domingo, 23 de agosto de 2015


Sinto falta de todos os beijos,
que não lhe dei.
De todos os sorrisos
que não causei.
De todas as lágrimas
que não enxuguei....
Sinto mais, e muito mais, 

a falta de nós, 
do que de mim!

Sinto a falta

de toda a esperança
que não dei, más recebi!
 De toda a compreensão

que me faltou.
Simplesmente, sinto

o que desapercebidamente
nunca havia sentido.
Do  amor que preciso,e
compartilhei, e não recebi...
Procuro...   
Um abraço,
nos nossos braços...  
Graça Bica
A manhã estava
por acordar,
os meus olhos doíam,
das lagrimas constantes
que labarão o rosto ...

 Não era o amor
que me castigava,
mas a teimosia,
em que me perdi..
No silêncio em que me tornei,
a mulher em mim
que, fustiguei ...

Ao abandono que
recolhi ....
Outrora construi
um mundo irreverente,
que brindava com a vida,
em meu redor,
almejei forças
para me defender!
Rejeitei amores remanseados,
tornei-me numa flor
que nasce,
com o sol. e. morre
ao anoitecer!
Graça Bica,

sábado, 22 de agosto de 2015

Quando a vida,
te parecer estranha, e
a solidão,te segrede.
que os homens
também aprendem a 
chorar...


Quando o vento, te
soprar ao ouvido, coisas
complicadas, que só
a lua, na sua simplicidade
e, mais tarde,
té fará entender:
quando o mar, for a tua companhia
na sua quietude, e
te ensine coragem, na sua revolta.
E quando a vida ,o
vento, o mar e a lua te
emoldarem o sentir,
e te façam único!
Compreenderás a beleza
que ainda não
descobriste!
Porque os teus olhos vagueiam
sem compreender,
o que procuras!!!

É uma imensa ternura
que te guia, com um horar....
Graça Bica.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Nas manhãs cansadas,
 e, noites por dormir!

   
Os rios corriam da montanha,
cantavam de pedra,
em, pedra,
para desaguar no mar...
As ondas de mansinho
quebravam-se no areal...
o meu corpo cansado,
esperava o render
dos teus braços,
envolto ao meu corpo,
vestido de cambraia
cor marfim...

As lágrimas desciam
aos meus olhos,
banhando, o rosto marcado
de silêncio   
entre soluços,
e,o tempo da maré vazar...
Havia uma imensa distância,
que fustigava a alma...
Não, sei às horas 
que a maré vaza!!!

 
   
Fado da Graça.
É lindo cheio de graça!

Graça mulher franzina,
quem passa por ela
fica o seu cheiro no ar!
Um sorriso rasgado,
e, um olhar de encantar!
Os dias foram passando,
e,ninguém viu a Graça!

 
A noticia correu na aldeia,
pelos montes e caminhos....
Até que um velhinho,
veio ao adro a chorar.
Que a Graça tinha morrido,
por um, amor que tinha partido...

Os sinos tocaram,
e, todos ao adro chegaram,
com lamentos e, saudades.
No funeral uma velhinha,
entre soluços cantava
e, violas a trinar...
Graça Bica.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

És a poesia ,
a dança, o sonho,
o canto que vem
aos meus lábios ...


E porque tu existes,
que a minha alma
acorda,
os pássaros na noite....
Caminho pelas horas
de um relógio
que me deixaste,
parado no tempo...

São tão longas as horas,
que me rodeiam,
o relógio... está lá!
Mas tu partiste .....
A minha viagem é um circulo
vicioso,
que eu, nunca,
encontrarei o caminho...
Graça Bica

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Tenho a forma
da ilusão.
Nas minhas mãos,
o desenho da lua,
onde se espalha o meu rosto!

Trago sempre a saudade
daquilo que tive,
do que vivi!
Onde me sustento,
de instante a instante ....

Nos meu passos
trago o desejo,
na minha sombra,
a cidade dos sonhos.
Dá-me a dimensão
das saudades,
antes que eu me perca
e a noite caia...

Eu não veja, as coisas
por descobrir,
quero no caminho
a sombra do que fui,
do que amei sem me pertencer...

Graça Bica