segunda-feira, 30 de abril de 2018

Graça Bica 2 min · Hoje, nenhuma nota musical poderia viver em mim, o som de um tambor anuncia a tua partida..!. Por isso, os meus olhos estão magoados, os lírio roxos não abrem, choram tombados... Deitada num manto de violetas roxas, as minhas lágrimas descem num prumo sem dó! Só este instante me pertence, só, um bocado de mim rezará a história. Trago comigo o sonho, de onde vivi,onde fui mulher amada. Os cânticos partem para oriente, mexi-ando-se pela beleza da noite. No ocidente as aves de oiro, cantam,incandescendo toda beleza dos astros.! Para onde os meus sentidos partir, não voltaram... (reservado ao direito da autora) Graça Bica.@.

domingo, 29 de abril de 2018

Poesia da alma da poeta Graça Bica 1 h · A tarde ficou tão pardacenta,o vento sopra agreste,da janela do quarto, vislumbro umas nuvens escuras, vindas do sul, empurradas por um vento forte, e agreste, as gaivotas sobrevoam enviesadas, de vez em quando entoam grunhidos, mergulhando afocinhando o bico,para pescar... Este mar que os meus olhos enxergam, de aguas escuras, feito chão, trabalha a ondulação forte,e erguida esfumando espuma. Neste momento,olho a praia deserta, o mar extenso,alongado-se até a linha do horizonte, até, que os meus olhos deixam de enxergar... Sinto que sou tão pequena, ao olhar tanta grandeza, tanta paz,tanto brilho, tanta coisa que se liga, e desliga, e tanto mais, que os meus olhos não conseguem enxergar, nem medir distancias. Só... retalhando nas parede dos meus segredos, buscando os lugares mais obscuros, esmiuçando nas brechas do meu imaginário... As minhas lágrimas deixaram de ser salgadas, sempre,que dos meus olhos descaem, são lágrimas, doces,e zelosas...!. (poema escrito ao abrigo do autor) GRAÇA BICA. Foto de Poesia da alma da poeta Graça Bica.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Uma luz pálida serpenteia o meu corpo, o meu olhar esmorece cobrindo-se dum manto cinza triste. Dos meus lábios rompe um grito, prontamente abafado,e agonizante, do peito uma dor lancinante. A tua imagem vagueia serena, deixando um cheiro de perfume a pairar pela casa, um bafo morno, que de tão perto sentia-o nós meus lábios. Enquanto o meus lábios trémulos silenciam um grito. Sinto-me incompleta da essência da minha vida. Sou uma peregrina do tempo, vou saciando vagarosamente, os trilhos da vida... (reservado ao direito de autor) Graça Bica Foto de Graça Bica.
Graça Bica Agora mesmo · Um som forte estremece perto de mim, estamos no més de Abril. Més das trovoadas secas, que se alongam até Maio, chegam vindas do mar... Com raios enviesados seguidos de fortes trovoes, iluminando o céu,a tarde estava sufocante, um ar quente, pavoroso,e húmido,deixa-me temente,e inquieta,nem uma brisa corria, para refrescar o meu corpo desolado, e com medo... Longos foram os anos que me abraçavas,e olhavas por mim... Sabias o quanto eu temia e respeitava os raios,e trovoes.! Os teus braços sossegavam-me, as tuas palavras sussurradas ao meu ouvido aliviavam-me do medo,os raios fustigavam o céu,e o mar,que mais parecia um longo oceano cor de prata... Hoje continua com medo,com tanto medo que o meu peito geme.! Sozinha ando murmurando pela casa, agoniante, ressacada de tanta dor. Ainda maior meu Amor, partiste no més das trovoadas de Abril..! (reservada ao direito de autor) Graça Bica. Foto de Graça Bica.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Há uma dor pertinente que me consome a alma, um desespero continuado que embaciam os meus lhos, uma voz grave que ensurdece no meu ouvido, um sonho que me desperta,e alerta. Pedia que viesses com o nascer da alvorada, num dia primavera. E, encontrasses o meu corpo pujado na cama dormente, a tua mão me tocasse num gesto contido, e a tua boca cela-se nos meus lábios, um beijo fugidio,e os teus braços agarrassem no meu corpo rendido ao teu... É me permitido sonhar contigo, construir sonhos, albergar desejos,e galopar pelo teu mundo,além dos mundos... Meu amor.. . O que eu te daria neste momento, um rio para limpar as tuas doçes mágoas,a minha boca para saciar tua fome,o meu corpo para alimentar os desejos,e dava-te o meu longo abraço, para repousares, dos teus medos, ainda,os meus afectos carinhosos para adormeceres os nossos segredos. Se me permitissem,uma réstia de segundo, afagar o teu rosto, com a ternura que derramo sobre ti.!.. (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Graça Bica 20 min · Olhei para o espelho e descobri que tinha muitas rugas. Eu tenho rugas porque eu tive amigos, e rimo-nos tanto, até às lágrimas vidrarem os meus olhos. Eu tenho rugas porque conheci o amor, que me fez espremer os olhos de alegria,e me cuidou... Eu tenho rugas porque tive filhos, e fiquei preocupada com eles, desde a concepção, mas também porque sorri, para todas as descobertas novas deles, e porque passei muitas noites em claro. Tenho rugas porque eu também chorei... Chorei pelas pessoas que amei, que foram embora, para sempre,outras por pouco tempo, outras porque simplesmente não sou útil, sabendo, ou sem saber o porquê.! Tenho rugas porque passei horas sem dormir, para observar os projectos da minha vida, mas também para cuidar a febre dos filhos, cuidar do marido, ou para ler um livro, ou fazer amor.! Visitei lugares lindos, que me fizeram abrir a boca de espanto visitei lugares antigos,que me fizeram chorar,descobertas novas que me envolveram de beleza. Dentro de cada sulco no meu rosto, e no meu corpo, se esconde a minha história, se escondem as emoções que vivi,e ainda vivo, a minha beleza mais íntima.! Se eu apagar isso, apago a mim mesma. Cada ruga é uma anedota da minha vida, uma batida do meu coração, um álbum de fotos, das minhas memórias mais importantes! Sou eu que me escrevo,e me leio,agradeço a todas amigas,os, que fazem da minha vida um jardim.. Beijinhos desta amiga que vós cuida, e sou cuidada por vós.<3 <3

domingo, 1 de abril de 2018

Poesia da alma da poeta Graça Bica 10 h · Dói-me a alma para além da dor... Nesta misera de vida, em que caminho sem destino, nesta dor que me alucina, neste pranto que me sufoca. Dói-me a alma, para além da dor.! O meu olhar anda cansado que me cega a retina, de joelhos eu te peço, meu amor ardente... Dói-me a alma para além da dor.! Liberta-me deste nó que me aflige, desta mágoa, que me acompanha, neste meu estado de vida que me tortura.! Dói-me a alma, para além da dor! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.