sábado, 6 de fevereiro de 2016

As palavras
que o vento levou,
saídas da
minha boca,
foram escritas na
manhã,
que confidenciaste
que me querias!  
Nunca as tinha proclamado, o
silêncio tomou conta do
meu peito,

 
Comecei a escrever
poemas para ti...
desafiando cada palavra,
envergonhada de amor,
das caminhadas de mãos

dadas, e
dedos entrelaçados,
alinhavei, o livro

mais bonito,  com poemas 
de amor...

Graça Bica.

Escrevo-te
como as aves
que redigem o seu voo,
sem papel, nem caneta
apenas escrevo-te, com a luz
da saudade


Como fico pequena
quando escrevo para ti!
A tua ausência me deixa
nesta inercia
e sem acesso a mim.

 Por vezes desconheço-me,
sinto-me perdida.
Sou apenas mulher
na tua presença,
só me tenho na tua
ausência,
agora sou apenas
um nome,
um nome que acende em
tua boca.
Se me chamasses
eu escutar-te-ia,
o bramir longínquo
do teu grito
neste lugar, ouviria
no eco do meu silêncio.

Vejo-te num lugar
onde posso renascer
a teu lado,
onde morro afogada
pela minha própria sede.
imersa ,nestas palavras
que te escrevo.
Do meu peito vazio de ti.
Da alma que vagueia
sem pressa de poisar..

Graça Bica 05/02/16
 
Foto de Poesia da alma.Um dia no passado
Gastei um dia inteiro
do meu passado,
no sótão da casa onde vivi,
anos de menina feliz. 
Remexi nas  minhas recordações,
em cartas escritas à quatro décadas,

que a nana guardou,
com uma fita de veludo ,

desgastada pelos anos
e poeiras acumuladas,
parte delas estavam apagadas,
ilegíveis pelo tempo.
 Chorei ao ler, eram sonhos de criança,
que me deixam saudade,
nesse momento. O
meu peito acelerou 

com uma suave melodia,
vinda de longe!...

criança eu?
ou não?
 As cartas desabaram no chão,

pensei que me escapassem
da mão,
foi  um fim dum passado,
sem volta que terminou..


Graça Bica.