domingo, 19 de abril de 2015

Se eu conta-se

As nuvens passageiras,
que correm, sobre o meu olhar,
as vontades se fundem
no meu corpo, destapado,
antes do sol abraçar o mar,
os dias correm lentos,
tão lentos, que fustigam
o corpo com desejos...
correm ligeiros, com passo curto,
para eu, não ficar muito tempo só!
é  na pequenez que me entrego,
e medito, da nossa distância,
nos dias, em que estive ausente de ti?
as nuvens não descobriram,
senti-me tão só, sem ti !
desaprendi ,o gosto do beijo...
estendo os meus braços,
incontroláveis,
para te recolher em mim..
o desgastar da tua ausência,
sufocam a minha vida,
e me liberta uma ansia,
de te quer, ao meu lado...

Graça Bica.  
Cartas
 
 De dezenas de cartas
que eu, recebi  tuas!!
talvez, não compreendesse,
as frases simples, que me escreves-te!
ou eu, preferisse ler uma carta banal,
onde se escrevo amar,  gostar...   
escreveste-me tudo isso,
e muito mais, 
com uma simplicidade,  
que me irradia ,de júbilo 
e me comove, ao ler! 
as tuas frases singelas,  
e, com saudades tuas,
reli uma das cartas 
das muitas, que me escreveste,
talvez, a mais sentida,  
com palavras, verdadeiras
como te é, peculiar, nas frases que escreves...  
no desalinho do meu peito
absorvo com muita nitidez, 
 fico emocionada
com tudo que escreveste....    

Não me chames bonito,
que eu não me importo.
Diz-me que sou inteligente,  
que as minhas gargalhadas   
são contagiantes, para ti.. 
Diz-me que te faço sorrir,
que gostas de olhar, para os meus olhos! 
e decifras o quanto tu, para mim significas...
dizer que gostas de mim,
é o significado do meu olhar,
ao ver o teu!
é  tudo que eu preciso de ouvir ,
quando falamos...
tudo o resto, está na ternura
como te olho,
e agasalho nomeu peito...

Graça Bica.

   

Adormecem.

Entre os sonhos.
e a minha verdade,
há um espaço vazio
de ciúme, 
confundem os sonhos,
com o deleito, da realidade, 
confesso que sinto
uma parte de mim,
ausente!
uma tortura que desliza
pelo meu corpo,
com vontade de ti!
as noites ligam-se aos dias,
permaneço em ti,
nos sonhos que fantasio,
as palavras falam-se
com sabor a mel,
meigas, de desejo
do teu corpo,
sentindo as caricias que se fundem
no ciúme da noite
onde nos encontramos,
e falamos do nosso amor,
e os nossos corpos, afoitos de prazer,
adormecem, calam-se de cansados.

Graça Bica.         

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Natal
O frio era tanto, nem o aconchego
do lume aquecia o coração da menina
tudo que a rodeava...
nesta data, nada a impedia
de pensar nas outras meninas, 
antes de pensar em si... 
desfolhou o sol do entardecer,
ás lágrimas corriam nos seus olhos,

enquanto observava os preparativos do Natal
a arvore cintilava com luzes, de varias cores,
 era uma menina de tranças caídas,
sobre os ombros,

 alegre, que saltava nas  brincadeira,
 na a noite de Natal, descia ao seu olhar,

uma tristeza de dor, de pensar nas outras crianças...    
no fim da Seia, eram distribuídos

todos os presentes,  dos que eram para ela,
disponha em seu redor...
ponha o seu nome, num por um,  
levava-os para o quarto com o coração
triste, um olhar profundo de quem esta atenta,  

enxuga os olhos na roupa farta
que a cobre  o seu corpo,
de manhã vai até ao adro da igreja, 
distribuir aos seus amigos, os presentes
que tinha recebido na noite de Natal,
feliz sorria, espalhava por todos eles, beijos e abraços...
assim, foram muitos Natais...

Graça Bica.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Não te vejo.
nem te oiço,

Canta com tuas palavras,
tão peculiares, que eu decifro,
era o código do nossos abraços, 
dos nossos beijos, mordidos,. sagazes.. 
chama por mim...
com  amor!
ando perdida da vida,
a tantos anos, sem te encontrar,
vagueio nos pensamentos...
que invento, dando outro começo...  
porque insisto, em te procurar, 
queria mandar os beijos que prometi,
nem abraços, eu consigo mandar.!
és a chama que me queima, no peito
só me procuras nas noites de lua cheia,
a mim, não me é permitido enxergar,  
procuro nas outras luas, o teu  corpo,
revejo-te cansado, de me chamares!
mas não te oiço amor,
mas guardo-te no peito

Graça Bica
As manhãs.
são mais puras,

Que uma gota de orvalho,
evaporam-se, como as lágrimas,
dos meus poemas,
que transcrevo, no meu libro!
sob" uma química incontrolável
da minha vida...
onde me doou,
para todos me lerem,
escrever faz parte de mim,
falar de amor,
da revoltas contidas,
mas não abafada, o silêncio,
 comanda a minha caminhada.
faze parte de tudo...
que eu sou.!
da vida, dos sonhos,
 dos projetos ilusórios,
da minha mente ,
 degusto o meu desejo, em cada frase
que construo,
em cada sombra, que controla
 no meu peito, sedento,
em cada lágrima, que rola de saudade..
continuo a escrever...


Graça Bica.