sexta-feira, 8 de setembro de 2017



Aquelas árvores 
que circundavam a casa,
agasalharam tantas vezes 
o nosso amor,
os beijos que sabiam a mel, 
os carinhos que nossas mãos 
ensaiavam sem falar.
A tua maneira de olhar 
arrepiava a minha pele, amei, 
se amei,sem tempo, 
nem palavras.!
Os pássaros rodavam 
os ramos frondosos,
escondidos a silenciar o nosso 
amor. 
Pensei tantas vezes meu amor,
naquele tempo passado,
em que tudo era nosso...
As horas paravam,
com o nosso amor,
o nossos corpos,
vibravam de felicidade,
depois tu partiste, 
depressa de mais...
Aquelas noites, 
que eu guardei para mim,
ainda as vivo,
num sonho tão puro 
como foi o nosso amor.!
Hoje recordo-te... 
com uma eterna saudade,
dorida, dum eterno amor,
que é o meu...!
Graça Bica 
(reservado ao direito de autor)
Foste entrando em mim
de mansinho,
como um sol vindo do oriente,
Inundando suavemente,
as rugas da minha face,
uma luz tímida e transparente,
aguando as primaveras da nossa vida.
Vieste como uma flor desabrochando lentamente
desnudando a beleza das suas pétalas.
tomaste os meus sentidos
como uma doce brisa,
agitando a folhagem densa do meu refugio.
Foste-me envolvendo num calor há muito desejado,
como um perfume forte e intenso.
Fizeste-me escutar a água cristalina da ribeira,
que corre veloz-mente para o mar...
Trouxeste-me a memória aquela força
de viver…
adormecida,pelo tempo sem ti.
Vieste de mansinho, como um vinho,
embriagaste-me a minha sede de amor...
Fizeste-me viajar no sonho sulcando,
de mares e céus desconhecidos...
Deste-me a arpa do espaço,
e a música suave do amor,
fomos um só,
abraçados nós desejos,
dum sonho,tão perfeito,
tu partistes...
Sem palavras nem despedidas.
Envolto no teu adormecido,
e belo sorriso,
num até sempre, de um fim de tarde...
O sol beijou-me,doente e pálido...
Graça Bica
(reservado ao direito de autor)

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Mãe
Quero correr,
para a minha vida antiga
como se corresse, para
o colo da minha
Mãe,
queria, os doces que me davas
quando ralhavas comigo,
queria, pegar no teu braço
enrosca-lo em mim...
queria, chamar pelo teu nome.
olhar o teu sorriso,
pedir para me cantares,
aquela canção,
queria sentar-me no teu colo
enquanto brincavas com
o meu cabelo,
e contavas, a história da
joaninha,
tão linda e redondinha,
queria, correr para ti minha
Mãe,
queria pulsar na minha vida,
como feto,que precisa da barriga da sua
mãe.!
corri no tempo, apressada para
me tornar mulher,
hoje, doaria a minha idade, para
ser pequena,
e sentar-me no teu colo
Mãe.
Graça Bica.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Graça Bica partilhou a foto de Poesia da alma da poeta Graça Bica.
28 de Agosto de 2015 às 19:50 ·
O sol vai-se esgueirando...!
Boa noite
Beijo Meu.·
Ao fim da tarde,o sol vai-se esgueirando sobre as rochas,
que encobrem um ponto do horizonte,
oiço as crianças a brincar na areia!
É Domingo, os dias para mim são sempre iguais,
sentada na minha secretaria, com as cortinas arredadas, de vez em quando avisto, o esparramar do sol, os barcos navegando lá longe, pelas aguas que mais parecem paradas.
_Comecei organizar uns blocos, e ao mesmo tempo
ia lendo um pouco, de tudo que longo dos anos escrevi ...
Consoante ia lendo, iam-se rasgando em mim mil pedaços de tristeza e dor,
que teimavam em beijar o meu rosto com lágrimas ...
Os dias iam correndo, e eu, sem vontade de os seguir,
doei-me aos pensamentos com tristeza!
Renegando de mim, o sabor da felicidade!...
Lembrei-me,de uma chamada telefónica da minha filha,que está num outro Pais.
Com a voz doce, dando-me conselhos,para ser feliz palavras
de conforto,que se abraçavam intensamente como se os nossos corações estivessem pulsando juntos.!
As luzes difusas das minhas lembranças, já tinham passado décadas, e relembrei uma carta da minha Mãe.
Quando uma filha está ausente, o coração da Mãe chora, juntamente com o da Filha!
Tinhas rezão" Milinha"
A vida é uma aprendizagem,no decorrer dos anos torna-se o nosso mestre.
E tantos anos passaram...
Ainda recordo mais intensamente, as tuas palavras,
com o meu peito borbulhando de tantas saudades...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.
18/3
Enquanto estiver por aqui.
Num silencio falado,
as palavras sedentes
dos bosques claros e
lúcidos,
menos serei eu.

Por vezes,
no âmago da noite
fico tensa,sinto um
enxame de avelhas
sorvendo o néctar das
flores,
que fervilham de-leitosas
em crescer...
Por vezes, a chuva ,
o sol,e o vento,
abrem pedaços de chão,
por onde caminham os
meus passos
sonâmbulos de mim.!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica .@.

domingo, 27 de agosto de 2017



Alma.
No vento da minha alma, 
resguardo o teu nome, 
o meu peito ,não o deixa
chamar...

Acalento a duvida do 
teu perfil 
na maresia do teu olhar,
na inquietude do teu 
abraço!
Se, o amanhecer vier, 
e o sol descobrir, 
baptizámos 
os nossos beijos, 
comungamos o nosso 
abraço.
Abraçamos o nosso corpo,
lapidámos o nosso 
amor, 
em turquesa cor de mar..!
No caminhar do nosso 
vento,
percorrido na distância,
com margens separadas, 
amaciámos a distancia!
No olhar do nosso olhar, 
guardado no peito,
Por vezes, a soluçar...
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)

sábado, 26 de agosto de 2017

Poesia da alma da poeta Graça Bica
Despi-me, mais uma vez,
com os segredos,de outrora
deixei os raios entrar no coração
dormente, 
deitada na cama,
onde permaneci horas,
de angustia.
Silenciei-me,
com as tuas palavras,
que um dia demoliram
a minha existencial
Lembrei-me tanto de ti...
dos filhos,da neta...
As minhas asas,
não alcançaram o voo
da felicidade, são inúteis.
neste voo, as aves não tniham
penas.
Questionei-me
o que reside no coração,
de uma mulher que sofre?
Um amor em silêncio,
abafado em lágrimas
secas!!!
(reservado ao direito do autor)