quarta-feira, 8 de abril de 2015

Instalo-me.

Na lucidez,
do meu mundo,
onde descobri as fantasias,
em que se propuseram a mim...
da janela, sinto o pulsar cinzento
da realidade,
no espelho,o mundo talvez,
não vejo o meu perfil,
de tanta poeira acumulada
no espelho...
onde meço, o tamanho da minha liberdade,
que me da tanta pequenez,
o meu olhar seria diferente,
se olhassem como eu, e fosse gente!
ser uma mulher arredia da mente,
que esperou no tempo ...
instalei-me na lucidez de te olhar
e o meu corpo apareça nu,
ao espelho queria ser mulher
queria ser gente...

Graça Bica


Quando desce sob mim,
a lembrança.!

De te escrever um poema!
é minha alma que canta,
ao fasear a escrita,
com versos a soluçar,
com a maneira de te querer,
sou torrente, que corre
pela ladeira, passando
pelo baldio,
e desaguando no mar...
meu amor!
eu ainda, te quero tanto,
que recordações me deixaste!
que saudade de agonia,
de te ter,  e querer ainda...
digo, que ainda te amo,
é o coração a falar,
e os meus olhos,
ainda te choram...
fazendo-se em mim
o teu recordar

Graça Bica.
Aconchego

Sabes meu amor
sonhei contigo?

foi um sonho pardacento,
numa noite, amena de verão...
o luar entrava pelo quarto adentro, 
feito nuvem branca, 
tão clara e radiosa,
degustando o meu perfil,
de loucura e desejos...
no sonho os teus lábios,
acariciavam os meus,
fugazes e sedentos,
aconcheguei-te...!
o teu corpo rendeu-se
na entrega do meu... 
as tuas mãos desfolharam,
o meu corpo.!
desbravado na minha pele,
desgostada pele teu... 
embalada no meu sonho,
de verão...

  Graça Bica,

   

terça-feira, 7 de abril de 2015

Nem todos os dias.

Eu percorro caminhos
em mim... 
convidam-me,a descansar...
trago as alegrias
despreocupadas,
do sono,
em que não dormi,
porque sonhei contigo!
um sonho tão claro,
com um bafo de calor,
a existência das nuvens,
escurecem o meu dia,
em que vivo só...
as manhãs cedo ainda, 
me persegue, nas lembranças,
esbatidas de ti... 
vindas como um lampejo,
ao meu peito bater... 
tirando de mim,
as mais belas lembranças, 
que guardei, da tua vida
em mim...

Graça Bica.
Desalinho.

Cantei
na orla do mar,
as minhas preces
comovidas,
o vento, me veio 
beijar...

nas águas 
remexidas,
das saudades
do desalento,
da procura
teu corpo...

na espera
de ser tarde,
das juras
do nosso amor,
cantei as nuvens
o teu nome...

esperei,
a tua chegada,
o nosso encontro,
seria, a tardinha,  
a minha boca
se rendia...

há fome  
do teu beijo,
do teu respirar,
na minha boca,
e o nosso amor
é sempre tardinha...

Graça Bica.

Esta carta foi, 
escondida no silêncio, 

Começo assim, vivo o presente..!
como quem corre no passado, 
as minhas mãos, escorrem
na folha do papel, o ditado
que o meu coração dita.!
o silêncio estendem as saudades
no meu leito...
 e já era tempo, de te contar...
escrevi,  uma canção,
onde falo da madrugada,
 e nascem as palavras,
todas as manhãs... 
não há tristeza ,nem saudades,
porque te trago em mim...
és  as nuvens, que se espalham,
nas sombras esquecidas,
como gestos, em vertigem, 
que escondi no teu corpo, 
com amor, e pensamentos,
caem, na fonte de todos,
os meus desejos...
e a carta ainda,
não tem fim...

Graça Bica.
 
Relógio não desperta.

Fazes-me tanta falta...

Que as manhãs não chegam,
para me despertar,
tudo em meu redor
é penumbra,
onde não há espaço,
para a madrugada, chegar...
sou mulher fria.!
que as vezes para não morrer
regresso ati... 
és o silencio, que nenhum
relógio
ade despertar...
preciso do teu céu,
o teu corpo de sol,
da tua vida, feita de noites,
sempre na penumbra,
é nessa distância,
entre o que sou, e que não sou.!
que tu habitas, nas paredes meias
com a minha vida...

Graça Bica.