quarta-feira, 13 de setembro de 2017

No silêncio do mar,
as gaivotas grunhem,
grito, os meus ais...
no incolor das águas
onde reflecte um rosto 
que penso ser o meu.
Um corpo translucido nada
com braçadas cansadas,
e as gaivotas silenciaram...
ouço aquela voz distante,
que me fazem recordar as conversas
deitadas na areia
ao fim da tarde.
Nós dias de verão,
antes do sol se esparramar
no horizonte,
cor de ouro,astuto fica
em silencio,
emudecendo os meus ais...!
Graça Bica.
(reservado ao direito da autora)
Falo constantemente
de ti..!
Falo porque ainda te guardo,
debaixo da manta que me cobre!
Escrevo dores,
com quem não consigo
estar,
e sonha sem saber...

É de ti amor,
que regressam a vozes das multidões,
que falam,
e chegam maneira-mente,
como o som das ondas batendo
nas falésias.
Falo de ti,
a toda a gente,
e faço os meus poemas
com a mesma agitação
que falo.
No dia,em que deixar
de escrever,
as historias perdidas,que me sorvem
vagarosamente e me aniquilam,
estarei perdida em ti...!
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)
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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Obrigada elo carinho de lerem o que o meu coração,
dita...
Palavras que saem da alma de quem as sente.
Beijinhos...
Graça Bica.!
Poema já lançado em livro.!
O sol desceu sob o mar...
A água cor de torquesa beija o extenso areal,
as gaivotas grunhem famintas,
picando nas algas molhadas,
pondo a descoberto as conchas,
e beijinhos de amor...
O vento norte sopra enfurecido,
os pescadores famintos de peixe, aguardam,
a calmaria para entrar no mar.
O abraço entrelaçou na tarde,e vento amainou,
acalentou os pescadores para a faina,
enquanto os filhos brincam na orla do mar...
As mulheres,sem arredar pé,
ficam orando,
com xailes,negros pela cabeça,
lançam preces fervorosas,
a virgem dos navegantes.!
As mulheres, avistam lá longe,
os barcos dançando nas águas,
parecendo cascas de nozes,
os seus homem regressam são e salves,
com pescaria,
as suas mulheres arredam as sais,
e puxam os barcos para areia...!

Homenagem, aos pescadores.
verdadeiros lobos do mar..!

Graça Bica.
(reservado ao direito de autor).
Foto de Poesia da alma da poeta Graça Bica.
Meu amor
O tempo é uma grande ajuda,
uma frase feita mas é assim.!
Continuo a extravasar as minhas angustias,
muita solidão,e escrevo para ti...
Faz-me muito bem escrever...
eu dei-te o meu amor,
as minhas gargalhadas,
e tu deste-me serenidade,
e muitas alegrias...
Sabes,que mordo as palavras,
como mordo as angustias!
Tenho uma solidão muito própria minha,
como o meu próprio sorriso,
o meu jeito de escrever,
limo as arestas do que foi a nossa vida,
sempre que vagueio em ti...
As palavras deixam cicatrizes,
o sonho deixe saudade,
o amor alegria ,a tristeza nostalgia.
Deixaste tudo, para mim !!!
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)


Aquelas árvores 
que circundavam a casa,
agasalharam tantas vezes 
o nosso amor,
os beijos que sabiam a mel, 
os carinhos que nossas mãos 
ensaiavam sem falar.
A tua maneira de olhar 
arrepiava a minha pele, amei, 
se amei,sem tempo, 
nem palavras.!
Os pássaros rodavam 
os ramos frondosos,
escondidos a silenciar o nosso 
amor. 
Pensei tantas vezes meu amor,
naquele tempo passado,
em que tudo era nosso...
As horas paravam,
com o nosso amor,
o nossos corpos,
vibravam de felicidade,
depois tu partiste, 
depressa de mais...
Aquelas noites, 
que eu guardei para mim,
ainda as vivo,
num sonho tão puro 
como foi o nosso amor.!
Hoje recordo-te... 
com uma eterna saudade,
dorida, dum eterno amor,
que é o meu...!
Graça Bica 
(reservado ao direito de autor)
Foste entrando em mim
de mansinho,
como um sol vindo do oriente,
Inundando suavemente,
as rugas da minha face,
uma luz tímida e transparente,
aguando as primaveras da nossa vida.
Vieste como uma flor desabrochando lentamente
desnudando a beleza das suas pétalas.
tomaste os meus sentidos
como uma doce brisa,
agitando a folhagem densa do meu refugio.
Foste-me envolvendo num calor há muito desejado,
como um perfume forte e intenso.
Fizeste-me escutar a água cristalina da ribeira,
que corre veloz-mente para o mar...
Trouxeste-me a memória aquela força
de viver…
adormecida,pelo tempo sem ti.
Vieste de mansinho, como um vinho,
embriagaste-me a minha sede de amor...
Fizeste-me viajar no sonho sulcando,
de mares e céus desconhecidos...
Deste-me a arpa do espaço,
e a música suave do amor,
fomos um só,
abraçados nós desejos,
dum sonho,tão perfeito,
tu partistes...
Sem palavras nem despedidas.
Envolto no teu adormecido,
e belo sorriso,
num até sempre, de um fim de tarde...
O sol beijou-me,doente e pálido...
Graça Bica
(reservado ao direito de autor)