quarta-feira, 8 de abril de 2015

Aconchego

Sabes meu amor
sonhei contigo?

foi um sonho pardacento,
numa noite, amena de verão...
o luar entrava pelo quarto adentro, 
feito nuvem branca, 
tão clara e radiosa,
degustando o meu perfil,
de loucura e desejos...
no sonho os teus lábios,
acariciavam os meus,
fugazes e sedentos,
aconcheguei-te...!
o teu corpo rendeu-se
na entrega do meu... 
as tuas mãos desfolharam,
o meu corpo.!
desbravado na minha pele,
desgostada pele teu... 
embalada no meu sonho,
de verão...

  Graça Bica,

   

terça-feira, 7 de abril de 2015

Nem todos os dias.

Eu percorro caminhos
em mim... 
convidam-me,a descansar...
trago as alegrias
despreocupadas,
do sono,
em que não dormi,
porque sonhei contigo!
um sonho tão claro,
com um bafo de calor,
a existência das nuvens,
escurecem o meu dia,
em que vivo só...
as manhãs cedo ainda, 
me persegue, nas lembranças,
esbatidas de ti... 
vindas como um lampejo,
ao meu peito bater... 
tirando de mim,
as mais belas lembranças, 
que guardei, da tua vida
em mim...

Graça Bica.
Desalinho.

Cantei
na orla do mar,
as minhas preces
comovidas,
o vento, me veio 
beijar...

nas águas 
remexidas,
das saudades
do desalento,
da procura
teu corpo...

na espera
de ser tarde,
das juras
do nosso amor,
cantei as nuvens
o teu nome...

esperei,
a tua chegada,
o nosso encontro,
seria, a tardinha,  
a minha boca
se rendia...

há fome  
do teu beijo,
do teu respirar,
na minha boca,
e o nosso amor
é sempre tardinha...

Graça Bica.

Esta carta foi, 
escondida no silêncio, 

Começo assim, vivo o presente..!
como quem corre no passado, 
as minhas mãos, escorrem
na folha do papel, o ditado
que o meu coração dita.!
o silêncio estendem as saudades
no meu leito...
 e já era tempo, de te contar...
escrevi,  uma canção,
onde falo da madrugada,
 e nascem as palavras,
todas as manhãs... 
não há tristeza ,nem saudades,
porque te trago em mim...
és  as nuvens, que se espalham,
nas sombras esquecidas,
como gestos, em vertigem, 
que escondi no teu corpo, 
com amor, e pensamentos,
caem, na fonte de todos,
os meus desejos...
e a carta ainda,
não tem fim...

Graça Bica.
 
Relógio não desperta.

Fazes-me tanta falta...

Que as manhãs não chegam,
para me despertar,
tudo em meu redor
é penumbra,
onde não há espaço,
para a madrugada, chegar...
sou mulher fria.!
que as vezes para não morrer
regresso ati... 
és o silencio, que nenhum
relógio
ade despertar...
preciso do teu céu,
o teu corpo de sol,
da tua vida, feita de noites,
sempre na penumbra,
é nessa distância,
entre o que sou, e que não sou.!
que tu habitas, nas paredes meias
com a minha vida...

Graça Bica.
Ilusão

 Quem dera ser tudo.

Ser astro, ser margem,
ramagem, inquieta...
doar o minha vida ati,
trazer-te de mão dada,
ter os teus olhos,
 só para mim...!
trazer-te sempre a meu lado. 
ser espaço, onde as gaivotas
sobrevoam...
junto ao mar!
e se ámen...
quem me dera, ser luz,
sem colinas de fogo,
onde os meus sonhos
se espraiassem,
como as asas,
das borboletas
ao anoitecer...
queria ser tudo meu amor
guardar-te ao meu lado...!

Graça Bica.
Gelada e triste


Prendi-me numa na noite
da ilusão ...
toda eu, era mistério...
e tu vinhas descalço
pelas portas da saudades,
eu amava-te,
tinhas em ti o segredo,
e o mistério do amor,
eu enlouquecia por ti...
depois, a noite descia,
eu brincava, a esconder-me de ti .
continuei amar-te...
por entre os frios da ilusão, 
e quando absorvi,
a perda..!
já nenhuma chama, te reclamava,
eu morreria por ti.!
tornei-me guardiã das estrelas,
para velar o teu corpo,
imortal e solitário,
gelado e triste...

Graça Bica.