terça-feira, 1 de novembro de 2016

De manhãzinha o frio
respirava
entre caricias e um manto
de neve,
estendido pelo chão,
os nossos passos
caminhavam lado a lado
Mas a distância é abismal...

A lembrança do teu rosto
definido e belo,
do teu corpo moldado e
esguio,
da tua voz serena e doce.
Neste momento,
não estou só.
O cão seguia-me
ladrado,abruptamente,
por este descampado
que nenhuma viva alma
está!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

Onde os meus olhos procuram,
só há escuridão!
O tempo não passa sem a luz
que eu preciso.
Hoje não há janelas, nem flores nas varandas,
nem recantos adornados, com labaredas vermelhas,
porque a fonte secou ...!
Há espaços perdidos entre aglomerados com campas,
que nesta altura se vestem de flores..!
Há lágrimas solitários descendo pelos rostos,
Há abraços que se repartem com saudades,
de ano em ano ...!

Há o teu espaço...
Com a tua foto tão gasta, pelos beijos que te dou...!
Há o meu amor calado na ausência e sem culpa ...!
Há saudades, que se prendem entre mim e os filhos.
Há a tua neta a quer saber histórias da nossa vida.
Há a minha boca cantando as nossas conversas.
nas noites de inverno,há lareira,
e azafama com os amigos nos dias de verão....
Dando brilho aos nossos olhos,e inundado as nossas almas...
Há de tudo um pouco, e muito mais...
Não me é possível esquecer-te.
Simplesmente, agasalho-te em mim:!!!
( reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.

domingo, 30 de outubro de 2016

Quando a noite desceu 
longe dos meus olhos, 
o reflexo da minha sombra 
tinha-se esgueirado, 
para o outro lado! 
Os lábios murmuravam 
o azedume do frio...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@,

sábado, 29 de outubro de 2016

Se o amor ficasse
no meu peito guardado,
seriam anos de solidão,
seriam primaveras
sem flores,
nem haveria calor no
verão...
Seriam as horas escorridas
nos dias
seria o peito a bater por uma
rezão...
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.,

Procurei-te pelo som
do vento,
das manhãs pedradas de
chuva .
agonizando nas janelas
de tábuas envelhecidas, e
esburacadas pelo tempo,e
anos agrestes.

Naquele tempo o sino tocava, a
rebate
quando as trovoadas enfadonhas
marcavam todo o caminho
por onde passassem,
batias na minha janela
e entravas num silêncio
sem voz...
O cheiro a pinho trovavam a
tua roupa,
descuidada,
deixava-me abraçar,
nos longos braços da
saudade
e, balbuciava em melodia o
teu nome...!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@

As gaivotas,com o mar revolto não tem nada que comer....
D emanhã levo pão seco para elas se alimentarem,
Beijinho para todos Amigos <3  

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Contei as estrelas. 
que desciam bailando,
iluminando com um brilho sedento 
o rosto parado, 
do que outrora fora um amor real ...
Nem a mingua da saudade 
acalentou o preludio da noite.
Fiz-me só...! 
Sem chama no olhar, 
nem o reflexo do trilho da estrada se via, 
o tempo doentio, saudoso 
e irreal assim ficou! 
As horas seguiam, não confiáveis 
tudo era tempo!
O som, 
as vozes, escondidas entre o si-prestes,
mingavam desajustadas e loucas, 
nem uma modesta brisa sob a ponte 
poderia mirrar o choro entre as margens...
Uma pedra descuidada rolou e 
desmoronou sob o peito doente,
O choro gritou surdo!
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.@.