quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Queria poder deixar as orquídeas,
no teu colo,
e poder acarinhar o teu rosto,
mesmo com o vento, soprando de norte,
fazendo carneiros nas vagas altivas,
galopando pelo mar adentro.

Sentado esperavas por mim!

Poderia abraçar o teu corpo, só com o cheiro,
tantas vezes eu, disse,
que o perfume da tua pele,só eu
o reconhecia.
Ainda hoje quando olho o mar, com nortada,
as saudades agulham no peito,
as lágrimas, bailam nos meus olhos,
descendo lentamente.

Todos os dias saúdo o mar.

 A minha mente vagueia num vote a deriva,
tantas vezes, nos-beijamos ao por do sol,
sentados junto ao mar, em maré rasa,
fazendo promessas, que nunca chegamos a cumprir.
A minha alma doí,
quando penso em ti meu amor.
Que teria sido da minha vida, se estivesse ao meu lado?...

Uma mulher feliz, e compreendida por ti!
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Quero falar aqui!
do meu amor,
enquanto o silêncio
é tempo,e o tempo é vontade 
e o espaço,é longo
e a solidão é mar...
É aqui, que fizemos as
nossas amarras,
despojamos as nossas vontades
dilaceradas de prazer.
No horizonte ergue-se
uma brisa,que encobre o mar...
Aqui meu amor!
atracam as nossas fantasias,
transpiradas com os cheiros,
intensos dos nossos corpos,
que exalaram de tanto prazer,
as nossas almas juraram
de tanto que foi belo
o nosso amor...!
É aqui, que eu falo
de ti...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.

terça-feira, 1 de agosto de 2017


Despir-te,
e sentir a elegância da
tua chegada,
excitante, é o teu corpo
o teu olhar esguio,
marcando, o teu silêncio
do outono em mim...

Poisaste os teus ombros,
na vereda da cama
tão lentamente,
afundei-me na sombra livre
do teu olhar,
foste, descendo bordando
com as tuas mãos
as curvas do meu corpo,
arredado de prazer.
Da janela um raio de luz
abraçou-nos.
imploraste, o meu corpo
cansado, de vontades 
E tu?
Graça Bica.
(reservado o direito do autor)
Antes do sol raiar,
os abraços da neblina
desfaziam-se ...
O sol, radioso cobria o campo
de papoilas vermelhas.
Sossegadamente,
colhia, flores para enfeitar
as folhas do meu diário!
Retratava, as brincadeiras
com as amigas,
que se cruzavam comigo
no banco da escola.
Antes de adormecer...
escrevia, romanceando,
todo que me acontecia...
Os dias, naquele tempo,
desfaziam-se tão devagar,
e as noites eram tão longas.
.
Sentada, na secretaria
no meu quarto,
escrevia ,e relia tudo
que ia escrevendo
das nossas brincadeiras
de menina feliz.!
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)

domingo, 30 de julho de 2017

Talvez..... neste dia,
há cartas ou papéis
espalhados pela secretaria,
e alguns pelo chão ...
Sou, 
arrumada a minha maneira...
Talvez,nem o telefone toque,
nem na radio toque mais
aquela canção,
que juntos balbuciamos
não te esqueças de mim...
Neste dia, não ouvi
uma única voz,
talvez por estar adormecida
com recordaçoes,
de tudo,e do nada...
Não sinto os pássaros a
chilrear,pelas macieiras
nem a rãs, a chocalhar no lago,
nem o cão a correr, atrás do gato
em grandes correrias.
Não oiço nada!
Ando por caminhos
separados,
outrora sentia os teus passos
caminhando devagar
já pensei se estaria a ficar
surda?
Ou a musica silenciou,
ou, caminho parada no
tempo...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

As pétalas de luz,
que iluminavam
os teus olhos.
tão persistentes
que as" hortencias" 
se escondiam
no meio das eras que cobriam,
o muro que circunda a casa.
Entraram, pela janela adentro,
envergonhadas,
escondem-se de mim.!
Foi por ti,
que a minha boca
se entreabriu,
com sede,e tremula,
por um poema que redigi
a pensar em ti.
É por ti,
que continuo escrever,
escreve o amor guardado,
escrevo as saudades,
projecto um futuro,
mesmo que ilusório
dá-me força
para continuar deste lado,
nesta distancia abismal,
que nós separa ...
Deste meu amor !
(reservado o direito de autora )
Graça Bica

terça-feira, 25 de julho de 2017

Falo constantemente
de ti.
Falo porque ainda te guardo,
debaixo da manta
que me cobre!
Escrevo dores...
Com quem não consigo estar,
como quem sonha
sem saber.
É de ti amor que falo.!
Só as vozes das multidões,
que me falam,e chegam
maneira-mente,
como o memorio de ondas
nas falésias.
Falo de ti, a toda a gente,
e faço os meus poemas
com a mesma agitação
como ainda te quero...
No dia que deixar
de escrever,
historias de amor
que me aniquilam,
estarei
perdida em ti...!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.