domingo, 22 de novembro de 2015

Neste dia 22/11/20015!!!
Profanei as cartas
Da minha Mãe...

Não estou alvoraçada,nem angustiada..
Por não dar importância,
a uma caixa pequena,
guardada ,numa também pequena,
mala de viagem ...

Uma das inúmeras, cartas
redigidas para mim,
outras, para o meu irmão!
Simbolizam um diário,

escrito em singelas cartas datadas ...





Que Passo a narrar ...


Minha Filha datada ano 19065
A dor da separação, é grande para ambas. Sei que não aprovas a minha decisão! Quando leres esta carta com muito amor.
Já muitos anos taram passado, e tu terminado o teu curso!
Toda a educação esmerada que eu, te dei, é um exemplo da vida que irás seguir ....
---Sei ,que andas magoada,os teus olhos entristecem os da tua Mãe!
Se o teu falecido Pai, caminhasse connosco,provavelmente as coisas não seriam diferentes,tomavam o mesmo rumo.
O ambiente no Colégio será diferente. não tem a Mãe nem a Maria. nem o Mano para veres diariamente...
Em casa o teu lugar na mesa, terá sempre,o teu prato.
O sofá fica com o tua fantocha,sentada,os mimos ficam para o fim de semana,em dobro.
O rigor de fazer de ti mulher, educada, responsável, leal aos princípios ,tenho a plena certeza que os vais seguir!
Por hoje é tudo minha adorada menina,da tua Mãe imensamente feliz ,

O dia está chuvoso.
Agradeço tudo, que me fizeste palmilhar!
Agradeço a educação,que tive,os valores da vida que me incutistes, e comungo!
Até as lágrimas de saudades,partilhadas com o exemplo de Mãe que foste para mim...
Obrigada
Da tua filha neste sitio, até chegar ati....
 
Graça Bica

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Não me procures.
Antes que a minha alma
te espere!

 Lê as cartas,
que um dia te escrevi...
Dadas a indiferença,
a tanto abandono,
Amarelecidas pelos tempos!

Diante de mim,
o tempo não ceifa o
mistério do momento...
As tuas lágrimas
lavaram o meu rosto
no ultimo Adeus.

Graça Bica

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Escrevo para ti!
Amor!

Não,é tão longe,a distância,
nem longe está o coração!
Hoje o sono
não se aborda,de mim...
A chuva desce.
pela calada da noite,

Queria, escrever-te
um poema!
Gatafunhei tantas palavras,
alinhavadas com nexo...
Outras,
uma conversa
surda de sentimentos....

 Segues, permanentemente
nós meus pensamentos.
Seguido, do poema gatafunhado,
há no poema uma realidade
presente!

 O sono vencei-me...
Já,a madrugada espreita,
o meu acordar,
E eu,
procuro-te...
Graça Bica
.
As sombras tornaram-se
tão longe, diante
dos meus olhos!
A lua, apareceu para
nos olhar...
O meu amor vai-se
embora. 


 Com um grito de dor sufocado,
um punhal , cravado no peito,
deste amor aprisionado!
Sem caminhos ,nem vales,
nem clareiras,
as sombras desceram...


O meu amor vai-se embora!

Vou dizer pela ultima vez
que te adoro!
Não hesito mais...
nem posso por ,o
por do sol, nos teus olhos,
para me olhares pela ultima vez!
Enquanto os meus viam
os teus...

 Os teus,a muito que desistiram,
de seguir os meus...
Graça Bica

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

UMA DOR,UM PAIS!
MUITAS DORES, EM DIVERSOS
PAÍSES...

Os corpos fuzilados caiem,
inertes!
Com o peso do silencio,
com os gritos agudos de dor ....


 Das vidas que fogem em pavor...

Respeito a liberdade....
E o direito de morrer,
onde quiserem ...

As vozes feridas atracam
nas ruas ,
com muitas interrogações
O bárbaro atira mata,
sem ,pudor...!
Não limpem o sangue
ressequido,
sacrificado no chão...
Sacrificando, o vazio da saudade,
Que em nada trás.
ó vazio do amor!
Da ternura e da paz, ao
vazio do coração,
das famílias, dos amigos
e da Nação ...

Cobram com flores as lágrimas
o sangue perpetua
em todos, os corações...
O meu luto,a minha indignação!

Graça Bica

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

No final da tarde
o orvalho cai ...

A rua está deserta,
de vez em quando
os ramos das arvores,
gotejam  gotas
do orvalho...
 Que repousam nos ramos
estrondosos
entrelaçados, com os arbustos!

O cheiro da terra é forte
cor de ocre!
Amolecido, 
molda os pés descalços,
que trilho, sozinha  no caminho...
Não levo direção!

Até que a cotovia cante,
ao raiar o dia. 
Avisto, o teu corpo, caminhando
na minha direção.
Os nossos braços,
se esticam...
Com vontade, dos nossos abraços!

E os nossos corpos,
telintam de frio,
e as nossas bocas, se unem
num beijo apetecido,
aquecem a alma
de
Amor...

Graça Bica