domingo, 23 de dezembro de 2018

Natal... Meu amor a ceia será servida quando o relógio der as badaladas das vinte e uma hora. Espero sentada que a noite desça,e a hora se aproxima rápido para sentir os teus passos sussurrando baixinho pelo corredor, será meu amor que este natal chegarás a horas? ou virás, tarde demais.!!... No Natal do ano passado o cansaço venceu-me, esperei pela madrugada adentro,os cânticos do natal já se ouviam, e o relógio dava a meia noite para a missa do galo, espreitei pela janela a rua estava iluminada, as chaminés arrotavam tanta fumaça, senti-me tão triste e sozinha,o lume na lareira tremia tanto como o meu corpo tremia em desalento. Comprei uma manta nova que aconchegará, os nossos corpos, quando sentados no sofá debulhando às nossas conversas... A garrafa do conhaque já faz presença, na mesinha de apoio ao sofá.. Sabes amor, este ano presenteei-me com um bonito vestido vermelho,que irá salientar a nudez dos meus ombros, e aquele colar que me oferendaste num Natal,de muitos anos atrás,irá adornar o meu pescoço, reafirmando o meu decote mais atrevido,o teu olhar com toda certeza que aprovará amor.!.. Penso em prender o cabelo,daquela maneira que tanto gostas, um pouco em desalinho, com ripas puxadas para frente,e atrás na nuca. Espero meu amor que este ano venhas, se eu estiver dormitando acorda me... com muitos beijos... Saudades já, eu tenho demais....!... (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A poesia ajuda-me, a dizer palavras que só a escrita as faz sentir, de tanto que dói-em, a minha volta sinto um naufragar de sonhos incompletos,com gestos perdidos, no vazio da minha alma.. As coisas passam atormentadas nas noites sem nome,num tempo perdido reclamando o que olhar nunca esquece. Quebrando no peito chorando, num gesto mais profundo e contido,e carregado de amor e solidão, com sonhos vendados por mim reclamados,por tanta ausência... Lágrimas lentas rolam pela face.e os gestos gelam nós meus braços, será sempre o mesmo sonho,a mesma ausência,em que escrevo para ti. . São palavras que eternizam no coração, de amor por ti..! (reservado ao direito de autor) Graça bica.
Recordando o Natal... Seria mais um Natal amor se seria,a luz das velas trariam agitação,e a noite caia,e os instantes em ti eram eternos. Hoje, seriam mais ternos com a tua companhia, seria luz bordando pela sala,e o vermelho das rosas não gemiam. Hoje, desfazem-se aos meus pés,em cada gesto sem ti. Quebrando o meu peito chorando, num gesto mais profundo e contido carregado de amor e solidão.! É o Natal amor em suspensão..! (reservado ao direito do autor) Graça Bica.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Hoje o cansaço alastra pela alma, é uma mistura que fica em chama, um grito perdido um eco que alastra, deixando marca no peito e chora, uma lágrima faminta de amor, um silêncio perdido,uma chama sem fogo... O vazio é o primeiro passo,numa página em branco. um latido pelas ruas sem nome, um olhar parado num beco sem saída, um muro desmoronado aos pés. Hoje o cansaço alastra, sou mistura da chama que arde no peito, pedra polida na terra batida, flor de junco seco nas dunas, verso inacabado por falta de amor. . Vento que se levante na boca sem beijos carícia... na última página dobrada. desfolhando um poema ena-cavado..!. (reservado ao direito do autor) Graça Bica.

sábado, 8 de dezembro de 2018

As tuas palavras desvendaram em vendáveis,gotejaram palavras que mais pareciam espirros de ondas melodiosas e firmes.! Olhei o mar,cor de turquesa manso, as gaivotas dançavam a um ritmo do acasalamento, o sol do meio dia ia deitado, acalentava um calor ameno. . Continuei a olhar o mar.. Tranquilo, e seguro,desaguava do meu peito suspiros,frases,dum doce embalo. A muito tempo que não sentia, um aipo com tanta leveza,que se abraçou a mim cuidadosamente. Deixei-me embalar... O mar chamava por mim, as ondas desfaziam-se leves,em sussurros pela orla da praia. Há um mistério entre mim, e o mar, que se agiganta,e explode num cântico de amor, defraudando com gritos agudos para ti, este amor que me tormenta, me guia,e foge... num sonho de amor.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Poesia da alma da poeta Graça Bica 5 de Dezembro de 2015 às 22:36 · Uma das cartas escrita por minha Mãe datada Abril 1966. que passo a redigir, guardada como tantas coisas, da minha juventude.! No domingo,depois de te levar ao colégio, vim muito triste, não vi o brilho nos teus olhos minha filha! É segunda feira, apeteceu-me escrever-te, penso, que estou a impor só a minha vontade, fazendo, o melhor para ti,sem a tua aprovação.! Falas-te pouco, senti-te ansiosa,e muito emotiva, tinhas um olhar melancólico,choras-te disfarçadamente.. Perguntei-te como iam os estudos, as tuas amigas? Respondeste que ia tudo bem..! " Falamos da nossa família"da tua cadelinha,sempre afoita, nas brincadeiras,das asneiras que faz,e mesmo assim minha filha,senti desinteresse no teu olhar,e de tudo que falei. O abraço que eu te dei, à porta do colégio,deixou-me triste minha filha. muitas perguntas assolaram a minha mente, e algumas lágrima copiosas de imensas saudades do Pai, de estar sozinha sem dividir a nossa vida,do desconforto tamanho, da minha viuvez, da vossa educação,sinto-me sozinha,minha filha. .... Um pedaço de mim falha senti-me impotente dos valores que exijo de ti,e do teu irmão .. Recordei-te pequenina, rebuliça e traquina, de trancinhas pelos ombros,com fitas coloridas nos cabelos,e saias paliçadas. Minha menina vaidosa. Que dor senti no meu peito. .... Estás bonita, já, mulherzinha! Em pequenina, eras o meu botão de rosa. flor da Mãe, minha Carochinha. O teu mano,chama-te vaidosa.! Os dias passam devagar, compreendo que os teus aí são longos! O teu Mano dá-me tanto alento, fala, e fala...mas as palavras, vão no vento tenho saudades tuas! Já te escrevi varias cartas. ajudam-me com as saudades, da tua ausência. É, mais uma carta sentida, que luto com o meu egoísmo,o meu peito arde, num soluçar desespero minha Filha! Sempre querendo fazer de ti, uma mulher. Para a Menina dos meus olhos, da tua Mãe sempre amiga Emília. Adoço-te com mil beijos, minha Gracinha.! Para ti, Minha Mãe! Os teus ensinamentos reprovei-os, muitas vezes, achava a tua imposição injusta,e cruel,sem o teu aconchegar dos lençóis,dos teus beijos ao deitar, do calor da tua face, senti-me tão só. Hoje recordo-te,estou eternamente grata, pela educação pelos valores morais,pelo trilho que palmilho com rectidão,e segurança. Até aí,um abraço da tua filha. Gracinha.! Graça Bica.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

L.. Foi num sonho de esperança,em ver o teu rosto encher a sala, fixar o meu olhar desolada nós teus olhos. As luzes cor de marfim resplandeciam, pela sala, o fogo da lareira era dum calor suado que emanava por todo o meu corpo. Abordado o teu corpo esguio, enquanto o meu temente, embrenhava naquele olhar meigo,que discretamente reflectia no espelho, senti o meu coração tremer de amor, de esperança... Foi puro engano... Olhando os ponteiros do relógio da sala, vejo passar as horas, os minutos, segundos, incrédula, penso em atrasar o tempo, ou para-lo mesmo... Apenas por ti ... Para que possas chegar ainda, meu amor...! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Mais um poema,como tantos outros, falam do tempo,de amor, saudades,de tudo que passou... L.. Estou deitada na sombra das coisas, que morrem lentamente ao meu lado, duma vida que eu não pedi,e me foi imposta. As saudades de outros tempos quando desabrochavam as madrugadas ao nascer, hoje, são pedras da vida, que ferem os meus olhos. A vida desce como uma cortina de flores, desfolhando perante o meu olhar mortiço de dor. Ainda estremeço com vi-zoes delirantes, que se apagam ao fim da tarde,quando o meu coração reclama silêncio, e, o sol se esconde pelo horizonte, fico tão só, sem ti amor..! A imagem pode conter: oceano, céu, nuvem, lusco fusco, ar livre, natureza e água
Ficaste do lado de fora, da minha vida! Como o calor do sol, num dia de verão! ficam as marcas das minhas lágrimas,e o teu silêncio adormecido numa noite de verão... Correm as estações. Na primavera, nascem rosas bravas,e morrem, quando acabava o verão! Somente à tua espera ficam os dias, e horas, num silêncio de palavras, que ninguém contou apenas eu.! (reservado ao direito do autor) Graça Bica.@.