sábado, 25 de abril de 2015

Li no silencio
do teu olhar,

Que perdeste um amor,
eram longos, tão longos
os teus sonhos!
que o coração pulsava de dor  
de tão longos... 
derramavas no horizonte,
eram ternos, os teus sorrisos,
que deixavas transparecer, 
eras como o luar
que guarda a terra e o mar...
eras um sonho, e um abraço 
que esperava o meu corpo,
despido no teu olhar...
expandi o meu horizonte,
acalentei o teu amor
que floriu o meu jardim,
e o meu corpo,
ficou perfumado
com o cheiro de jasmim...

Graça Bica           
Esculpi
o teu corpo,

 Na turquesa do mar,
pintei-o de branco
cor de nuvem... 
com luvas rendilhadas,
despido,
o dia estava amanhecendo ,
e algumas estrelas,

cintilavam no universo,
perdidas do seu recolher,
dando luz as minhas mãos 

Pintei,  decalquei
um corpo despido,
todo meu...!
trabalhei,   
 a boca, corpo,
pormenorizadamente,

desenhei as mães,
como as queria sentir,
suaves, e aveludadas,

percorrendo o meu corpo,
despido... 
chamei o teu nome  
amor...
  
A saudade
anda comigo

Em todas as recordações
que eu sonho contigo,
do teu rosto a sorrir
entre murmúrios,
quando mexias os teus lábios,
para chamar por mim!
as saudades que eu sinto ,
são intermináveis...
como um vulcão,
que arde dentro de mim...
parei na vida!
nada mais faz sentido,
desliguei-me do mundo
que me rodeia, 
não via mais alegria para os meus olhos,
nem sede para continuar a viver,
zanguei-me contigo...
tanto te pedi para me levares,
caminho na sombra dos dias
que se fizeram meus...

Graça Bica.
  
A noite desce
sob o meu olhar

Estou cansada de mim,
o meu desassossego
não me deixa caminhar,
trago no rosto,
as lágrimas das primaveras,
que desfolharam em mim!
e a razão porque caminho sem ti!
foste o meu hino...
das alvoradas que passei a sorrir,
das noites que dormi deitada
no teu peito,
hoje não sei, que é feito de mim?
não me encontro?
perdi o sentido da vida,
e o meu peito soluça,
nas horas que estou acordada, 
o bater do meu coração
anda desgovernado,
não sei viver sem ti...

Graça Bica    
Numa noite,
mal dormida,
penso em ti.! 
no teimar do adormecer,
penso em ti.!
na rezão do momento,

penso em ti!
recordar os sentimentos,

penso em ti! 
dos sorrisos, alegres

penso em ti!
sem pronunciar palavras...

só nossos corpos entrelaçada
penso em ti! 
do sabor dos nossos beijos,  

penso em ti!
das zangas resolvidas,

no falar no momento,
do abraço da desculpa,
penso em ti!
no andarilho da vida

consumida de revolta
penso em ti!
de caminhar no tempo 

e ter-te ao meu lado
penso em ti!

 Graça Bica

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O adormecer,

Trás as lágrimas,
adormecidas
no meu peito, 
doem a cada recordar
da tua silhueta...
definida, transborda de amor
sempre que segues,
os meus passos...
alcançando o tempo,
fizemos do nosso amor luz,
caindo em pingentes de saudade   
cobrindo o nosso corpos 
de nuvens dispersas
de cinzas,
acumuladas
solta no chão
junto da cama...
embarca nos sonhos
que chora, ainda,
pela despedida,
de um amor que corre
na distância,
e dorme, e acorda comigo,
no quarto onde as nuvens
do pó, repousam sem vida....

pela tua roupa

Graça Bica.
Não havia distancias
porque tudo
estava tão próximo,
lembro-me de promessas
que nunca cumpri......
lembro do mundo
que era só meu..
teu..
nosso.!
Graça Bica.