sábado, 31 de agosto de 2019

O relógio da sala toca de quarto,em quarto de hora, ave Maria, enquanto os sofás deleitam o sono das horas mortas,antes do telejornal. Na mesa da sala a toalha de linho arrematada a ponte aberto bordada no serões das ferias do colégio adorna a mesa, os candelabros já queimaram as últimas velas a muito, a floreira em cristal exibia bonitos braçado de flores,que secaram há muito acomodando as pétalas secas pela mesa, nos porta retratos as fotografias avivam os nossos momentos de felicidade. Hoje sento-me só,há uma lágrima no meu peito, que chora devagarinho... Depois meu amor, vou alinhavando as recordaçoes, começo a escrever as batidas da minha alma, com uma vivacidade como se a missiva te seja entregue meu amor... A gravata cor de açafrão pronome de bom gosto, respira envaidecida com o nó largo como gostavas, fazendo jus ao teu alinho, e bom gosto,hoje são as paredes do quarto que respiram o cheiro do teu perfume, essência de pinho cipreste,matizado com a cor dos teus olhos esverdeados olhando docemente para mim. No porta fatos junto da janela as calças cor de caqui, e blazer cor de musgo seco,embelezam a minha vida, os sapatos cor de mel escuro continuam a sombrear envaidecidos aos pés do porta fatos. A noite caminha sozinha pela casa,vou acompanhando lentamente os teus passos com os teus chinelos, que faço questão de os usar. As minhas recordações são vastas,dançam instantaneamente sempre que começo a escrever para ti. Meu amor terna é a minha saudade,e tão terno foi o teu amor...! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Deixo um poema, e feliz entardecer Quando trazias nas mãos os cheiros outonais, e, no teu olhar o brilho das giestas a florir, esperava-te com o meu olhar estranho e sonhador, que enfeitasses o meu cabelo de papoilas escarlate que eu timidamente colhi. Todavia meu amor,continuarei com o tempo em suspensão, a poluir o meu corpo com o fumo da tua ausência, fiquei nesta inercia de vida fazendo parte deste mundo doente,e fútil. Se ao teu olhar de giesta a florir, a imagem deste mundo ao avesso, em que o céu não é mais azul,e cor do mar é cinza,e,nas florestas não há oxigénio,os homens não se respeitam,.e os jovens sobrevivem, não é mais o teu mundo meu amor..!!! (reservado ao direito de autor)

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Deixaste os teus olhos, no travesseiro da minha cama, enquanto escrevi uma carta para ti, como pautas de musica, que tocam nas paredes da minha alma,tão leves que o um sopro as levaria de mim. Soletrei todas palavras com pétalas delicadas das mais bonitas rosas, que ia desfolhando delicadamente enquanto escrevia para ti, inalando o cheiro doce e perfumado, como o amor que eu guardo de ti. (reservado o direito de autor) Graça Bica.

sábado, 24 de agosto de 2019

Despi-me dos medos e de alguns segredos de outrora, deixei os raios entrar no meu coração dormente, onde permaneci horas... Silenciei-me com as tuas palavras, que um dia demoliram a minha existencial. Lembrei-me tanto de ti dos filhos,da neta. As minhas asas, não alcançaram o voo da felicidade, são inúteis porque neste voo, as aves não tinham penas. Questionei-me o que reside no coração, de uma mulher que sofre? Um amor em silêncio abafado em lágrimas secas!!! (reservado ao direito do autor) GRAÇA BICA.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Hoje sinto-me na profunda saudade, com a mesma intensidade da despedida, de ti,de mim, de nós, enfim... Hoje o olhar da impaciência tolda a beleza da tua, da nossa vida. Hoje os anjos não me deixam ver a pétala de rosa que nasceu no jardim do teu corpo, nem reconhece os líquenes desenhados na tela dos meus lábios,e todas as palavras me transferem para o subterrâneo das minhas dores... Neste momento se eu podasse falar-te ainda, das raízes do meu peito, talvez pudesse arrancar as flores secas na sombra do meu medo, ficaríamos assim nesta eterna saudade, de mim de ti,de nós amor.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.
Outro poema meu para ti, amor. Amo o mar por onde te deleitas, amo as sombras por onde caminhas, amo o silêncio vazio do teu corpo, amo o meu corpo que foi teu... Amo a chuva que caiu sobre nós, amo o vento que roubou os nossos beijos, a neblina que escudou os nossos corpos, e, areia que segurou os nossos passos... E amo-te com pressa... (reservado ao direito de autor) Graça Bica.
Queria ter coragem meu amor grande Falar deste segredo tão somente meu que só a mim me confesso. Do amor que arde no peito, da angústia omitida, nós meus sonhos.... Tenho vontade de me confessar aos braços da distância. Que se perderam no tempo a luta que travei para não gritar da sede constante, dos teus beijos, já, sem chão para palmilhar... Esta revolta contida, deste amor não presente, dos sonhos que não sonhei, da vontade de te falar amor meu...! Graça Bica