segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O que suporto em mim.
é a verdade.
Mentira albumino!

Visto um vestido de linho puro.
que dança comigo .
,
Os dias embalam
com as noites.
ainda, ouço as ondas
embravecidas,
pela mentira dos teus lábios.


Queria eu, acreditar,
em tudo que me dizias ...
com palavras,
desenquadradas,
consoante, o tempo.
que se vai desaprumando,
em pequenos bocados.

Talvez verdade....
Talvez mentira!

Penso na água do rio,
de tão pura, que refresca e
mata a sede,
aconchego a verdade.
Com as palavras que
dedico, aos meus
poemas..

Graça Bica

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Atravesso sozinha
o meu silêncio mudo,
das coisas que nunca foram.
Das palavras nunca
faladas,
o tempo que foi meu,
escondi-o na saudade.
O tempo foi correndo


E...

No silêncio da minha vida,
onde ninguém me conhece !
Caminho por entre multidões,
caminho na estrada sem gente,
caminho no silêncio da praia.

Tenho medo que me perguntem
quem sou eu ?
Quem é?
A
que se lamenta de tudo,
e não se esforça por nada.
quela mulher parada ?
Essa mulher sou eu!

Graça Bica
Porquê ...
esperar o amor em
desespero?


 Porquê
continuar a espera,
sem uma esperança ?
Porquê
manter a esperança
no amor,
se tanto, amor nos mente,
se tanto amor me cansa ?
Porquê?
manter a esperança?


Graça Bica.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Entre tudo, e o nada,
nunca soube tudo,
e nunca tive nada...
Pintei a Primavera
com sorrisos
pintei as árvores
as flores...
e deixei tudo aos teus pés.

Ao ires embora...
saberei,
que nada houve
de errado.
A não ser
o teu tempo consumido,
sem vontade,
nem a coragem de
de dizeres que sempre,
estive ao teu lado!
Graça Bica!
Escrevo para ti um
poema.
Com silabas de musica...
Vou aos teus sonhos
e canto para ti...


 Sonham, contigo os meus versos,
mesmo quando estás
ausente,
sinto a tua sombra em meu redor.


A tarde está serena ,
os teus olhos adoçam
o meu olhar....
As nossas sombras
pactuam...
Vieste, ter comigo
como as ondas altas.
Embrulhar-me
de azul de mar.
Agasalhar-me do vento norte,
Proteger-me do vento sul.
As tuas mãos trouxeram
um tempo para inventar...
Escrevemos os nossos nomes,
quando se apaga o horizonte,
e as nossas mãos
se tocam....
Graça Bica.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Entre tudo, e o nada,
nunca soube tudo,
e nunca tive nada...

 Pintei a Primavera
com sorrisos.
pintei as árvores
as flores...
 E deixei tudo aos

teus pés.

Ao ires embora
saberei,
que nada houve
de errado.
A não ser
o teu tempo consumido,
sem vontade,
nem a coragem 
de dizeres que sempre,
estive ao teu lado!
  
Graça Bica!
Querem levar-me,
eu irei...
sem ti!

 Por onde eu vou
sempre,
até me perder ...
Por encruzilhadas,
atravesso baldios, e pontes!
Que ficam onde não estás ...

Porque me perco ?
Porque hei-de eu,
perder-me?
Se sou filha da vida,
enquadrada nos tempos...
Vou entregar-me ao vento.
Que desflore a minha alma
sem amor...
Eu irei partir sozinha,
deixarei os meus olhos
perdidos,
pelos caminhos...
Graça Bica.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015


A noite vem bailando
de mansinho....

 Ainda não toquei na hora,
por esquecimento.
Deixei-a passar...
Prolonguei,

o sonho que não vivi.

 Todos os que foram

ausência.
Sorriem para mim,
Agora!
Vestem de veludo o

meu silêncio.
A noite aconchega-me e
chora....
Graça Bica

domingo, 22 de novembro de 2015

Neste dia 22/11/20015!!!
Profanei as cartas
Da minha Mãe...

Não estou alvoraçada,nem angustiada..
Por não dar importância,
a uma caixa pequena,
guardada ,numa também pequena,
mala de viagem ...

Uma das inúmeras, cartas
redigidas para mim,
outras, para o meu irmão!
Simbolizam um diário,

escrito em singelas cartas datadas ...





Que Passo a narrar ...


Minha Filha datada ano 19065
A dor da separação, é grande para ambas. Sei que não aprovas a minha decisão! Quando leres esta carta com muito amor.
Já muitos anos taram passado, e tu terminado o teu curso!
Toda a educação esmerada que eu, te dei, é um exemplo da vida que irás seguir ....
---Sei ,que andas magoada,os teus olhos entristecem os da tua Mãe!
Se o teu falecido Pai, caminhasse connosco,provavelmente as coisas não seriam diferentes,tomavam o mesmo rumo.
O ambiente no Colégio será diferente. não tem a Mãe nem a Maria. nem o Mano para veres diariamente...
Em casa o teu lugar na mesa, terá sempre,o teu prato.
O sofá fica com o tua fantocha,sentada,os mimos ficam para o fim de semana,em dobro.
O rigor de fazer de ti mulher, educada, responsável, leal aos princípios ,tenho a plena certeza que os vais seguir!
Por hoje é tudo minha adorada menina,da tua Mãe imensamente feliz ,

O dia está chuvoso.
Agradeço tudo, que me fizeste palmilhar!
Agradeço a educação,que tive,os valores da vida que me incutistes, e comungo!
Até as lágrimas de saudades,partilhadas com o exemplo de Mãe que foste para mim...
Obrigada
Da tua filha neste sitio, até chegar ati....
 
Graça Bica

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Não me procures.
Antes que a minha alma
te espere!

 Lê as cartas,
que um dia te escrevi...
Dadas a indiferença,
a tanto abandono,
Amarelecidas pelos tempos!

Diante de mim,
o tempo não ceifa o
mistério do momento...
As tuas lágrimas
lavaram o meu rosto
no ultimo Adeus.

Graça Bica

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Escrevo para ti!
Amor!

Não,é tão longe,a distância,
nem longe está o coração!
Hoje o sono
não se aborda,de mim...
A chuva desce.
pela calada da noite,

Queria, escrever-te
um poema!
Gatafunhei tantas palavras,
alinhavadas com nexo...
Outras,
uma conversa
surda de sentimentos....

 Segues, permanentemente
nós meus pensamentos.
Seguido, do poema gatafunhado,
há no poema uma realidade
presente!

 O sono vencei-me...
Já,a madrugada espreita,
o meu acordar,
E eu,
procuro-te...
Graça Bica
.
As sombras tornaram-se
tão longe, diante
dos meus olhos!
A lua, apareceu para
nos olhar...
O meu amor vai-se
embora. 


 Com um grito de dor sufocado,
um punhal , cravado no peito,
deste amor aprisionado!
Sem caminhos ,nem vales,
nem clareiras,
as sombras desceram...


O meu amor vai-se embora!

Vou dizer pela ultima vez
que te adoro!
Não hesito mais...
nem posso por ,o
por do sol, nos teus olhos,
para me olhares pela ultima vez!
Enquanto os meus viam
os teus...

 Os teus,a muito que desistiram,
de seguir os meus...
Graça Bica

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

UMA DOR,UM PAIS!
MUITAS DORES, EM DIVERSOS
PAÍSES...

Os corpos fuzilados caiem,
inertes!
Com o peso do silencio,
com os gritos agudos de dor ....


 Das vidas que fogem em pavor...

Respeito a liberdade....
E o direito de morrer,
onde quiserem ...

As vozes feridas atracam
nas ruas ,
com muitas interrogações
O bárbaro atira mata,
sem ,pudor...!
Não limpem o sangue
ressequido,
sacrificado no chão...
Sacrificando, o vazio da saudade,
Que em nada trás.
ó vazio do amor!
Da ternura e da paz, ao
vazio do coração,
das famílias, dos amigos
e da Nação ...

Cobram com flores as lágrimas
o sangue perpetua
em todos, os corações...
O meu luto,a minha indignação!

Graça Bica

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

No final da tarde
o orvalho cai ...

A rua está deserta,
de vez em quando
os ramos das arvores,
gotejam  gotas
do orvalho...
 Que repousam nos ramos
estrondosos
entrelaçados, com os arbustos!

O cheiro da terra é forte
cor de ocre!
Amolecido, 
molda os pés descalços,
que trilho, sozinha  no caminho...
Não levo direção!

Até que a cotovia cante,
ao raiar o dia. 
Avisto, o teu corpo, caminhando
na minha direção.
Os nossos braços,
se esticam...
Com vontade, dos nossos abraços!

E os nossos corpos,
telintam de frio,
e as nossas bocas, se unem
num beijo apetecido,
aquecem a alma
de
Amor...

Graça Bica
 
 

Poesia de Graça Bica: MOZART: Symphony / Sinfonía nº 40 & Cafés de Viena...

Poesia de Graça Bica: MOZART: Symphony / Sinfonía nº 40 & Cafés de Viena...
Sinto que os dias
vagueiam em silêncio
em meu redor!

Sinta, a tua falta longínqua,
para além de muitos
Céus.
A água do rio corre serena,
que, os pássaros caminham
de leves sobre ela ...
Ainda vejo, o reflexo do meu rosto
pálido, destorcido,
espelhado nas aguas transparentes!

Os olhos fecham-se cansados, 
de ver a minha imagem,
desgastada, descuidada
do que fui outrora.
Oiço...
 No soprar do vento, as risadas dos filhos!
Ainda, os abraços apertados, que me
agasalhavam...
com tanto Amor...

Graça Bica.
 
  
As recordações
dessem
os degraus,
existentes em mim!

A vista do mar entra
pela janela adentro.
A luz. é aquela luz
alugada,
quase a mirrar...
O quarto tem a nudez
do corpo,
refletido nas paredes...
Coberto, com o lençol,
daquele linho moído
do tempo...

O cheiro dos poemas
sentidos de paixões,
que respirava,
ao declamar para ti...

Apetece-me paz!
Apetece-me alegria!
Apetece-me viver...
Na transparência
do teu sorriso...

Da minha saudade!!!
Graça Bica.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um sonho suado
fustigou
enrolou-se em mim...

Lotei, para desfazer
os laços,
que me prendiam!


Caminhavas !
Num passo apressado,
para enlaçares de novo
meu corpo!
Roguei ao céu ....
para caminhar
sozinha...


Ainda te amava no sonho!
como a chama
de uma vela, queimando
o resto do pavio!!!

Os raios de sol,
entraram no quanto,
aqueciam o corpo ,
prostrado na cama,
sem roupa, tremendo de frio ...
Dom sonho bravio ....

Graça Bica.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Comodamente no sofá
ignoro a noite !
Enterro um sonho
imperfeito.

 Como os moveis cor-comidos,
e cal, caindo das parede,
da humidade do longo inverno!
As telhas esmiuçadas
deixam cair gota a gota,
no sitio menos próprio,
onde me acomodo...


Porque a sala esta velha!
Como o coração da alma que pena.

Mesmo quando o sol
descobre ,
sendo, de pouca dura.
Assalta pelas janelas,
evitando o corredor.
Continuo no sofá escrevendo...
Perguntei-me?
para quem escrevo ?
o silêncio, negou-me a resposta!
Escrevo livros,
Para preencher as prateleiras...
Graça Bica.
Sempre que passo
naquela rua estreita
sem nome!

Para os lados da igreja. ...
Oiço, um violoncelo chorar...
Num acordo breve,
lento, e sentido!
Fico sem saber o que
pensar...

Tenho ideias, fantasias,
que me põem a chorar...
A calçada, fria escorregadia,
nem o sol consegue entrar,
nem os pássaros, povoem
aquela travessia ...

Verdade porém
aquele violoncelo
em leia-me,e faz-me
chorar ....
Graça Bica
Quase ao cair
da tarde,
da janela do meu quarto.

 Vejo, a praia deserta,
o silêncio deu voz
as gaivotas!
Num esvoaçar
dançando...

No silêncio perdido,
do areal...
O rosto dum pescador,
olha enfeitiçado,
saboreando cada gesto,
a cada instante...

As ondas respondem-lhe
baixinho,
aos pensamentos
que lhe vão na alma ...
O sonho!
Graça Bica

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O frio e a chuva
cai..
O cheiro da terra molhada,
inala a minha  memoria...
Lua perde o brilho, 
o vento agita os cabelos,
desalinham, as lagrimas
começam a cair...

Veem lembranças,
de um amor louco
desenfreado,
que o nosso corpo
agasalhava.!
Das fúrias e vendáveis...

Os barcos baloiçavam,
as ondas  tremiam, só
para olhar o nosso abraço, e
o beijo longo sofrido...
esperei por ti.
Junto ao cais ...

Graça Bica

  

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Neste momento,
neste dia, nesta hora,
penso em ti...

No teu sorriso terno e
triste,
aberto, e fechado.
No teu querer
e no teu ser.
Penso em ti !


No teu amor, e
no teu medo,.
na tua revolta e
dependência.
No teu corpo dócil e
amedrontado,
na tua tristeza e
tua defesa...

Neste momento
continuo a pensar
em ti....
Abro o meu abraço
para ti ....
Amor!!!
Graça Bica
Sempre que passo
naquela rua estreita
sem nome!

Para os lados da igreja.
Oiço, um violoncelo chorar...
Num acordo breve,
lento, e sentido!
Fico sem saber o que
pensar...
Tenho ideias, fantasias,
que me põem a chorar...
A calçada, fria escorregadia,
nem o sol consegue entrar,
nem os pássaros, povoem
aquela travessia ...

 Verdade porém
aquele violoncelo
em leia-me,e faz-me
chorar ....
Graça Bica

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Os dias terminaram
O sol cioso da tarde,
parecia não se dissipar
no horizonte...
Como, num abraço quente!

Os teus braços tornaram-se
o paraíso,
dei tempo,
ao meu tempo !
Não quero que a noite
dessa,
mas, desejo que perdure
dormindo em ti!

Acordar no meio
dos teus sonhos...
Das palavras que vais
dizendo,
Dos carinhos, que vais fazendo,
Dando, tempo ao tempo!
Graça Bica

TANTOS ANOS
EM MIM.!!!

No quarto existe
uma escrivaninha,
guardo, todas cartas
que recebi de ti...

A saudade que mais dói,
É  da tua doce imagem,
que eu nunca soube
esquecer...

São páginas dum livro,
que formatei...
Que leio ,raleio,
adoçam a alma!
As lágrimas rolam salgadas,
pelo rosto,e secam no peito
De alivio e prazer...

 De te ter amado,
guardado....
na alma...
São saudades ,da tua
ausência...
Amor...
Graça Bica

segunda-feira, 2 de novembro de 2015


Vi o olhar cansado da lua.
Não sorriu
para os meus olhos ...
 
Fiquei aguada, na luz intensa do
teu brilho,
ofuscas-te os meus olhos, 

com os teus!
Tantas noites conversámos.


Tantos sonhos 
acalentamos 
de beijos e desejos,
tantos ,e tantos....
 
      

Desenhei o teu feitiço,
com pingentes de luz,

caindo
sobre mim!

  
 O meu olhar Pará

no teu brilho!
 

Abraçamos os desejos,
pactuamos na noite,
que escondia o nosso amor...
     
Vens de mansinho,
beijas, a janela do meu quarto.

Iluminas-te para mim...

 

Graça Bica.
CRESCI....
 
Ainda menina, tornei-me mulher!
permanece ainda, um eco perdido,
da distância, e do tempo....
Com rosto de criança,
ergueu-se um mistério...
Embrulhei-me num sonho.
na beleza límpida de meu corpo,
tornei-me mulher...!

Sem esforço, na inocência.
O meu rosto floresceu...
Não havia distâncias!
Lembro-me das promessas,
Lembro-me do mundo,
que era só meu ....
e fez-se nosso!

Ajoelhei em todos os templos
que foi passando,
O meu amor encontrar o teu ......
De menina com corpo de mulher,
Dum sorriso rasgado um olhar enfeitiçado.
O nosso amor cresceu...

Meu filho Jorge...

Graça Bica