sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O grito foi tão abafado,
que só,
pelo silêncio contrastando
percebi, 
que não havia gritado,
O grito fica batendo dentro
do peito.
Caminhei no alvorecer,
até ao entardecer,
com o grito silenciado,
dentro de mim,
os dias ganharam
raízes,
e o grito, fica abafado ,para não
ser gritado
.
O peito dorido com
o gemido
abafado, silenciado contrastado,
A lágrima correu na palidez
do rosto,
grito abafado silenciou...
(ao abrigo do código do direito de auto)
Graça Bica

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

As vezes estou tão só,
que oiço passar o vento,
deixando em mim,
mil pensamentos...!
Se eu os pudesse escrever,
neste momento,
faria um lindo poema,
de sonhos roubados,
que vagueiam
entre mim, e o silêncio.

Existe um som duma flauta,
que corre na minha direção,
atravessando o sitio do farol
como braçadas de luz,
é neste sitio que me rebeijo,
neste silêncio das nuvens,
que procuram o literal..
Fico até a tardinha,
dobrando o entardecer,
com o farol iluminado
refrescando a alma
de tanto sofrer.!
Fascinada pelo mar....
há qualquer coisa
que vagueia
entre mim e o mar,
e o som da flauto, e
o passar do vento....!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016


Leva-me contigo
agarrada ao teu olhar.
abraçada ao teu sorriso,
a sentir o teu calor.
a sorver do meu amor.

Leva-me contigo
o teu tempo é
o meu tempo,
e o meu tempo,
é a tua vida.

Leva-me contigo
e o teu mundo
é o meu lugar,
o teu trilho
é o meu trilho,
o teu corpo é
o meu templo.

Leva-me contigo,
embrenhada
nas minha suplicas,
cala,os meus lamentos
com um beijo teu!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.
Sabia que caminhavas,
pelo lado da solidão,
a tua tristeza abala-me
profundamente ...
Tentei falar contigo.
De imediato, eu
sabia a tua resposta!!!

Como tu me dizes, tantas vezes
que sou persistente
e teimosa....

A conjuntura das tuas palavras,
nem sempre afáveis,
deixam-me na sombra.
A distancia não é um muro,
mas um pretexto, razoável
para ocultar muita coisa...
Que não compreendo,
Será um dia o tempo,
que definirá este abismo ...
Por vezes penso,
que a muita gente
e muito silencio,
nas ruas da minha vida.!
Foi assim que me senti,
num corpo vestido,
com a minha alma descalça.!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.

terça-feira, 2 de agosto de 2016


A chuva fustiga a janela,
o vento corre forte ,
o espanta espíritos da varanda
faz um barulho infernal.

A cadeira de baloiço range
anuncia a chegada dum temporal ,
os corvos nos Alpes dessem,
da montanha, para a aldeia
Na lareira a lenha arde,
de longe a longe, cuspe fagulhas
o gato crispa o pelo,
enroscado aos meus pés.

Um ramo de cipreste cai
sob a janela,
fazendo um enorme barulho ,
tremi de medo ,
nesse momento o telefone toca
do outro lado da linha, uma voz aflita
silencia....
Um enorme estrondo,
fez-me tremer de medo!
O poste da luz derrubou
sobre a casa da lenha...
O gato pulou para o colo
lambendo meiga-mente
as minhas mãos.

Ficamos ditados na manta,
alimentando a lareira com lenha
o frio é presente.
Nas montanhas o silencio,
é interrompido
pelas cabras
achincalhando pelos trilhos
o medo desaparece com
o romper do dia...

(ao abrigo do código do direito de autor)

Graça Bica.
Voltei...
A pensar na geometria
do teu corpo. ´
Quando o vi, encostado
naquele barco ancorado
no cais !
A tua pele cor de canela,
de olhos fechados,
a tua boca entreaberta
repercutia, um desejo avassalador
em mim !
Sorrateiramente aproximei-me
de ti...!
O cheiro do teu corpo
despido e nu,
desencadeou um inerme
desejo de te tocar...
Inconsciente, no meu imaginário,
comecei a bordar o teu corpo,
com as minhas mãos,
perpetuei, mil desejos...
Antes escondidos,
no meu alvorecer.
És, uma replica, de todo desejo,
que a geometria do teu corpo
desencadeou em mim...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica. 08/07/2016
Toca-me com o teu jeito.
no meu corpo,
como,se tocasses uma arpa
num som melodioso,
e conduz o teu corpo sobre o meu,
feito instrumento que te espera,
suspirando as notas
em perfeita harmonia,
e vibra a espera,
do teu som...


As mais belas notas,
vibras nos meus ouvidos,
com o suave toque das
tuas cordas,
toca-me!
Cala a minha boca
com um beijo teu!
Abraça-me e deixa-me repousar,
por momentos,
acolhe-me!
A noite que pernoitei,
pedindo clemencia
pelo teu toque,
fechar os teus lábios,
nos meus...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.