sábado, 6 de agosto de 2016

As amoras nos silvados aparecem
nos meses de verão,
é costume ser nesses meses
que vou passar ferias a aldeia...
É uma aldeia pequena embrenhada na serra,
com um rio de agua límpida,
e casas de xisto...!
Foi numas ferias que te vi pela primeira vez !!!

Eras um rapaz bonito, resguardado
com olhos cor de avelã, tristes!
Não eras de grande conversa...
Estranhei quando me perguntas-te
se o rio era seguro para banhos?
Ainda pensei que estaria a fazer de mim aparvalhada?
a minha resposta pronta e decidida
respondi?
Tomo banho neste rio sempre que posso
passar ferias nesta aldeia.
Notei que ficou um pouco encavacado
pela resposta, talvez, não temperada
como ele o imaginara.
Nesse dia voltei para casa, a pensar no menino da capital.
o que o levaria a pensar?
ser superior aquela gente, nobre de coração hospitaleira por bondade?
No dia seguinte estava a tomar um café de saco, na tasca do Sr.Hilário quando o jovem forasteiro apareceu,
cumprimentado com amabilidade.
O Sr Hilário respondeu--- Ó Sr.Doutor,
esta menina era a neta da Dona Mariquinhas,
A Velhinha mais antiga da aldeia!
Tive conhecimento da morte, meses mais tarde.
A nossa apresentação foi feita naquele momento.....
(reservado ao direito do autor)
Hoje estou triste,
ando diabolando
pela casa deserta,
respiro,o ar perdido no tempo,
onde esse tempo,
era um pedaço de mim ...
De alegria contagiante ,
das madrugadas, acordadas...

Um frio puxado a norte,
toca nos meus olhos
já, lacrimejando,
das inúmeras loucuras,
dos anos que era amada,
Perdi parte de mim!
A minha identidade vai-se
apagando,de vagar
a tristeza, convive em
meu redor,
a musica, fica melancólica,
e por vezes perco-me...
Sinto-me ausente de mim,
foi quimera nos anos,
exponha-mos,as nossas
bocas, se-mi abertas
com palavras loucas.
sorrisos desejados...
Hoje,não coabitam mais
em mim...
A minha pequenez arreia
a minha força!
sinto-me tão só...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.
14/07/2016.
No dia em que nos
conhecemos,
abraçamos o céu
sem palavras,
segredamos
mil juras,
e mil projetos construimos!

As velas acesas
nos candelabros,
da sala,
ardiam intensamente.
E eu olhava-te,
timidamente.
Entre sorrisos,
e palavras.
e olhares,extasiados.
Poderíamos estar entre
o mundo,
mas o desejo.
deixava-nos sós ...
Continuamos cúmplices,
dos nossos segredos,
Que ardiam
em silêncio...
(reservado ao direito do autor )
Graça Bica.

Graça Bica
Meu amor
pensei ,em escrever-te
uma carta!

Mas a noite está fria
tocada a chuva e vento,
batendo na janela quebrada.
Estou sentada na cama.
o pavio da vela
fere-me os olhos,
de cansada !
Das trocas em silêncio,
dos beijos nus e ardentes,
o teu corpo que fumega
junto ao meu.

Ai meu amor,
queria escrever-te
todo este afago,
que doí no peito,de tão amargo
de tanto sofrer.
Procura-me por entre a luz pálida,
da vida,
dos nossos gemidos
por entre as sombras
da cama,
arrebate-me nos teus braços.
Deixa os nossos apelos falar,
as nossas fantasias florirem,
bem deitar-te junto de mim,
faz-me, como os botões
das rosas
desabrocham com o sol
do amanhecer!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O grito foi tão abafado,
que só,
pelo silêncio contrastando
percebi, 
que não havia gritado,
O grito fica batendo dentro
do peito.
Caminhei no alvorecer,
até ao entardecer,
com o grito silenciado,
dentro de mim,
os dias ganharam
raízes,
e o grito, fica abafado ,para não
ser gritado
.
O peito dorido com
o gemido
abafado, silenciado contrastado,
A lágrima correu na palidez
do rosto,
grito abafado silenciou...
(ao abrigo do código do direito de auto)
Graça Bica

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

As vezes estou tão só,
que oiço passar o vento,
deixando em mim,
mil pensamentos...!
Se eu os pudesse escrever,
neste momento,
faria um lindo poema,
de sonhos roubados,
que vagueiam
entre mim, e o silêncio.

Existe um som duma flauta,
que corre na minha direção,
atravessando o sitio do farol
como braçadas de luz,
é neste sitio que me rebeijo,
neste silêncio das nuvens,
que procuram o literal..
Fico até a tardinha,
dobrando o entardecer,
com o farol iluminado
refrescando a alma
de tanto sofrer.!
Fascinada pelo mar....
há qualquer coisa
que vagueia
entre mim e o mar,
e o som da flauto, e
o passar do vento....!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016


Leva-me contigo
agarrada ao teu olhar.
abraçada ao teu sorriso,
a sentir o teu calor.
a sorver do meu amor.

Leva-me contigo
o teu tempo é
o meu tempo,
e o meu tempo,
é a tua vida.

Leva-me contigo
e o teu mundo
é o meu lugar,
o teu trilho
é o meu trilho,
o teu corpo é
o meu templo.

Leva-me contigo,
embrenhada
nas minha suplicas,
cala,os meus lamentos
com um beijo teu!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.