sábado, 6 de fevereiro de 2016

Escrevo-te
como as aves
que redigem o seu voo,
sem papel, nem caneta
apenas escrevo-te, com a luz
da saudade


Como fico pequena
quando escrevo para ti!
A tua ausência me deixa
nesta inercia
e sem acesso a mim.

 Por vezes desconheço-me,
sinto-me perdida.
Sou apenas mulher
na tua presença,
só me tenho na tua
ausência,
agora sou apenas
um nome,
um nome que acende em
tua boca.
Se me chamasses
eu escutar-te-ia,
o bramir longínquo
do teu grito
neste lugar, ouviria
no eco do meu silêncio.

Vejo-te num lugar
onde posso renascer
a teu lado,
onde morro afogada
pela minha própria sede.
imersa ,nestas palavras
que te escrevo.
Do meu peito vazio de ti.
Da alma que vagueia
sem pressa de poisar..

Graça Bica 05/02/16
 

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