Segui-te por anos...
Regados de tanto amor,
como quem rega uma planta
para não morrer.!
As nossas raízes vingaram, 
e florescem majestosas.
Eu, simplesmente vagueio
numa profunda saudade
num batel a deriva.!

Tu partiste!
 Na procura dum silêncio
mais puro, que uma gota de orvalho
e sobre mim caíram rosas,
violentamente arrebatadas
nesse instante,
como pedras jogadas dum muro
a desmoronar de abandono!

Não quero ver mais rosas,
nem cheiro delas quero sentir,
o peito deu um grito alucinante
 sufocando de uma dor horrível,
depois, desceram lágrimas pesadas,
 e as palavras foram violadas,
atrocidades,de uma enorme secura...

Os caminhos fizeram-se de pedras,
ponte-aguadas,
cada passo que eu dava
sangrava. mutilando a alma..!

(reservado ao direito da autora )
Graça Bica.@.

Hoje é o dia da Poesia.

Ó mar sereno, hoje não avisto
as tuas ondas...
Estão tão calmas, 
como uma imagem de candura,
não galgam a areia,
o vento sopra com leveza
de tão leve, e
beija o meu rosto.

Hoje, és o meu poema !

És, um canto da minha praia
sem ninguém,só o sol e eu,
e o sol vai tão alto...
que se funde nesse mar aberto,
nessa enorme planície,
que eu chamo de mar.
Hoje é o dia do poeta,
metade de mim é a minha alma,
e outra metade é feita de poesia...!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.@.

Será por isso que me sinto bem
ao pé do mar?

Procuro-te nós restos dos naufrágios,
nas algas que se desprendem por força das marés ,
e sobre as areias de todas as praias
batidas pelo vento.
Por vezes penso, que te vejo a passar nas nuvens
que vem de sul...
Ainda penso, procurar-te nas poltronas, nas almofadas ,
na luz, e na sombra, das tardes de verão.!
E continuo a procurar-te, no corredor,nós quartos, na sala, onde oiço o tiquetaque do relógio da sala.

Talvez o próprio som se tenha condensado...

Há um retrato pintado a óleo, com um ramo de alfazema que escondi a tantos anos...
E ainda, oiço o telintar das chaves,pousando no prato
de estanho na mesa da entrada,
como fazias questão que eu as ouvisse?
 Amor.!
Esperava-te sentada na poltrona, meia dormente com o livro despojado no colo.
Como me recordo de tudo, e ainda com mais nitidez ,
porque os anos ajudam a refazer o passado,
e ainda, há tanto coisa guardada em mim,
e tanto que ficou por dizer
Amor...!
(reservado ao direito da autora)
Graça Bica.@.

Quem me dera ser outra,
estar onde só há manhas claras,
esperando por mim...!
Pudesse eu viver onde a natureza
suspendesse o meu trilho,
e caminhasse nós teus dias...
Pudesse eu, estender a minha mão
e segurar por instante o teu rosto!

Como seriam as manhãs?

Seriam coloridas de rosas selvagens,
nesta eterna mudança de mim!

Se eu pudesse assistir a tudo isto,
de olhos enxutos?

Mas não,
as lágrimas são muitas
da tua lembrança...!
Daria eu, tréguas ao tempo,
para ver uma réstia mesmo de longe
do que foi o teu sorriso...!!!
(reservado ao direito da autora)
Graça Bica.@.

Esperei por por ti.

Meu Amor esperei
por ti.
Sentada numa rocha na praia, 
olhando o baloiçar das ondas, e
as gaivotas a voar,
afocinhado o bico para pescar...

O sol aquecia
 o meu corpo,deitada
 na areia molhada.
enquanto esperava
por ti...

Construí versos,
fiz promessas ,
fiz juras ao vento...
Até uma carta pequena
na areia eu escrevi...
Olhei para ti,
nesse dia senti,
que os teus olhos,
eram meus amor...!
(reservado ao direito da autora )
Graça Bica .@.

Poesia da alma da poeta Graça Bica
8 de Abril de 2014 · ·
Meu Deus
como eu quero ir ao teu encontro
e por momentos esquecer a vida ..

Quero acreditar neste estado incompleto
que se completa com a tua presença.

Quero perder-me em ti
colada ao teu corpo,e sonhar que
não existe o amanhã.
viver todos os momentos,
como se fossem os últimos
quero adormecer contigo viver,
os momentos antes de dormir

Quando o meu mundo se perde
e a magia se cria...
os sonhos estão tão próximos de ti...
sinto ainda o fulgor dos teus beijos molhados,
a arrepiar a minha pele que mundo teimoso,
as minhas pernas recusam-se a caminhar
e nem o caminho segue na tua direcção
para eu te poder beijar...
Apenas um dia mais...
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.@.

Meus olhos vem 
de noite, quando desses  
para me beijar..! 
 o meu corpo treme de frio,
de promessas por cumprir...
Sabes?
um dia acreditei em ti,
era madrugada,
beijaste a minha face,era noite
da romaria, dia de S. João...
Foi o primeiro beijo, 
de tantos.!
Que depois vieram, 
com todos os entardeceres,
abafamos nas nossas bocas,
e assim ficávamos até o dia raiar...
(reservado ao direito da autora)    

Graça Bica.@.