quarta-feira, 15 de julho de 2015

Aquele adeus...

Foi o adeus,
mais amargo,
que me acompanhou!
 
Nos anos inquietos,
da solidão!
Distintamente,
mais violentos,
e mais exaustos,
como a rua,
que parecia, mais curta...

E curvas apertardes
difíceis, de desfazer,
janelas estritas,
em aprovação, de respirar,
a porta trancou!!!
Não mais deixou
entrar, o fim da tarde, 
mais soluçante,
e a noite cresceu...
Fiquei prisioneira
naquele adeus...

Graça Bica
Quero sentir-te...
Nas lágrimas que choro,
sem poder,
no coração que dói
e que não sinto! ...

 Nos fumos de desejo
que não tenho!

Quero Amor sentir-te...
No corpo que tens
sem saberes,
Num lago profundo
do amor...
Quero sentir,
os beijos, perdidos,
as palavras, que me dizias,
nas madrugada,
que o sono, não me acordou....
Quero sentir, as tuas mãos
tocando em mim...

Graça Bica

terça-feira, 14 de julho de 2015

Ainda recordas meu amor ?
o nome,
que demos aquela praia?

Em que  caminhávamos
de mãos dadas,
antes da alvorada!
e os nossos, abraços baloiçavam,
e os nossos beijos,
se alongavam nos minutos!
E os nossos corpos, se prendiam
no tempo....

É essa amor!
A praia das algas!
Foi a raiz, da nossa felicidade,
que batizamos ,com os nossos
poemas...
Que  relíamos em voz alta,
porque a solidão remava a nosso favor...
Sempre, que os nossos olhos,
se encantavam,
com sorrisos, alegres,
divertidos,
pactuamos, com o mesmo refrão.
tu, eu,
amor !
Na praia das algas...

Graça Bica

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Quando sonho nos minutos,
o meu corpo regressa ati...

Ao longe, não se ouvia
uma guitarra, ...
nem se ouviam sorrisos,
no horizonte;
pintado de fogo,
permanece no sonho...
haviam, giestas no monte,
espaçadamente,
o canto da cigarra
persistente, cuidava o sonho,
não deixava, o brilho do sol
despertar em mim!
Resguardo, a imagem,
do sonho que fica!!!
uma visão, distante, pardacenta,
por toda a ausência de nós...
repartida...
que aperta, o coração,
a cada estante...
só a ilusão, pode, manter-me viva!!!

 
Graça Bica
Errando
pela praia deserta,
encontro-me;
-sei, que posso olhar
sem receios, ...
a falésia, a areia,
e o gemido do mar...
sou aquela, que te ouve!
Olho em volta.

Aquela paz...
Que sempre, me pertenceu!
Outrora, corria descalça,
e tu, apareceste,
na imensa vastidão,
parecendo, um busto,
de braços logos,
e me abraçou!
Agasalhaste o meu peito,
fizeste de mim mulher!
pertences-me...!!!
Respiro, a cadencia do mar...

Graça Bica
Poema premiado, na antologia
Mar,a Tona.
As cores do mar
Faina Do Pescador.
...
O sol desceu sob o mar,
a água cor de turquesa
beija o extenso areal,
as gaivotas grunhem famintas,
picando, nas algas molhadas,
pondo a descoberto as conchas,
e beijinhos de amor...
O vento norte sopra enfurecido,
os pescadores, aguardam a calmaria
para pescar!
O abraço entrelaçou na tarde,
acalentou os pescadores,para a faina...
Enquanto os filhos
brincam na orla do mar...
As mulheres com o seu lamurio
lançam as preces ao céu,
para acalmar o mar...
Avistam os seus homens,
os barcos, baloiçam cheios de pesca!
os risos dos filhos,
as mulheres de mãos erguidas,
agradecem as preces ouvidas,
a Virgem dos navegantes,
do regresso ao lar,
assim é a vida no Mar!
Graça Bica.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Caminho, lentamente
contra mim!
caminho,
 numa incerteza,
que a vida presenteou!

Caminho, num alvorecer constante,
onde se alongam as feridas,
das mentiras reais...
queria acreditar,
das promessas
por cumprir!!!

Dum sonho que sonhei
imaginado...
que o amor é partilha ;
que a jornada é partilha;
que os vícios, pudessem,
ser vencidos...

Que o grito, de alerta,
pode-se ser ouvido...
que não houvesse
esquecimento,
jamais!!!

Que a outra metade,
de quem ama...
se destrói lentamente,
acredita nas palavras...
mesmo sem as compreender
acreditei!!!!

Acredito no sonho
acredito em mim
!!!
acredito em viver,
sem incertezas,
sem, mutilar a alma...

Queria acreditar num amor
como o meu,
queria, que fizesse
um esforço,
por mim..!!!

Como eu faço por ti.!
depois de tanto  escrever
só tu terás...
uma palavra a dizer...
Só tu ....


Graça Bica .