quinta-feira, 23 de abril de 2015

O adormecer,

Trás as lágrimas,
adormecidas
no meu peito, 
doem a cada recordar
da tua silhueta...
definida, transborda de amor
sempre que segues,
os meus passos...
alcançando o tempo,
fizemos do nosso amor luz,
caindo em pingentes de saudade   
cobrindo o nosso corpos 
de nuvens dispersas
de cinzas,
acumuladas
solta no chão
junto da cama...
embarca nos sonhos
que chora, ainda,
pela despedida,
de um amor que corre
na distância,
e dorme, e acorda comigo,
no quarto onde as nuvens
do pó, repousam sem vida....

pela tua roupa

Graça Bica.
Não havia distancias
porque tudo
estava tão próximo,
lembro-me de promessas
que nunca cumpri......
lembro do mundo
que era só meu..
teu..
nosso.!
Graça Bica.

À direita

De quem entra no sonho,
a bruma puxa-me
para a sombra,
rápida de esperança,
convoca os meus versos,
enamorados e ternos,
da alegria de te ver.
queria apenas encontrar
um regato, onde os versos
cantem as palavras que te escrevo. 
 e nos encontraremos de mãos dadas,
os nossos olhos
reconhecerão o único lugar
onde sabem viver...
a saudade não é de ti, é
 para ti!
do ruído que fazem as tuas sandálias,
quando chegas junto de mim,
foi talvez por ti,
que a luz dos teus olhos
desfloraram as papoilas que cresceram,
no alto do sonho ,envergonhadas,
e se esconderam de mim,
foi talvez por ti,
que os meus lábios entreabriram,
trémulos de sonho e poesia,
e um novo poema me encontrou.
a pensar em ti,
é ter saudades dum futuro que eu inventei.
ainda não nos conhecia-mos,
mas já, escrevia poemas,
e tu os lias!

Graça Bica.
O cantar do sonho.

Os dias correm lentos,
os sonhos,
não se distanciam
de mim...
prendo-os na distância
para não ficar sozinha
no tempo,
o chirriar do rouxinol,
de manhãzinha,
e o cantar do cuco
a tardinha,
a vida fica pesarosa,
a soluçar ...
até o sol se deitar,
no manto do mar,
ouço o barulho das ondas,
a beijar areia...
as janelas do meu quarto
ficam abertas,
para os sonhos entrar,
sem pedir licença,
e os teus lábios beijam
a minha pele pela noite,
os sonhos despertam.
os sentidos arrebatadores
que se fizeram meus...
entre a distância, que nos separa,
e abraços que se unem..

Graça Bica

terça-feira, 21 de abril de 2015

A dor se
esvai,
a minha alma
pena!
da saudade do teu
abraço,
do beijo
fugidio,
tremido,
e arrependido.
alojado no meu
peito,
ainda por controlar,
da sede da tua
pele,
do abraço apertado,
do carinho que
permanece,
em todos
acordares...

Graça Bica.  
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