quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Quem me dera ser astro,
ser luz,
ramagem inquieta
na sombra de ti,
ser espaço virgem
onde os namorados
se amassem.
E ainda,
quem me dera ser azul,
sem colinas de fogo,
e o meu coração
escondesse as saudade,
e o peito respirasse
o cheiro da brisa,
que avisto da mira da ponte,
onde os meus sonhos
se espraiassem
como as asas das gaivotas
ao anoitecer...
E assim ficava o meu peito
adormecido em mim.
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.

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