quinta-feira, 23 de abril de 2015

À direita

De quem entra no sonho,
a bruma puxa-me
para a sombra,
rápida de esperança,
convoca os meus versos,
enamorados e ternos,
da alegria de te ver.
queria apenas encontrar
um regato, onde os versos
cantem as palavras que te escrevo. 
 e nos encontraremos de mãos dadas,
os nossos olhos
reconhecerão o único lugar
onde sabem viver...
a saudade não é de ti, é
 para ti!
do ruído que fazem as tuas sandálias,
quando chegas junto de mim,
foi talvez por ti,
que a luz dos teus olhos
desfloraram as papoilas que cresceram,
no alto do sonho ,envergonhadas,
e se esconderam de mim,
foi talvez por ti,
que os meus lábios entreabriram,
trémulos de sonho e poesia,
e um novo poema me encontrou.
a pensar em ti,
é ter saudades dum futuro que eu inventei.
ainda não nos conhecia-mos,
mas já, escrevia poemas,
e tu os lias!

Graça Bica.

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