terça-feira, 2 de outubro de 2018

L. A tarde ficou pardacenta,e com nevoeiro, deixando antever o outono há porta, dias pequenos, lareira acesa, o conforto da manta no sofá, passear os meus olhos por uma boa leitura, viajar pelos recantos imaginários da mente, tudo me agrada muito, gosto do outono.! Arredei os cortinados do salão, a minha gata mia brinca despreocupada, com uma bola de papel amachucado, enquanto acendia um ponto de luz para aconchegar o salão. Umas nuvens escuras vindas do sul, as gaivotas sobrevoam enviesadas pelo mar, de vez em quando entoam grunhidos,e afocinhando o bico para pescar... Este mar que os meus olhos enxergam,de aguas escuras feito chão a trabalha, numa ondulação forte, erguida, esfumando espuma por toda a orla da praia, pincelando grossas nuvens brancas pelo areal, estou estarrecida, como fosse a primeira vez, a olhar este mar que eu tanto adoro. Sinto que sou tão pequena, ao olhar tanta grandeza,tanta paz, tanto brilho, tanta coisa que se liga e desliga,no meu pensamento argiloso, duma grandeza sem espaço, em medir distancia. Retalhando,mais um pouco nas parede dos meus segredos, busco lugares virgens, sem permissão de alguém entrar, esmiúço nas brechas do imaginário, arquitectando pedaços saborosas de lembranças. Agora a minha paz é longa, tão longa que me permite viajar pelas léguas do meu consciente, porque a rezão são eu, a vida encurta a cada dia que passo, os meus olhos descaem, doces, zelosos por quem amo!!! (poema escrito ao abrigo do autor) GRAÇA BICA.
Sinto passos a correr... Entre mim e a vida, sinto uma angústia que alastra. um fardo que me enrola. uma tristeza que canta entre mim, e a vida. Sinto a vida a fugir, entre mi e a procura, sinto a alegria seguir, numa nuvem,tão escura. Tanto, e tanto que sinto, que o coração se esvazia, deste tempo,e nesta sina da vida... (reservado ao direito do autor) Graça Bica.
2013. L. Sei em que manhã fomos amantes da noite, silenciosamente, recordo do teu corpo feito de mar, que paginei de estrelas balouçantes,e fui nascendo,na interrogação salgada do teu olhar... Vestida de nu para ti,e tudo que nós aconteceu, foram momentos inesquecíveis,com beijos demorados, foi princesa por uma noite,senti os ciúmes das nuvens,sobre nós... O mergulho envergonhado,o colar dos nossos corpos, as coisas que nos aconteceram. Meu Deus..! Ainda recordo... o desfazer das horas debaixo de nós, o beijo final,doido, longo de paixão, prolongamos por tempo indeterminado, guardado no coração.! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

sábado, 29 de setembro de 2018

L. Peguei no teu rosto, com o calor das minhas mãos, deixei que sossegasse com a ternura dos meus olhos. Depois... lamentei, quantas noites adormeci orando, quantas noites seguidas e, meses passaram entrelaçado com os anos! Quantos... Quantos beijos os filhos me deram Quantos... Quantos braços me abraçam, Quantos... Quantas noites adormeci, com os dedos entrelaçados, Quantos... Quantas noites acordei, com os filhos me velando Quantas.... Filhos ? Mas.... Quantas...? (reservado ao direito de autor) Graça Bica
L. Passei a minha vida sentada num canto,a olhar para não sei onde! As fúrias do silêncio mal humoradas, correm com destreza para abraçar a imagem que eu,guardei de ti.! Estou tão pálida meu amor.! Olhei para o espelho que adorna a sala vazia de ti.! A luz tornou-se espessa, os pássaros chirriam começando a recolher, para as madres-silvas,e os ninhos nos beirais. O sino do campanário, desfaz as badaladas das trindades, arrasto-me passada-mente para a cama, com dores e, maleitas do corpo e da alma. O luar entra pela janela sem cortinas, incidindo sobre a mesa quase nua, com um diário,onde gatafunho palavras,e mais palavras,com os olhos marejados com grossas lágrimas. São, frases que eu te escrevo antes de adormecer.! Estás lágrimas são minhas! Atravessam antes do dia raiar, e todas as noites,antes de L. adormecer Amor..! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

domingo, 23 de setembro de 2018

L. A minha vida sem o teu amor, é uma carta em branco,sem nada para ler, é, um jogo de palavras sem respostas, um sorriso de boca fechada.! O céu sem estrelas,e universo despido sem luar... As jarras estão vazias sem flores. Os candelabros estão sem belas, a penumbra no quarto chora, o ruído da madeira seca não canta, os meus olhos secaram,presos nós teus.! A tua ausência faz mal a minha alma. A vida perdeu o rumo, o pó da ventania cegou os meus olhos,e os meus pés sangram da minha incessante procura. O meu peito agoniza com dor,e não posso caminhar sem a tua permissão Amor.! (reservado ao direito de autor) Graça Bica