Naquele fim de tarde
um calor suado,
transpirava das paredes da minha casa!
-Anunciava, a chegada de uma tempestade,
era um calor abafado, as nuvens embrulhavam-se escuras,
uma humidade, incomodativa que fluía há pele!
-São tempestades dos fins de verão.
A trovada, já paira no ar,
o cão começou a ladrar desalmadamente...!
astuto, orelhas pontiagudas, meigo para mim,
para os demais imponha respeito.
Presentearam-mo, ainda pequenino!
começou a dar interesse a tudo que mexia, em seu redor...
Esgravatava a terra, corria descuidado, foi uma das rezões que o batizei com o nome Tosco!
o tosco, ladrava junto da porta, esgravatando nervoso,
como pedindo para o deixar entrar!
Surge o primeiro estrondo, a trovoada, já está no ar.
a chuva começa a cair furiosa,
o vento fustiga as árvores,
um ramo cai sob a janela, batia agressivo.
Eu, e o Tosco, tremia-mos de frio, e talvez com medo,
o céu escurecia, com a chegada da noite, o barulho da água era tão forte,
que o caminho frente a casa, mais parecia um rio...
O vento começou a dar os primeiros estragos,
fazendo voar, as primeiras telhas do telhado,
já desgastado pelos anos, e intempéries.
-A vela acesa, mais parecia uma bailarina, com a chama desnivelada,
o tempo passava, sem haver réstia de calmaria.
O Tosco enrolou-se nós meus pés, ai...- ficamos até o amanhecer!
Acordei com uma lambidela, o dia solheiro. e o tosco pronto para saudar o novo dia, com as suas correrias e brincadeiras...
Graça Bica.