sábado, 6 de junho de 2015

Escrevi.
 
Tantas cartas ,
meu amor, 
podias ler tudo que passava
na minha vida,
quando acabava de escrever,
cada  carta,
o meu peito chorava por ti,
por não me leres, 
continuei a escrever anos sem fim,  
desenhei nas folhas do papel,
tudo que o meu coração,
deixava sair... 
tantos anos de solidão,
na parede do meu peito,
tantas lágrimas derramadas,
que encharcaram a minha alma, 
 tantas saudades...
de não caminhares ao meu lado!
tenho saudades do teu abraço,
queria morrer abraçada a ti.!
 
 Fostes o homem da minha vida,
que segue na sombra ao meu lado, 
que adormece, e acorda comigo
no meu imaginário 
foste o meu grande Amor...
 
Graça Bica.
Sobescrito por Patrícia Lopes.
Minha Filha.
Fado em poesia

Nasci num berço de ouro,
acarinhada com melodia,
cresci, em fios de prata,
percorri!
em limalhas de zircão,
fiando em platina, 


Construindo amor,

 projetada em felicidade,
meu corpo um dia

jorrou,
dois brilhante!
lapidei-os,
em diamantes,


Caminharão em pedras
preciosas...
sassaram em esmeraldas,
decalcando em rubis,
encaminhei-os por empalas,
foi aplaudida com alegria,
 e desmoronei..


Fiquei mal tratada
apelei por DEUS.
pedi a sua luz...
acendeu-me uma vela,
agradeci com fervor,
acariciou-me com a lua, 


Deitei-me em paz,

com as estrelas,
acordei,

com nascer do sol,
fiquei iluminada,
e abençoada,

do tormento da dor...

Graça Bica
A noite visitou,,,

O meu quarto
com lamúrias
e lamentos,  
com mágoas
por explicar!

os olhos cansados
de lágrimas ,
das palavras
escritas, e faladas
por resolver..

dos significado
ainda, por explicar!
da dor, do meu amar,
da minha entrega
e do meu doar...

Da minha impertinencia
de resolver,
de falar de tudo
para ti. meu amor,
entenderes !!!

Que o meu coração
precisa,
de falar...
que o meu amor,

És Tu...

Graça Bica.     

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A dor do silêncio

Caminha lentamente
depois do teu silêncio,
já não consigo  pensar,
aplaudi-te nos momentos,
contei contigo...

Para me acompanhar!
na sombra do silêncio
apreendida nos teus lábios,
o orgulho desmedido
é um tormento,
sem explicação...

Caminhei nas tuas pedras,
segui o teu rasto!
doei-me no pensamento, 
no amor e na  ilusão...
omiti o julgamento,
para não magoar..
.
A força da minha alma
ensinou-me a caminhar...
a ser reta e correta,
deve ser uma miragem,
nos dias em que se estão a passar... 
  
Nos trilhos mais ocultos,
da vida já sem sentido,
e das perguntas?
pedidas num lamento, 
sem resposta por dar...

Graça Bica
   

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Poema para a minha neta Nuna.

Nuna !
És a minha companhia.
és tudo que eu tenho
na vida !
tens o sol no teu sorriso,
os teus gestos são delicados,
os teus carinhos são mimos,

és a luz que me guia,
e aquece o meu coração,

És tu que me das a mão,
és o meu caminhar
os meus passos,
são os teus passos,
o teu olhar aquece
o meu coração,
és a força do meu viver...

ainda és!
uma menina a crescer,
com sentido de retidão,
és o orgulho da Baba.
és todo o meu viver,
minha neta querida.

Graça Bica.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Sentimento!          Poema escrito, no ano 1971....


Numa ressaca
das minhas lágrimas,
num desabafo sentido,
de incompreensão,
pelo meu Pai ter partido,
sem me dar atenção!

tomei coragem, e escrevi,
minuciosamente,
a minha solidão,
de todos terem um Pai
e eu não!
sei que me ouves!
com atenção,
sem sins nem nãos!

Estou vacilante, nervosa,
tenho o meu filho ao colo
quem sabe arrependida
perante tanto silêncio,
na minha vida,
nem uma lágrima,
nem um sorriso.

Pai é para ti, que eu falo,
sou a tua filha!
a menina dos teus olhos,
a tua protegida,
a tua filha que chora,

Pai...!

Graça Bica.  
A minha infância                         Poema escrito 2/7/1999.
ainda menina,
tornei-me mulher!

Permanece alguém,
um eco perdido,
na distância
e no tempo...
o meu rosto de criança
da minha infância, 
ergue-se na altura um mistério!

Embrulhei-me num sonho,
na beleza límpida, do meu corpo,
como uma crença, da inocência,
os meus, tinham um rosto feliz,
não haviam distâncias...

recordo-me de promessas,
lembro-me do meu mundo,
que era só meu!
e depois?
ajoelhei, em todos os templos
que ia passando,

Até o meu amor encontrar o teu!
de menina,
com corpo de mulher,
dum sorriso rasgado
um olhar enfeitiçado....

Graça Bica