Escondo o meu corpo

das, tuas mãos inquietas,
quando me procuras
para me tocar...
ando perdida,
no recanto da noite,
amordaçada para não gritar,
és o cais, da minha juventude,
as tuas mãos desciam
para me acariciar...
mordias o desejo
num trincar, na minha pele,
e os nossos corpos,
se banhavam, no mesmo mar...
eras, o meu pescador,
eu, a tua sereia,
galgas as marés,
na espuma do prazer,
em todas as noites
que descia a praia...
Graça Bica.