonho,
a fantasia,
que não vivi!
As sensações estão despidas,
algures perdidas...
Sento no tempo
quase real, espero,
que se abra a distância
de cada instante,
que passa...

Graça Bica
Tantas, tantas vezes
chamei por ti!

Dizia que te amava, e
que o meu peito, respirava ...
com a tua dor!
Que o teu olhar, iluminava
o meu dia,
o teu sorrir eram as lanternas,
da minha vida!

Insiste, com as forças
que eu, não sabia
que tinha!
Para te ver sorrir,
e, respirar serenidade.
Caminhei na tua sombra,
sem a tua atenção,
os dias, e,os meses passaram,
Num sono disperso ,
entre noites, e, dias,
esperarei, até ao anoitecer...

Porque o amanhã ,
será longe demais.!!!
Graça Bica

domingo, 23 de agosto de 2015


Sinto falta de todos os beijos,
que não lhe dei.
De todos os sorrisos
que não causei.
De todas as lágrimas
que não enxuguei....
Sinto mais, e muito mais, 

a falta de nós, 
do que de mim!

Sinto a falta

de toda a esperança
que não dei, más recebi!
 De toda a compreensão

que me faltou.
Simplesmente, sinto

o que desapercebidamente
nunca havia sentido.
Do  amor que preciso,e
compartilhei, e não recebi...
Procuro...   
Um abraço,
nos nossos braços...  
Graça Bica
A manhã estava
por acordar,
os meus olhos doíam,
das lagrimas constantes
que labarão o rosto ...

 Não era o amor
que me castigava,
mas a teimosia,
em que me perdi..
No silêncio em que me tornei,
a mulher em mim
que, fustiguei ...

Ao abandono que
recolhi ....
Outrora construi
um mundo irreverente,
que brindava com a vida,
em meu redor,
almejei forças
para me defender!
Rejeitei amores remanseados,
tornei-me numa flor
que nasce,
com o sol. e. morre
ao anoitecer!
Graça Bica,

sábado, 22 de agosto de 2015

Quando a vida,
te parecer estranha, e
a solidão,te segrede.
que os homens
também aprendem a 
chorar...


Quando o vento, te
soprar ao ouvido, coisas
complicadas, que só
a lua, na sua simplicidade
e, mais tarde,
té fará entender:
quando o mar, for a tua companhia
na sua quietude, e
te ensine coragem, na sua revolta.
E quando a vida ,o
vento, o mar e a lua te
emoldarem o sentir,
e te façam único!
Compreenderás a beleza
que ainda não
descobriste!
Porque os teus olhos vagueiam
sem compreender,
o que procuras!!!

É uma imensa ternura
que te guia, com um horar....
Graça Bica.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Nas manhãs cansadas,
 e, noites por dormir!

   
Os rios corriam da montanha,
cantavam de pedra,
em, pedra,
para desaguar no mar...
As ondas de mansinho
quebravam-se no areal...
o meu corpo cansado,
esperava o render
dos teus braços,
envolto ao meu corpo,
vestido de cambraia
cor marfim...

As lágrimas desciam
aos meus olhos,
banhando, o rosto marcado
de silêncio   
entre soluços,
e,o tempo da maré vazar...
Havia uma imensa distância,
que fustigava a alma...
Não, sei às horas 
que a maré vaza!!!

 
   
Fado da Graça.
É lindo cheio de graça!

Graça mulher franzina,
quem passa por ela
fica o seu cheiro no ar!
Um sorriso rasgado,
e, um olhar de encantar!
Os dias foram passando,
e,ninguém viu a Graça!

 
A noticia correu na aldeia,
pelos montes e caminhos....
Até que um velhinho,
veio ao adro a chorar.
Que a Graça tinha morrido,
por um, amor que tinha partido...

Os sinos tocaram,
e, todos ao adro chegaram,
com lamentos e, saudades.
No funeral uma velhinha,
entre soluços cantava
e, violas a trinar...
Graça Bica.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

És a poesia ,
a dança, o sonho,
o canto que vem
aos meus lábios ...


E porque tu existes,
que a minha alma
acorda,
os pássaros na noite....
Caminho pelas horas
de um relógio
que me deixaste,
parado no tempo...

São tão longas as horas,
que me rodeiam,
o relógio... está lá!
Mas tu partiste .....
A minha viagem é um circulo
vicioso,
que eu, nunca,
encontrarei o caminho...
Graça Bica

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Tenho a forma
da ilusão.
Nas minhas mãos,
o desenho da lua,
onde se espalha o meu rosto!

Trago sempre a saudade
daquilo que tive,
do que vivi!
Onde me sustento,
de instante a instante ....

Nos meu passos
trago o desejo,
na minha sombra,
a cidade dos sonhos.
Dá-me a dimensão
das saudades,
antes que eu me perca
e a noite caia...

Eu não veja, as coisas
por descobrir,
quero no caminho
a sombra do que fui,
do que amei sem me pertencer...

Graça Bica
Meu amor
não consigo,
escrever sem falar,
com a minha alma!

 Para partilhar
os meus desabafos,
recordar os meus

sentimentos,
da nossa vida.


Os testemunhos

do nosso sentir,
escrevo para ti! 

Com a pena de uma
gaivota, 
que sobrevoa sub, o mar...


 Da praia deserta.
Onde tantas vezes

eu choro, 
de amor só,
de pensar em ti ...

 Graça Bica



 Estes passos esgotados,
este rosto disfarçado,
este peito corroído,
este corpo sufocado, 
foram
as flores, do meu ventre!

O jardim da minha alma,
espadas do meu silêncio,
quebram a quietude,
da minha solidão,
sozinha,me sustento!

A imagem doutrora,
com um corpo delineado,
apele rejuvenescida, 
fazendo furor
ao tempo!

 O amor vai soluçando,
nesta prece comovida,
desta saudade que ficou, 
numa lágrima que correu
na minha face despida...

Graça Bica
 
  •  

domingo, 16 de agosto de 2015

Minha vida numa aldeia,
pequena e florida,
com um braço de amar,
nela, vi barcos
atracados ao cais.

Cheiros de maresia
e gaivotas a voar, 
vi rostos perdidos,
num olhar
de pensamentos
talvez ausentes...
Dos seus sentires ....

Vi olhar meigo,
que me surpreendeu,
um sorriso com meiguice,
falamos junto ao cais,
um beijo fugidio,
as portas do rio..

Graça Bica.
  

Não te apaixones
pelo amor,
Apaixona-te por alguém,
que te ame!
Que te espere ,e te compreenda,
Por alguém que te ajude .
Que te guia ,que seja o teu apoio!

Por alguém que sonhe contigo!
Que pense em ti, no teu rosto,
Na delicadeza do teu espirito, 
Apaixona-te por alguém
Que sofra contigo,
Que ria junto de ti.
Que seca as tuas lágrimas

Apaixona-te por alguém
Que esteja ao teu lado,
depois das zangas ,dos desencontros!
Alguém que caminhe contigo! 
Não te apaixones, por pelo amor!
Apaixona-te,
por alguém que esteja
apaixonada por ti...

Graça Bica

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Leva-me contigo!

Leva-me de olhos
fechados,
pela penumbra
dos meus dias,
onde, não tenho medo
dos sonhos.

Porque contigo parto,
para outro universo,
onde os dias, as noites ,
meses, e anos,
são embrenhados
de felicidade,

Os meus passos
são caminhantes
dos teus,
a tua sombra é o emparelhar
da felicidade 
somos, o mesmo corpo
a mesma alma!
A mesma verdade ...

Graça Bica  
Meu amor
envolta em ti,
esqueço,
o frio...
os dias longos
por terminar,  
Desejo,o calor do teu abraço
quente...

Não, quero que a noite
desça.
Quero ...  e desejo,
que perdure.
Os nossos abraços,
os nossos beijos, 
 e todo o silêncio
que se  enrola em nós.
Entrelaçados abraçados ...
Dormimos...
Amor.

Graça Bica
  
Na  minha velha casa,
há  um castanheiro
imponente!
Com ramos estrondosos,
que se alargam,
e se acomodam, 
Me  acolhem!!!
 
É o átrio da minha
reflequeção, do presente
e passado!  
Ainda que a luz ténue 
e o sol brilhe,
por entra as folhas
espaçosas,

Desenho no tronco
os meus desejos,
com curvas,
e contra cuvas, 
misturo-me com a terra
empoeirada, 
onde faço  parte dela...

Graça Bica       
..
Os passos lentos
e largos
sobre areia 
prendem-me ao passado...
 
São visões que enxergo
sobre o horizonte, 
deslumbram a minha alma.
E aquecem as minhas,
já velhas lágrimas...
dos nossos corpos
que se amaram outrora.

Desprendem  na quietude
do silêncio,
e das frias madrugadas,
escritos em poemas, 
com profecias que nunca
se realizaram.

Uma chama ardente, 
apagou, a lentidão
de um beijo
nas frias madrugadas!

Graça Bica       
Solidão

 O nosso quarto foi bordado
no desfolhar do nosso amor,
no desdobrar dos nossos
lençóis,...

 Nos sorrir da bruma ,

da ternura, das noites
mal dormidas,
nos risos da madrugada
do tempo que pernoitavas
na alcofa da minha vida!


 A voz do silêncio entrou sem
bater.
as lembranças ternas
ficaram ,nas almofadas
que amparavam o meu corpo.
 
Vivi torrentes de solidão,

A fúria do vento, gelado e frio.
Fustigou a  alma,
o vento penteou o meu cabelo,
 alinhou a minha roupa.
caminhei em sentido contrário,


Sigo rasgando
o caminho,
há solidão..


Graça Bica
No meu quarto, à 
uma escrevaninha,
onde guardo todas as
cartas que recebi de
ti..!
eu penso,
talvez em
te escrever?
é, a saudade que me dói mais, é
da tua doce imagem,
que eu nunca, saberei esquecer,
nem faço nada, para
que isso aconteça!
as cartas, que me escreves-te,
hoje são paginas de
um livro, que formatei em
tuas mães abertas que, eu
não consigo
fechar.!
as lágrimas que choro, de
saudades da alma, no
coração que dói
da tua ausência,
amor...

Graça Bica

quinta-feira, 13 de agosto de 2015



Acordei
com os teu olhar
a beijar o meu corpo,

Os teus olhos, iluminavam
o meu sorriso.
As nossa bocas
se uniram,
com o bafo do nosso
beijo,
As nossas  mãos
entrelaçaram,
percorreram
os corpos!
   
Num desejo, lactente 
de felicidade,  
teu olhar, mormorava
que eu, era o teu porto
de abrigo!
O confessar,dos
olhos, incendiarão
o nosso Amor .

Graça Bica
  

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O sol começava
a declinar
sobre a linha
do horizonte.!
Um clarão alaranjado, ...
refletia na plenitude do oceano,

No espelho do quarto
revia, a minha silhueta
triste, e emagrecida,
os anos tinham, passado
numa destreza aflitiva.
Sem que eu. desse conta.
A minha solidão, era bravia,
marcou a minha vida
Dos passos da vida.
ao adeus, ao passado!
Graça Bica



Por onde andas,
meu amor maior?

Porque me tens
aqui, aprisionada?
sou cativa de ti.
Só oiço o barulho
das águas.

Correm velozmente
para o rio!
E oiço as águas cantando
o nosso amor.
Escondo-me deste mundo, horrível

Onde passeio sozinha,
perdida de ti...
Por mais que o rio cante,
só canta o nosso amor...

Quero todas os dias
sentar-me,
junto ao silêncio
do rio...

Graça Bica










O sol começava

a diclinar sobre a linha

do horisonte.

o clarão ajaranjado

refletia na plinitude do ociano

no espelho do quarto

revia a minha silhueta

triste,e imagrecida

os anos tinham,passados

numa destreza ,

sem que eu desse conta

a minha solidão, era bravia ,

marcon a minha vida

do adeus do passado,

Graça Bica
Corri descalça,

para a praia,

os dias eram tão só nossos,

um barco ancorado no cais,

esperava por ti.

As nuvens corriam

feitas bailarinas,

o pregão da mulher do peixe,

os assobios dos pescadores

quando a cana vergava com o peixe,

o vento soprava sul

tu, caminhavas a procura  

do teu abraço.

À confissão das palavras

sussurradas de mágia,

contando os nossos sonhos,

as gaivotas grunhiam,

em redor dos nossos corpos

suados de paixão.

Vinham as risadas,

as frases malucas,

o falar por falar,

de um amor proibido

pela correnteza

da minha idade

Recordas amor?

Só tu e eu.

Graça Bica. 
  

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Na casa da praia
foi, onde vivemos
o nosso amor!

Estava fechada,
como a deixamos
naquele dia...
Abri a porta enferrujada,
entrei, olhei,

recordei, e chorei!

Com uma saudade,

desmesurada,
lá estavam os nossos livros,
a nossa musica,

as nossas fotos...
Desde o dia da despedida.


Sentei-me no chão,
com batimentos

acelerados, no meu peito,
quando a porta se abriu,
por força da ventania,

olhei o mar crispado.

O meu rosto, tão magoado,
de lágrimas,

e dores do passada...
de te encontrar

à beira mar,
de sorriso maroto...


 De mão estendida,

para as minhas, agarrar!
Fechei a porta.

Atirei a chave ,ao furioso mar, 
para não voltar a nossa casa
que respira saudades....!

Graça Bica,
Sou mulher!
Sou gota de orvalho,
flor de Liz.

Sou, pedra do tempo, 
do monte agreste, 

do vento gelado,
que sopra dos Alpes,


Sou mulher, que sofre
descalça na praia, 

de peito vazio,
no bater da alma.


Caminho na calçada,
de pé descalço,
procuro, intensamente 
que me levem a ti..
Onde sinta o cheiro,
do teu abraço,
forte e verdadeiro!


O meu amor,
é sair na chuva,
sem ser molhada.
na esperança,

de te encontrar,
e sonhar ao teu lado....
 


Sou mulher!

com as marcas,
feridas dos anos,
que vagueia na ilusão,
do teu amor...

Graça Bica.
Meu amor
Grande...

Como o universo,
inatingível como o mar,
não o consigo alcançar,
o que além do horizonte
se adivinha..!


 Queria ter coragem,
meu amor grande.
De falar, deste segredo
tão somente meu!!!
Que só a mim,
me confesso!

O amor, que arde,
no peito,
da angústia omitida
nós meus sonhos,
tenho vontade,
de me confessar...

Os braços da distância
ficaram perdidas
no tempo,
Ai, a luta que travei,
para não gritar,
a sede constante.
dos teus beijos!
 
já sem chão, para palmilhar
com  revolta contida,
deste amor não presente,
dos sonhos, que não sonhei,
da vontade de te falar,
amor meu.!
Graça Bica

Não sei como segurar,
o sonho da manhã!

 Escrevi, nas folhas de papel,
na sopresa dos gestos,
fiz, confidências

no teu ouvido,
proclamei um amor proibido,


Dei-te o quarto a dizer mar,
gravámos na cama, a saudade,
o amor, cresceu em nós!
Escorria no corpo,

a liberdade,

Fantasiei o amor,

com cheiro de rosas,
e, de abraços abertos,

a noite descia,
com ela, a brisa serrana,


 O vento agreste, feria a alma,
o mistério estava entre nós! 

guardei-o no peito dorido,
deixei-te partir...!


Ficaram os teus olhos

desenhados,
no travesseiro da cama,
as lágrimas correram

no lençol ...

Graça Bica
No entardecer.
Do meu silêncio.

Sentei numa duna da praia,
o sargaço inunda o pulmão,
do meu respirar...
As gaivotas distraídas,
perturbam, o meu silêncio,
enquanto, recordava   

o quadro da
minha vida!


 Dos sulcos deixado no peito,
a mercê do tempo,
enraizados, a décadas,
soluçando nos anos!
 Abordavam-se as gaivotas,
salpicando o sargaço, para se
alimentar.


 O mar estava calma, a
ondulação espirrava.
abraçando o extenso areal,
 Os meses e os dias ,eram
pequenos!
Desabafando a magoa,
chorando, e  rindo....

  
 Alinhavado, no descrever
das minhas lembranças,
no meu peito,

era uma mulher
triste!
De perfil,
já olhos brilhavam, a cada
momento,
que recordava, os dias do
amanhã...!


Graça Bica.
Na noite em que abri
a janela, do quarto.
 
Vi os teus olhos,
meu amor ...
eram,as flores do meu jardim,
que adornavam,
os meus canteiros...
Os teus olhos.
riram para mim...  

São, os teus olhos
que leem, os meus
poemas,
que escrevo, num livro 
 e te ofereço...
 Ou melhor, que se leia,
na face, do teu rosto!
Nos teus lábios, há um sorriso,
no teu sorriso, há um rosto.
entrelaço-o,
com o nosso beijo...

Graça Bica.

domingo, 9 de agosto de 2015

Acordei numa manha,

triste, e chuvosa.

Os pardais chilrreavam,

no varandim da janela

do quarto.

Estava triste,

numa dessas manhãs

que, não me faz bem,

recordar.!

Voei, em pensamento,

para além da tua imagem...

O corpo padecia de saudades,

com uma réstia,
teimosamente!


de te vir a encontrar...

As horas, corriam loucas,

e meu corpo, inerto, de sonhar

na distancia...

No quarto havia um silencio,

as paredes respiravam

a minha saudade.

O tempo continuou a chover ....

Acomodei-me....

Graça Bica.

sábado, 8 de agosto de 2015

Na noite

Acalento, o nosso amor,
na almofada da cama,
no sonho, caminho
com a lembrança de ti!
Meu Amor!!! 

 Queria escrever uma carta,
de saudade, com um abraço
do meu peito...!
E, desabafar, tanto,
lamurio, sufocado,
engasgados, na minha alma!       

Caminho contigo!
de dedos entrelaçados, 
mitigo, a recordação, do nosso
abraço,
da ilusão, das palavras saídas
do peito, entrelaçadas
com amor,
ainda digo que te amo!

Não sei !
Caminhar sozinha,
preciso ,da tua sombra,
para,
iluminar, a minha vida, 
deixar, os meus lábios sorrir,
pronunciar...
palavras doces, 
que me unem ati...


Graça Bica
  •  

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Luar

Vi o olhar cansado da lua,
 e, não, sorriu,
para os meus olhos!

 Fiquei aguada,

na luz intensa do
teu brilho!
 Ofuscas-te, os meus olhos,
 de tantas ,e tantas  noites,

nós olharmos... 
do luar tão só  nosso!!!!

  
Iluminavas o universo,  
eu,
aguardava, a descida da noite,
na esperança da luz,

Desenhava, o teu feitiço, 
com pingentes de estrelas ,

caindo,
sobre mim!
 Quando te escondias, numa
nuvem,
o meu olhar Parava ,

No teu brilho!!!
  
Nas noites,em que estou
sozinha!

Vens...
Beijas, a minha janela,
para iluminares

o meu corpo...

Graça Bica.