As paredes ocultas da casa,
choram lágrimas de dor,
ouvem-se, lamentos nas noites
de lua cheia.

Passeio na pedra gasta da
ruela
hoje, sozinha...
No varandim da casa
as rolas rolam saudades,
na casa abandonada...
Que outrora, as guitarras
trinavam a soluçar,
as rosas que adornavam a
mesa
sorriam de felicidade,
os passos respiram
sorrisos,
o crepitar do fogo
aconchegava as visitas no
sarou....
Andava descalça,
pintava as paredes com lápis
de cor,
mais tarde de aguarelas,
desenhei corações,
escrevia poemas de tristeza.
no alvoroço da minha mente
guardo as palavras,
não confessadas.
Ficaram guardadas
no casarão...
As macieiras, todos os anos
dão maças vermelhas,
trinco fazendo corações
como, fazíamos
nas nossas brincadeiras....
PAI.
Graça Bica
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