sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Poesia de Graça Bica: MOZART: Symphony / Sinfonía nº 40 & Cafés de Viena...

Poesia de Graça Bica: MOZART: Symphony / Sinfonía nº 40 & Cafés de Viena...
Sinto que os dias
vagueiam em silêncio
em meu redor!

Sinta, a tua falta longínqua,
para além de muitos
Céus.
A água do rio corre serena,
que, os pássaros caminham
de leves sobre ela ...
Ainda vejo, o reflexo do meu rosto
pálido, destorcido,
espelhado nas aguas transparentes!

Os olhos fecham-se cansados, 
de ver a minha imagem,
desgastada, descuidada
do que fui outrora.
Oiço...
 No soprar do vento, as risadas dos filhos!
Ainda, os abraços apertados, que me
agasalhavam...
com tanto Amor...

Graça Bica.
 
  
As recordações
dessem
os degraus,
existentes em mim!

A vista do mar entra
pela janela adentro.
A luz. é aquela luz
alugada,
quase a mirrar...
O quarto tem a nudez
do corpo,
refletido nas paredes...
Coberto, com o lençol,
daquele linho moído
do tempo...

O cheiro dos poemas
sentidos de paixões,
que respirava,
ao declamar para ti...

Apetece-me paz!
Apetece-me alegria!
Apetece-me viver...
Na transparência
do teu sorriso...

Da minha saudade!!!
Graça Bica.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um sonho suado
fustigou
enrolou-se em mim...

Lotei, para desfazer
os laços,
que me prendiam!


Caminhavas !
Num passo apressado,
para enlaçares de novo
meu corpo!
Roguei ao céu ....
para caminhar
sozinha...


Ainda te amava no sonho!
como a chama
de uma vela, queimando
o resto do pavio!!!

Os raios de sol,
entraram no quanto,
aqueciam o corpo ,
prostrado na cama,
sem roupa, tremendo de frio ...
Dom sonho bravio ....

Graça Bica.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Comodamente no sofá
ignoro a noite !
Enterro um sonho
imperfeito.

 Como os moveis cor-comidos,
e cal, caindo das parede,
da humidade do longo inverno!
As telhas esmiuçadas
deixam cair gota a gota,
no sitio menos próprio,
onde me acomodo...


Porque a sala esta velha!
Como o coração da alma que pena.

Mesmo quando o sol
descobre ,
sendo, de pouca dura.
Assalta pelas janelas,
evitando o corredor.
Continuo no sofá escrevendo...
Perguntei-me?
para quem escrevo ?
o silêncio, negou-me a resposta!
Escrevo livros,
Para preencher as prateleiras...
Graça Bica.
Sempre que passo
naquela rua estreita
sem nome!

Para os lados da igreja. ...
Oiço, um violoncelo chorar...
Num acordo breve,
lento, e sentido!
Fico sem saber o que
pensar...

Tenho ideias, fantasias,
que me põem a chorar...
A calçada, fria escorregadia,
nem o sol consegue entrar,
nem os pássaros, povoem
aquela travessia ...

Verdade porém
aquele violoncelo
em leia-me,e faz-me
chorar ....
Graça Bica
Quase ao cair
da tarde,
da janela do meu quarto.

 Vejo, a praia deserta,
o silêncio deu voz
as gaivotas!
Num esvoaçar
dançando...

No silêncio perdido,
do areal...
O rosto dum pescador,
olha enfeitiçado,
saboreando cada gesto,
a cada instante...

As ondas respondem-lhe
baixinho,
aos pensamentos
que lhe vão na alma ...
O sonho!
Graça Bica