sexta-feira, 3 de abril de 2015

Vicio


 As mulheres,
nascem do silêncio,
e ascendem,
os pensamentos de luz, 
trazem no rosto,
os sons, das madrugadas,
e envalam, as noites
em sonhos...
em reflexo do amor!
que só, a mulher trás no corpo,
só ela, é amante de prazer,
trazem, o êxtase noturno,
e selvagem, que o vento,
apressadamente despe do corpo,
o olhar rima, com os sons,
da queda, vertiginosa
do silêncio
que poem, a descoberto
o vicio do prazer...

Graça Bica

quinta-feira, 2 de abril de 2015

No teu silêncio

Escrevo para ti,
os meus poemas,
com silabes
de música suave,
onde contruo
os meus sonhos,
e canto para ti...
sonho contigo em versos,
que me impede,
de perder-te...
os meus poemas,
cantam, a minha vida,
canto um sonho,
no teu silêncio,
melodia em meu redor,
escrevo, quando se apaga
o horizonte...
e tu és tudo para mim,
e minhas mãos tocam,
o teu nome, e guardam
os poemas de mim...

Graça Bica.
Amordaçada.

Escondo o meu corpo
absorvido de desejo,
das, tuas mãos inquietas,
quando me procuras
para me tocar...
ando perdida,
no recanto da noite,
amordaçada para não gritar,
és o cais, da minha juventude, 
as tuas mãos desciam
para me acariciar...
mordias o desejo
num trincar, na minha pele,
e os nossos corpos,
se banhavam, no mesmo mar...
eras, o meu pescador,
eu, a tua sereia,
galgas as marés,
na espuma do prazer,  
em todas as noites
que descia a praia...

Graça Bica.
Estação das rosas


Ficas-te do lado de fora
da minha vida,
como um calor de sol,
nos dias de inverno,
onde os dias, dessem
pelo meu rosto,
e deixam cair, gostas de orvalho
dos meus olhos,
deixaste marcas.
de lágrimas, de riso...
que não habitam, a tantos anos
no meu olhar,
triste ,macilento, de dor,
na minha vida,
não houve estações, das flores,
nem as rosas abertas,
prenderam, o calor,
no meu rosto...

Graça Bica
Ó alma

Leva-me contigo,
ó alma da solidão,
devolve aos meus olhos,
tudo, que de mim tiras-te! 
fui mágoa, que deixas-te
em mim...
foi  rubro da solidão,
leva-me de olhos fechados,
para não ter medo de mim, 
os meus passos, não tenham
de estar próximos...
da verdade, amargurada,
onde não quero entrar...
deixa o teu corpo,
dentro do sonho, que amo,
como uma chama...

Graça Bica.  

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Escrito 11/11/2OO2

Não sei como dizer-te,
que a minha calma desaparece,
na ausência, dos teus passos,
trago, a minha alma, perdida em luz,
segue o rasto da tua sombra ...
caminho sozinha, por entre os braços,
longos da noite...
entrego-me na ausência, ao teu corpo,
inventado,
começo a tocar o teu nome...
no silêncio, em mim,
o acordo da viola trina,
os desabafos, saem versos rasgados,
do teu corpo inventado
em mim...

Graça Bica.
 
Mãe

Não posso ser feliz
enquanto tiver o rosto
de minha mãe,
gravado no peito,
onde existe, ainda muita dor...
via, a minha mãe a caminhar
na minha rua, todos os dias!
escondia-se no meu peito,
as lembranças, que eu não consigo conter,
falsamente escondidas, no silêncio
da tua partida...  
onde os netos te chamam antes de dormir...
evadi-me da tua vida, não de ti...

Graça Bica.