sexta-feira, 15 de maio de 2015

 Pena noite


Naquele túnel gélido
e profundo,
onde a luz do luar
nem se adivinha,
erguia-se!
na frente dos meus passos,
o chão, de areia movediça,
o meu olhar ficou parado,
o meu corpo, tremeu de frio
e solidão! 
nem, uma esperança,
me alucinava o peito,
o caminho impossível
já traçado,
com  curvas sinuosas
que já não vejo!
estendo a minha mão,
para guiar-me sozinha
pela noite.!

Graça Bica

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Na noite

Em que o sol esvair ou,
as estrelas brincaram comigo,
a noite inundou, dê silencio 
 e vela acesa brincou,
na parede do meu quarto! 
a janela estava aberta
a noite estava serena
o calor  era ameno
era fim de Setembro!
o barulho do mar,

era musica para mim!
as estrelas brilhavam

no firmamento,
ouvia-se feito lamento
baixinho, uma voz
ao meu ouvido ,
para continua a viver... 

 eu, não pedia coisas banais,
nem me permitia usufruir

coisas impossíveis,
só um pedido fiz ....
que caminhasse ao meu lado
e sentisses o meu coração bater.

Graça Bica

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Querer-te                                      13.Maio...

É um sonho.

Que esta envolto
num nevoeiro,
dentro do meu peito,
que oscila com o meu pensamento,
quando chamo o teu nome! 
em todas as rezões
da minha vida!
tu, estas presente em mim!
quis em ti meu amor,
vingar os poentes,
abrir todos os botões de rosa
a luz do luar,
fazer tranças de sol 
com laços de aguarelas,
sublinhar o teu rosto, com lápis de seda,
para jamais te poder ferir,
envolver-te em lençol de lua cheia,
e ao fim da tarde,
adormecer-te...
no mar feito de cama de cambraia,
e depois trazer-te,
nos meus sonhos,
pujados de amor,
pudesse eu, um dia esperar
e trazer-te de volta para mim,
sem dizer-te adeus..

Graça Bica.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Encontrei-te

Numa tarde  de verão,
trazias nas mãos
os poemas que me escrevias!
nos fins de tarde,
junto ao pinhal,
a tua musica
era os grilos, e cigarras  a cantar,
e sobrevoavam
sob o charco... 
e as rás saltavam inquietas!
cheguei serena!       
tu dizias que o meu  corpo
cheirava rosmaninho,
que eu era,
as tuas primaveras, 
como as manhãs são o orvalho,
que refrescam as urzes...
entregaste-me  os poemas
perfumados, com o teu delírio
em todos os versos...

Graça Bica
No amanhecer

Dos dias
inventados,
começo, por recordar
as palavras, que só tu
me sabes dizer! 
o amor que soletras
dos teus lábios
aguados,
quando chamas
pelo nome!  
fico inquieta,
o meu peito treme
de tanto te amar...
teria tanta coisa
para te dizer?
se estivesses ao meu lado,
olhando nos teus olhos,
beijando os teus lábios sedentos,
dos nossos beijos,
meu amor...

Graça Bica.
    


  
A noite
Vem poisando,

No quarto devagar,
como quem chama,
uma voz muda,
penetra no silêncio 
do quarto escuro...
onde a vela aquece    
a palidez, da cama,  
os sons da noite adormecem
a minha alma ... 
as saudades que eu não sei
de onde veem!
trazem infortúnios
à minha visão,
que refletem na parede
do quarto!
um lamurio de gente
vindo de fora,
oiço...
a imensa da noite a soluçar...

Graça Bica.