sábado, 14 de maio de 2016



29 de Abril de 2014 às 18:08 ·
Os
olhos vagueiam,
na plenitude da distância
do imaginar do tempo
no desalento da alma
no correr,no areal,
no descalço imaginário
de um oásis no deserto,
é tudo que meu cérebro
desenha,
com um ponto final...!
Retalhos de um tempo,
porto de abrigo,
das aves migratórias,
que poisam no beiral,
em debanda para
descansar...
Sou filha da madrugada
refúgio do luar,
lufar de água fresca,
com um corpo reluzente
num manto rendilhado...
Deitada no tempo,
Graça Bica..
Numa tarde como a
de hoje,
as palavras jorram da mente
silenciosamente,
sentindo o sol beijar o rosto 
sem permissão...
As palavras gotejam
bruscamente do peito.
Fez-se silêncio
A alma recolheu
o teu beijo dado,
sem poder...
numa simples brincadeira
dizes tu?
Ou seriam duas marionetas
comandadas
no despique,sem freio!
com publico assistir...
Para ver quem beija melhor.
Sentencias-te que nessa hora,
ninguém existia na
tua vida,
nem um pensamento
te fez redimir...

Vou deixar
as palavras dos poetas
anularem
o imaginário...
enquanto,
Deixo-me embalar numa teia,
e recolher-me na nostalgia...
GRAÇA BICA.


Numa tarde como a
de hoje,
as palavras jorram da mente
silenciosamente,
sentindo o sol beijar o rosto 
sem permissão...
As palavras gotejam
bruscamente do peito.
Fez-se silêncio
A alma recolheu
o teu beijo dado,
sem poder...
numa simples brincadeira
dizes tu?
Ou seriam duas marionetas
comandadas
no despique,sem freio!
com publico assistir...
Para ver quem beija melhor.
Sentencias-te que nessa hora,
ninguém existia na
tua vida,
nem um pensamento
te fez redimir...

Vou deixar
as palavras dos poetas
anularem
o imaginário...
enquanto,
Deixo-me embalar numa teia,
e recolher-me na nostalgia...
GRAÇA BICA.


Era fim de tarde
o sino da aldeia
toque a rebate.

Grita uma voz alucinante
que a Amélia está entre 
a morte, e o dia,
os vizinhos correm
desenfreados,
rezando pela a pobre alma
que padecia...
A Sr.Mariquinhas
com muita fé e
mesinhas
trazia os filhos ao mundo
Silêncio pairava no ar
um candeeiro de petróleo
com uma chama ténue
iluminava o colchão da cama
da Amélia.
Por entre dentes saiam ais
e zurros de dor ...
Um grito ecoou....
nasceu...
O primeiro filho da Amélia
Sr Mariquinhas abriu a janela
agradeceu as preces
ao povo da aldeia
e chorou...
Mais uma vida nasceu,
na aldeia nós seus braços....

GRAÇA BICA
Foto de Poesia da alma.
Abril
Dia 25. hora 13h,15m.
Era madrugado
quando senti as dores,
das mulheres,
só elas as podem ter,
um suspiro,
de um novo dia.
Dia da liberdade.
de cravos vermelhos
Postados
nas armas, e lapela...
um erguer de ponho
dum acenar a liberdade !

Tinha um homem
de mão dada a sofrer,
o nascer da alvorada,
cheiros doces
pairavam no ar
de cravos floridos.
eram risos contidos, arrependidos,
de nada saber!
O sofrimento de dor,
o movimento
do meu ventre,
um grito de jubilo ,
saindo de mim
era a hora que
estava acontecer,
Uma esperança a nascer,
Um presente abençoado,
brilho dos teus olhos
a sorrir para mim,
os meus enternecidos
de amor.
Os nossos abraços entrelaçados
com beijos comungados,
nossa filha abençoada,
nasceu!!!
Graça Bica
Foto de Poesia da alma.
No vento da minha
alma,
resguardo o teu nome,
o peito não me deixa
chamar...
Acalento o teu perfil
na maresia do meu olhar,
Na quietude dos teus abraços,
Se o amanhecer vier,
e o sol descobrir
batizámos
os nossos beijos,
comungamos
os nossos abraços,
abraçamos o nossos
corpos,
lapidámos o nosso amor
em turquesa cor de mar..!
No caminhar do vento
percorrido da distância,
de margens separadas
amaciámos a distância,
no olhar do
nosso olhar...
guardado no peito.
Por vezes, a
soluçar...
Graça Bica
Estes dias de chuva importunam-me,
penso no mês do Maio
de outros tempos...

Quando compravas cerejas e as penduravas
em cacho nas minhas orelhas eu... 
vaidosa, passeava no jardim,
importunando as margaridas, cravos xaropes,
ervilhas de cheiros...
pavoneavam-se de mil cores, e mil cheiros...

O mês de Maio em nada se iguala
dos meus jovens anos de menina .!
Nos domingos ao fim da tarde
minha avo tios, e primos, vinham lanchar...
Tudo é diferente,
os cheiros deixaram saudades,
os canteiros que outrora floridos e cuidados ,
hoje jazem abandonados.
No tanque a água já não brota
a fonte secou...
As uvas mirraram nas vides, as macieiras secaram,
a casa que outrora nasci.
continua majestosa...
Dá todos os anos as boas vindas
ás andorinhas...
Graça Bica