sábado, 17 de outubro de 2015

Faz um retrato,
de mim...

Com brilho nos meus
olhos,
sublinha-os com amor,
desenha a minha boca
cor de carmim!


O meu peito.
como maças
vermelhas,apetecidas!
De pele macia.
Com cheiro de
framboesa ...

Vai delineando todo
o corpo...
Com ondas calmas
e suaves...
Veste a minha pele,
com seda pura,
agasalha-a ,com os
teus braços.

 Moldura-me em talha
dourada.
Olha para o retrato,
sempre que apeteça...

 Fico aqui ...
Graça Bica.
O sonho em mim!
É um sonho acordado,
é um lamento de dor
sem saber...

São as lágrimas,
que choro sem poder,
no coração que doí ,
e já, não sinto.
Em todo meu ser
amor ...

No sono tenho
tanto frio...
E falta-me a memoria!
Os meus olhos
já não têm luz...
Os meus cabelos
já não brilham!

O meu corpo
já não vive,
Já não vingo
as manhãs,
as tardes partem
e a noite desce.
   
Existo!

Só para ti Amor!

Graça Bica.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Dos meus lábios
saem
palavras cruzadas
de amor e saudade...
Cânticos de ternura,
poemas em melodia ..

.
Vingo em mim...
as palavras sussurradas
e olhares embriagados
de amor...
Luz e som,
penumbras, desejos e
ansiedades...

Neste entardecer sombrio....
grito eu.
ao vento!
Ergo a cabeça
penso.
a imagem viva do sonho!

Graça Bica.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Nenhuma nota musical
nem, o dedilhar das cordas
de uma guitarra,
aveludam a minha alma!

Brotam lágrimas
de dor...
As palavras
desaguam de mim....
Como um rio que corre
veloz-mente
para o mar!
Entre pedaços de mim.
do que fui, e não foi...
Adormeço pensando
em ti....
No sentido de um rumo...

Almejo além do horizonte
nuvens ...

Fico aqui!
abraçada aos dias e noites ,
correm apressadas
em busca de mim...

Graça Bica.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dia do Poeta 13/10/2015.


A poesia é um desenho
improvisado...
Um monossílabo ...
um instante...
É um desenho que paira,
deixa as mães
escrever...
E o coração ditar!
Os meus poemas,
são espaços virgens,
onde acabam as palavras,
os sonhos recomeçam...
Cada frase é um delírio
aberto,
uma manhã disfarçada
de claridade...
O poema declamado
é , silêncio neste instante.
Um grito
de libertação...
É sempre um poema...

Graça Bica.
13/107/20015

domingo, 11 de outubro de 2015

Preciso do teu céu.
do teu corpo de sol,
da tua vida feita
de noites,
e vendavais.
.
Ainda preciso dos sonhos
de mim.
de ti ,de nós...

A minha alma parte
extasiada e nua...
Mesmo que ao teu lado
eu já não more.
É nessa distância ,
entre o que sou!.
e não sou!
Que tu habitas...
Adormeces e
acordas comigo....!
Graça Bica

sábado, 10 de outubro de 2015

Os dias caem
aos meus pés
irrecuperáveis ...

Os dias de outono.
deixam entrar
o frio do inverno,
as manhãs se
aproximam...

Os meus dias,
são marés sem lemo.
corroídos pela solidão....

 Sempre que a noite
desce!
O amanhecer começa
entro em mim..
Fustigada do mal da
alma!
Quantas vezes as nossas
bocas se uniram...
Quantas promessas
silenciaram
com os nossos beijos!

Quantas Amor ?
O Outono corre, seguem
as quatro estações ...
Eu remo na solidão...
Graça Bica.