quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Nas manhãs cansadas,
 e, noites por dormir!

   
Os rios corriam da montanha,
cantavam de pedra,
em, pedra,
para desaguar no mar...
As ondas de mansinho
quebravam-se no areal...
o meu corpo cansado,
esperava o render
dos teus braços,
envolto ao meu corpo,
vestido de cambraia
cor marfim...

As lágrimas desciam
aos meus olhos,
banhando, o rosto marcado
de silêncio   
entre soluços,
e,o tempo da maré vazar...
Havia uma imensa distância,
que fustigava a alma...
Não, sei às horas 
que a maré vaza!!!

 
   
Fado da Graça.
É lindo cheio de graça!

Graça mulher franzina,
quem passa por ela
fica o seu cheiro no ar!
Um sorriso rasgado,
e, um olhar de encantar!
Os dias foram passando,
e,ninguém viu a Graça!

 
A noticia correu na aldeia,
pelos montes e caminhos....
Até que um velhinho,
veio ao adro a chorar.
Que a Graça tinha morrido,
por um, amor que tinha partido...

Os sinos tocaram,
e, todos ao adro chegaram,
com lamentos e, saudades.
No funeral uma velhinha,
entre soluços cantava
e, violas a trinar...
Graça Bica.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

És a poesia ,
a dança, o sonho,
o canto que vem
aos meus lábios ...


E porque tu existes,
que a minha alma
acorda,
os pássaros na noite....
Caminho pelas horas
de um relógio
que me deixaste,
parado no tempo...

São tão longas as horas,
que me rodeiam,
o relógio... está lá!
Mas tu partiste .....
A minha viagem é um circulo
vicioso,
que eu, nunca,
encontrarei o caminho...
Graça Bica

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Tenho a forma
da ilusão.
Nas minhas mãos,
o desenho da lua,
onde se espalha o meu rosto!

Trago sempre a saudade
daquilo que tive,
do que vivi!
Onde me sustento,
de instante a instante ....

Nos meu passos
trago o desejo,
na minha sombra,
a cidade dos sonhos.
Dá-me a dimensão
das saudades,
antes que eu me perca
e a noite caia...

Eu não veja, as coisas
por descobrir,
quero no caminho
a sombra do que fui,
do que amei sem me pertencer...

Graça Bica
Meu amor
não consigo,
escrever sem falar,
com a minha alma!

 Para partilhar
os meus desabafos,
recordar os meus

sentimentos,
da nossa vida.


Os testemunhos

do nosso sentir,
escrevo para ti! 

Com a pena de uma
gaivota, 
que sobrevoa sub, o mar...


 Da praia deserta.
Onde tantas vezes

eu choro, 
de amor só,
de pensar em ti ...

 Graça Bica



 Estes passos esgotados,
este rosto disfarçado,
este peito corroído,
este corpo sufocado, 
foram
as flores, do meu ventre!

O jardim da minha alma,
espadas do meu silêncio,
quebram a quietude,
da minha solidão,
sozinha,me sustento!

A imagem doutrora,
com um corpo delineado,
apele rejuvenescida, 
fazendo furor
ao tempo!

 O amor vai soluçando,
nesta prece comovida,
desta saudade que ficou, 
numa lágrima que correu
na minha face despida...

Graça Bica
 
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domingo, 16 de agosto de 2015

Minha vida numa aldeia,
pequena e florida,
com um braço de amar,
nela, vi barcos
atracados ao cais.

Cheiros de maresia
e gaivotas a voar, 
vi rostos perdidos,
num olhar
de pensamentos
talvez ausentes...
Dos seus sentires ....

Vi olhar meigo,
que me surpreendeu,
um sorriso com meiguice,
falamos junto ao cais,
um beijo fugidio,
as portas do rio..

Graça Bica.