sábado, 30 de outubro de 2021

 Escrito em Maio de 2016.

É outra vez o mês de Setembro.
Voltamos a dançar na praça do Cego do Maio,
enlaçados pela neblina, trilhando a calçada,
ouvindo o mar, a ronco do farol.
Encostas a tua cara à minha as nossas bocas
quase que se encontram, seria o nosso primeiro beijo.
Dizias tu!
É então que me mordes, ainda tenho a cicatriz
no lábio inferior.
Deixamos os nossos corpos cair sobre a areia,
e não sei ao certo o que aconteceu…
Estou a ouvir-te pausadamente, falas tão
baixinho com a tua cara encostada ao meu
ouvido.
Vejo-te a correr pela praia fora, desapareces
na neblina, fiquei com sabor da tua boca dos
teus beijos trocados, deitados sobre a areia.
Inventamos projetos, falámos do nosso amor
escondido.
Com a voz serena, melada de amor disseste!
Quero-te para sempre...
Quero estar continuadamente amando o
teu corpo, cobri-lo com beijos, emancipar
os momentos que habitam em nós,
morreríamos amando-nos muitas vezes
meu amor.!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.
Gosto
Comentar

Lá fora o vento norte faz antever chuva para a noitinha.
O fogo na lareira vai esmiuçando o último
toro de carvalho velho.
Enquanto os meus olhos varrem a ultima folha
do livro.
Aos meus pés a minha gata mia deleitasse reconfortada
com o calor ameno das brasas da lareira.
O candeeiro da mesa de suporte ao sofá irradia pela sala
uma luz cor de marfim, acolhedora, os quadros expostos
nas paredes, ganham vida os portas retratos com as nossas
fotos e dos filhos parecem sorrir para mim,
momentos mágicos de paz e sonhos bons que aquecem
e alentam a minha alma.
O vento lá fora sopra forte, o relógio da sala dá as badaladas
das 17 horas, o silêncio começa a gemer no meu peito,
uma lágrima cai, mais outras caiem levando o meu rosto,
triste de saudades meu Amor.!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.


 Poema escrito dia 1-Novembro 1914.!

Onde os meus olhos procuram só há escuridão!
Hoje nas janelas não há flores, nem recantos adornados com labaredas vermelhas, porque
a fonte secou.!
Há espaços perdidos entre os aglomerados
com campas, que nesta altura do ano se vestem
de flores..!
Há lágrimas solitários que descem pelos rostos.
Há, abraços que se repartem de saudades, de
ano a ano.!
Há o teu espaço, com a tua foto gasta pelos
beijos que te dou!
Há, o meu amor calado na ausência e sem culpa.!
Há saudades, que se prendem entre mim e
os filhos.
Há a tua neta, a quer saber histórias da nossa vida.
Há, a minha boca cantando as nossas conversas,
nas noites de inverno de lareira acesa, dando
brilho ao nosso olhar e inundado as nossas almas.
Há de tudo um pouco, e muito mais...
O meu canto chorado numa prece aos Céu
A tua neta enaltecendo o teu nome Vovó.
Há a ausência infinita de um até sempre
meu Amor.!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica

.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

 "Talvez e quem sabe se eu posso chamar

de, um desabafo"
O meu caminho vai-se tornando cada vez mais estreito, cada vez mais íngreme mais desconjuntado.
O coração está cansado, o espírito tem dificuldade
de concentrar, não pela idade, mas sim, coração amargurado.
As licitudes da caminhada agreste, deixam marcas profundas, sulcos inacabáveis.
"A Graça Amiga, sente dor, sente revolta, injustiça,
é um ser humano repleto de imperfeição, "COM um sim, reta, respeitosa, justa".
Nunca sei quando escreverei, sei que estou cada
vez mais cansada, cada vez me custa mais a escrever.
Estou com problemas de visão e isso tem me dificultado...
Tenho pesquisado nas minhas páginas de poesia, poemas antigos e uma outra escrita. Vou postando na minha página da rede social.
A necessidade é enorme, preciso de falar de ti e, para ti e para todos que me seguem.
Interrogo-me quando escreverei um novo poema.
Há um fio invisível, bastante tenaz, que liga todos os meus poemas: peito, a falar de Ti, para Ti, para os meus Amigos.!
Um abraçinho muito terno para todos.
Graça Bica
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e ao ar livre
Tu, Eduardo Moreira, João Carrapiço e 56 outras pessoas
416 comentários
Adoro
Adoro
Comentar
Partilhar