quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A sombra
que me amou
já não existe...

Vens, como as ondas altas,
embrulhar-me,
de azul de mar....
Enlouquecer-me,
com o cheiro da maresia,
beijar-me, com a espuma
das ondas altas!
Ondulando o meu corpo
perdido de ti...

Naufraguei as saudades,
ainda abraçadas
ao corpo,
despido de cansaço!
Levanto-me até ao murmúrio
dos meus gestos parados,
da maresia já gasta
de sonho e de dor...

Do outro lado da margem!

Graça Bica

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O vento da minha
alma,
resguarda o teu nome.

Não me deixa
chamar......
acalento o teu perfil
na maresia do meu olhar,
Na inquietude do teu
abraço!

Se o amanhecer chegar
e o sol descobrir
batizámos
os nossos beijos,
comungamos o nosso
abraço,
abraçamos o nosso
corpo,
lapidámos o nosso
amor
em torquesa cor
de mar..!
No caminhar do vento
que percorre na
distância,
em margens separadas,
no olhar do nosso
olhar.
guardado no peito,
Por vezes, a soluçar...

Graça Bica
Escrevo quando
se apaga
o horizonte

Escrevo para todos que
me leem,
que me levam...


 Escrevo, porque me dão alento,
escrevo para vós,
os meus poemas!
as sensibilidades
dos meus amigos...
Escrevo para ti !
Que visitas os meus sonhos
como a vida canta
para mim...

Sou mulher perdida
nós sonhos,
faço deles o meu prazer,
impaciente,transcrevo,
para um poema um
sonho um verso.....
O dia dará os braços
a noite!
Silenciosamente
Impaciente.
Me levem.....
 
Graça Bica.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Não creio no amor
sugerido nas paginas,
ou, no delírio
das canções!

Porque esse amor
não existe mais ...
A esperança é fogo
sem chama.
É nevoeiro que cobre a ilusão
de tudo, e de nós ...
É uma loucura sem estar
louca.
São palavras ditas sem nexo.
A tua foto suplica-me
na desistência,
com a ternura
dos sentidos,
e caminhamos lado a lado ,
vejo, sombras no teu rosto
e sei, que pensas
como eu ...

Graça Bica.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Escrevo para ti
os meus poemas.
Com silabas de musica...

 Vou aos teus sonhos
e canto para ti...
Sonham contigo os
meus versos!
Só a musica me impede
de perder-te.
Os meus poemas
cantam-te,
como a vida canta o sonho.
Mesmo quando
estás ausente

O teu silêncio é ainda melodia
em meu redor ...
Continuo a escrever...
Para além do horizonte.
E as minhas mãos tocam
o teu nome...

Graça Bica

terça-feira, 8 de setembro de 2015





 As paredes ocultas da casa,
choram lágrimas de dor,
ouvem-se, lamentos nas noites
de lua cheia.

Passeio na pedra gasta da
ruela
hoje, sozinha...
 No varandim da casa
as rolas rolam saudades,
na casa abandonada...
 Que outrora, as guitarras
trinavam a soluçar,
as rosas que adornavam a
mesa
sorriam de felicidade,
os passos respiram
sorrisos,
o crepitar do fogo
aconchegava as visitas no
sarou....


Andava  descalça,
pintava as paredes com lápis
de cor,
mais tarde de aguarelas,
desenhei corações,
escrevia poemas de tristeza.
no alvoroço da minha mente
guardo as palavras,
não confessadas.


 Ficaram guardadas
no casarão...
As macieiras, todos os anos
dão maças vermelhas,
trinco fazendo corações

como, fazíamos
nas nossas brincadeiras....


 PAI.


Graça Bica
A poesia é o choro
da alma...
 
O desabafo aprisionado,
a tristeza partilhada, ...
a dor desabafada.


Na solidão do meu peito!

Hoje, doar-me
no que escrevo,
é um balsamo de
alegria,
um repartir de
poesia,
por todos que me
leem
e, me aconchegam
ao peito!

As noites mal
dormidas,
são a minha reflexão,
onde, transporto para
o caderno,
o que sai do coração!

As lágrimas, agasalham
as saudades,
os sorrisos libertam
o sonho acorda
no meu peito....!

Escrevo, o meu sentir
para os que me leem,
um abraço acarinhado,
um beijo libertado,
um obrigada...   

Graça Bica .