sexta-feira, 10 de abril de 2015

Amei

Amei um homem,
sofri de mágoa,
tantas noites mal dormidas, 
pensando em ti..!
tantos projectos defini,
sem, a tua permissão,
havia uma só rezão,
a do meu coração.!
alinhavei, o teu corpo
com fio de cetim,
recompus, a minha imagem
a teu lado,
não respirava,
sem a tua aprovação!
formatei o amor,
sem teu consentimento,
a dor do meu peito,
retalhei-a em palavras,
que te escrevi...!
o vento segredou-me,
palavras doces,
a dor da minha alma,
e o amor do meu coração,
 é rezão da minha partida,
quanto regresso a ti...!

Graça Bica

quinta-feira, 9 de abril de 2015


Despir-te

é sentir a elegância
da tua chegada,
é excitante, 
o silêncio no teu corpo, 
quando me entrego,
de braços abertos,
há chegada
da madrugada,
desagua em mim...
as flores se abrem
para te saudar...

Graça Bica

AMIGOS


 As horas

Que se fazem minhas,
 dão-me, a liberdade de escrever!
dos momentos,que nos deitamos,  
embriagados, dos nossos olhares,
nos Lençóis,bordados em fios de prata,  
eram, as noites mais loucas,
e os nossos corpos, tremiam,
dançavam a balsa de amor,
na nossa cama.! 
as tuas palavras mais afoites, 
envergonham o meu corpo,
o teu olhar estarrecia, o meu corpo nu...
tremia de desejos, num grito mais grave
abafavas a minha boca, com a tua...
passavam as noites,e as horas corriam, 
e os nossos corpos, permaneciam,
abraçados....

Graça Bica.
 
Quero-te

Vejo tantas fóveas
 e um mundo de revolta,
no teu passado,
vejo medos, e tantas dores,
vejo o teu olhar tristonho,
 na solidão...
a mágoa que escondes!
quero, proteger-te,
quero-te, por inteiro,
quero, os teus lábios meigos,
quero, um abraço,  verdadeiro
na distancia, da saudades, 
e ter-te sempre ao meu lado,
resguardado do frio,
do sereno da noite,
quero, o teu abraço,
junto ao peito ...

Graça Bica.

No romance


Dos abraços apaziguo,
a paixão que me alucina,
e devora, e  me transforma, 
e me lambe e salpica...
o meu corpo, e me amarrara
no entendimento...
neste mar quebrado,
que me consome e abate,
onde espero por ti!
meu amor...
bem no fundo dos teus olhos,
o desamor quero afagar,
espero-te em desvaneios
este anseio, que me persegue...
 eu ti me entregar,
como rio, que corre para o mar...

Graça Bica.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Tanto sonho,
e nada escrevo...

Devagar a 5 de Abril,
entes do sol se ir embora,
e pensar, que fiquei
solitário nesse dia,
com o horror da tua partida...
não foi anunciada,
mas sim imposta !
o meu corpo tremia
à luz da vela, o mundo escurecia,
eu pedia, para não ser dia.!
não queria entrar na manhã
do outro dia...
nesta data calada
do que me fez a vida,
silente e comovida,
é vida que escrevo,
da dor contida, de não te encontrar
de ver os filhos chorar, eu sofria,  
da tua voz silenciar,
de tanta coisa perdida ,
que assim vivi, assim, 
me demostrou a vida,
a 5 de Abril nunca acabaria,
os cheiro das flores, foram a tua companhia..
a minha, fez-se noite nesse dia...!
silenciou para sempre,
o teu chamar...!

Graça Bica.