sábado, 5 de novembro de 2016

Já  contei que no 
meu quarto. 
já não há espelhos? e
eu não me vejo. 
As luzes estão apagadas, 
abriu-se a porta
do lado de fora,
mas ninguém entrou!
Há minha frente a mesa
redonda,
desmente o branco da toalha
de rendada,
fixo os cotovelos para
olhar o teu rosto.
O relógio de bolso
já não da horas, os
ponteiros estão paradas...!
(reservado ao direito do autor)
Impaciente 
tento reduzir-me ao nada, 
o dia dará os 
abraços a noite 
silenciosamente,
eu, te espero 
sentada numa poltrona 
tão velha, 
de décadas e cansada 
das conversas da
minha Avo, e meu Avó.!
Hoje espero por ti... A 
hora passou,
na sede dos meus olhos, 
por momentos se 
fecharam a pensar... 
Logo a noitinha vem cedo,
o relento correi-me os ossos, 
e fico com muito frio...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Quem me dera ser outra, 
estar onde há só manhãs claras, 
esperando por mim.! 
Pudesse eu viver onde a natureza 
suspendesse o meu trilho, 
e caminhasse nos teus dias,
e pudesse estender a minha mão
e segura por instantes o teu rosto .
Como seriam as manhãs?
Seriam coloridas de rosas selvagens,
nesta eterna mudança de mim...!
Se pudesse assistir a tudo isto
de olhos enxutos,
porque as lágrimas são muitas
da tua lembrança ...
Daria tréguas ao tempo,
para ver uma réstia de longe
do teu sorriso...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

Há dias que a minha
alma
não tem
desassossego,
uma dor pertinente, 
um desafio constante
dentro de mim.!
Há dias que vivo assim.
Há dias que me escondo
de mim.
Há dias que os olhos não
albergam há luz,
Há dias com muito choro...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.
Estou deitada na sombra 
das coisas, 
que morreram lentamente 
a meu lado, 
As pedras da vida feriram-me 
os olhos,
por evasão aliei-me ao
desengano.
A vida desceu como uma
cortina
de folhas secas desfolhadas,
eu, perpetuo no cheiro
que me deixaram, e
se apaga sempre no fim
da tarde .!
(reservada ao direito do autor)
Graça Bica.@.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Escrevo para ti
os meus poemas
por vezes contando
o teu nome
meu amor.! 
Com sílabas de musica
dançando nas ponta
dos dedos,
Sonho os meus versos,
mesmo ausente,
o teu silencio é
ainda melodia
em meu redor.
Continuo a escrever...
mesmo quando se apaga
o horizonte.
E as minhas mãos
tocam no teu nome ...
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.@.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Os dias correm 
apressados, 
pela cegueira dos 
meus olhos.
As noites não param, 
pela ansiedade de
me encontrar.
Há dias que as noites se
fundem, e
ficam em silêncio.
E eu perco-me na ausência
de ti...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.