segunda-feira, 16 de maio de 2016



Não vi o meu pai,
há noites que ele não vem,
eu fico a espera,
deitada dormitando,
por vezes acordada, 
sobressaltada, bocejando,
ao primeiro canto de um pássaro,
é a primeira luz do dia.
Ele não veio,
agasalhar-me com a manta de lá
que fica aos meus pés...
Começam os meus olhos,
a lacrimejar da ausência,
espero até que me apareças,
e cobras os meus pés
gelados de frio...
Graça Bica.
Foto de Poesia da alma.
Passei todo dia
com o eco destas palavras
nos meus ouvidos,
É esta origem do meu sentimento
de solidão. 
percorro a casa a fechar todas as portas
até a da sala fechei.
Na entrada existe um sombrio relógio,
vai marcando as horas do dia e noite ,
contado todos os meus passos
com rigor,
já a longos anos que vivo dentro desta casa
onde?,
É quanto sei!!!
Não me deixa viver para o mundo.
a luz torna-se espessa ,
os pássaros começam a recolher,
se eu ficar quieta,
durante momentos,
consigo ouvir as ondas do mar,
é para lá, que quero seguir ...
Graça Bica

domingo, 15 de maio de 2016

Fecho a porta,
sento-me e ponho-me olhar,de olhos secos,
para o pedaço de papel da parede,
acima da secretaria,
onde não encontro nenhuma imagem tua,
nem de mim própria,
correndo de mãos dadas pela praia.
Os anos passaram, 
e nunca mais apareces-te,
Assim foi apagando, cada vez mais da memoria.

E hoje a tua lembrança é tão vaga,
quanto um conto de fadas.
Permito-me olhar toda a terra, até perder de vista,
exaltada pelo esforço da minha vontade.
São estes os meus pensamentos...
ao olhar para o papel da parede,
há espera que a minha respiração se acalme,
e o medo se desvaneça.
para poder abrir de novo a porta do quarto...
Graça Bica
Não vi o meu pai,
há noites que ele não vem,
eu fico a espera,
deitada dormitando,
por vezes acordada, 
sobressaltada, bocejando,
ao primeiro canto de um pássaro,
é a primeira luz do dia.

Ele não veio,
agasalhar-me com a manta de lá
que fica aos meus pés...
Começam os meus olhos,
a lacrimejar da ausência,
espero até que me apareças,
e cobras os meus pés
gelados de frio...
Graça Bica.
Fecho a porta,
sento-me e ponho-me olhar,de olhos secos,
para o pedaço de papel da parede,
acima da secretaria,
onde não encontro nenhuma imagem tua,
nem de mim própria,
correndo de mãos dadas pela praia. 

Os anos passaram, e nunca mais apareces-te,
assim foi apagando, cada vez mais da memoria.
E hoje a tua lembrança é tão vaga,
quanto um conto de fadas. 

Permito-me olhar toda a terra, até perder de vista,
exaltada pelo esforço da minha vontade.
São estes os meus pensamentos...
ao olhar para o papel da parede,
há espera que a minha respiração se acalme,
e o medo se desvaneça.
para poder abrir de novo a porta do quarto...
Graça Bica
Quis em ti,
vingar os poentes,
abrir botões de orquídeas,
a luz do luar...
Fazer tranças de sol,
com laços de aguarelas,
bordar o teu rosto,
em lenços de lua cheia,
e depois,
ir-me embora-!
Deixar esta imagem de mim,
partirei por uns tempos, a qual
não sei a distancia,
nem o tempo,
que estarei ausente.
Pudesse eu,
um dia esperar-te
sem dizer-te um
adeus....
Graça Bica.

sábado, 14 de maio de 2016

Ainda não sei como dizer-te
Adeus...
Na sombra do silêncio.
ainda não me habituei 
há ideia de caminhar
sozinha,
do desvanecer
ao som das melodias...

Já sem sentido,
de bater na porta e
não ouvir os teus passos,
recordo o relógio
parado no tempo ...
Partiste antes do entardecer
na noite fria ainda
clamei por ti...
Nem as estrelas
me iluminam
fiquei perdida aqui...
Graça Bica