terça-feira, 2 de novembro de 2021

 O dia amanheceu entristecido.

O vento corria forte pelo areal derrubando
os juncos que nasciam ao longo das dunas,
uma claridade taciturna invadiu o quarto.
Olhei para o mar, as ondas iam-se deleitando
pela vasta imensidão da praia deserta.
Pensei em ti...
Senti os braços trémulos, enquanto uma lágrima descaiu, de recordar a tua imagem a correr
pela praia, com o teu fiel amigo santiago doce e meigo lavrador.
Trazias no rosto todas as marés e o sabor salgado
dos teus beijos...
No teu peito, trazias ventos mornos, a chama
ardente, febril paixão.
Ainda aquele sorriso farto, inesquecível na tua
boca e alegria a percorrer a pele,o feitiço da lua
entornada para mim.
O cansaço desmedido num abraço e, mil palavras
á minha boca a cheirar a hortelã fresca e,um sorriso
aberto das noites alvas do nosso amor.
Agora meu amor...
Quando a lua teima em chegar a minha cama fico
em silêncio...
Trago em mim tanto de tudo, como tanto dum nada.
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.
Gosto


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