terça-feira, 8 de outubro de 2019

Aquela luz meiga vinha do mar, sombreada pelas trepadeiras que iam caindo pelo portão de ferro. Sossegadamente ia engolindo a maresia, enquanto o gato miava aos meus pés, fixando um pássaro que se deleitava a comer às vagas nas trepadeiras, eu, ia respirando toda a calma enquanto a tarde morria lentamente e eu ia bebendo uns golos de chá de hortelã pimenta. Os meus olhos comiam aquela imensidão a perder de vista, só o burburinho das ondas mansas se ouviam e mais além, dois barcos de pesca passavam de proa levantada na direcção ao pequeno porto de mar. Um pequeno clarão furou as nuvens que aos meus olhos recolheu,e a tarde foi caindo, uma brisa fresca pedia um agasalho enquanto o gato enroscado aos meus pés dormia descansado. Sinto os meus olhos cansados, de me deleitar naquele mar,ora tão azul que chega a tocar no infinito do céu,neste momento ficou matizado de ocre prata. A noite desceu,desceu vagarosa, desprendendo-se do meu olhar,e daquele mar que tanto amamos meu amor..!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

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