domingo, 13 de novembro de 2016

Escrevi tantas cartas 
meu amor, 
com elas, podias ler tudo 
que se passava na 
minha vida, 
quando acabava de escrever, o 
meu peito chorava por ti,
continuei a escrever anos, sem
fim...
Desenhei nas folhas as,
nossas bocas, quando se 
beijavam,
o meu peito sangra, de
tantos anos de solidão,
foram lágrimas derramadas, que
encharcaram a 
minha alma,
tantas saudades e tantas revolta, de
não caminhares ao 
meu lado,
queria morrer abraçada 
a ti...
Amor
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.
Mãe 

Quero correr,
para a minha vida antiga
como se corresse, para 
o colo da minha
Mãe,
queria, os doces que me davas
quando ralhavas comigo,
queria, pegar no teu braço
enrosca-lo em mim...
queria, chamar pelo teu nome.
olhar o teu sorriso,
pedir para me cantares,
aquela canção,
queria sentar-me no teu colo
enquanto brincavas com
o meu cabelo,
e contavas, a história da
joaninha,
tão linda e redondinha,
queria, correr para ti minha
Mãe,
queria pulsar na minha vida,
como feto,que precisa da barriga da sua
mãe.!
corri no tempo, apressada para
me tornar mulher,
hoje, doaria a minha idade, para
ser pequena,
e sentar-me no teu colo
Mãe.
O silêncio estava na
tua boca fechada,
continuava mudo no
meu peito.
As falésias comprometidas 
da nossa vida,
eram quedas de
um abismo total.
Ainda ontem
passei os olhos a
rever a nossa vida,
andando de viela,
em viela,
perdendo o rasto e
direcção.
E tão longos
eram os segundos,
que passei a
tarde a tentar
encontrar-te.
Perdi-te num estante,
que os segundos,
tonaram-se longos
demais...
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.@.

sábado, 12 de novembro de 2016


Nada surpreende,
a solidão que se inicia
na raiz do meu rosto.
É inverno, 
um tempo de ventos
e vendavais...
E a noite cai em pranto,
um silêncio,e uma saudade
se desprende no
ultimo beijo
que trocamos.
Desci a rua sozinha,
contei as pedras soltas
da calçada,
que tropeçava ao caminhar,
as folhas mortas
iam-se esmagando
aos meus passos.
Desfiz a esquina inquieta, os
olhos mortiços,
de lamento,desaguavam
na estação,
a carruagem,estava a
minha espera,
desfiz-me do silêncio,
desfiz-me da dor
e tudo ficou para trás!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica@.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O silêncio é mais puro
que uma gota de orvalho,
neles cantam os sons
da madrugada,e
os dias anoitecem 
envergados
num manto escuro.
O meu amor,
para com os gestos
das tuas palavras,
corroem as veredas
do oceano,
onde as ondas
se içam embrandecidas
e se calam a beijar
o extenso areal.
O grito é um murmúrio
vindo da alma,
chamando num sopro
de ventos cruzados,
direccionado ou para norte
ou para sul.
O teu nome...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.
Correm ventos de
lamentos
pelas clareiras dos
pinhais,
ouvem-se vozes de um 
silêncio,
que passou e deixou
rasto.
Ouço a minha voz
magoada,
tremendo e enfurecida,
oiço passos calados,
magoados pela vida.
Ouço o meu coração a
pulsar
de uma triste sina,
A minha voz de silêncio
aclama nas
madrugadas.
O choro desse baixinho.
canta no peito
desassossego,
a distancia chega a
doer nas paredes
da alma...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Procura-me.
por entre
as sombras
da saudade.
Procura-me
por entre a luz
pálida da lua,
e, a noite embrenhada
da minha sombra.
Procura-me
onde a rochas se
desfazem em pedras,
E areia se eleva
em poeira...
Procura-me
no sitio, em que foi
tua.
No quarto que foi
nosso.
Na cama que é
minha!
Procura-me...
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.@.