domingo, 15 de maio de 2016

Não vi o meu pai,
há noites que ele não vem,
eu fico a espera,
deitada dormitando,
por vezes acordada, 
sobressaltada, bocejando,
ao primeiro canto de um pássaro,
é a primeira luz do dia.

Ele não veio,
agasalhar-me com a manta de lá
que fica aos meus pés...
Começam os meus olhos,
a lacrimejar da ausência,
espero até que me apareças,
e cobras os meus pés
gelados de frio...
Graça Bica.
Fecho a porta,
sento-me e ponho-me olhar,de olhos secos,
para o pedaço de papel da parede,
acima da secretaria,
onde não encontro nenhuma imagem tua,
nem de mim própria,
correndo de mãos dadas pela praia. 

Os anos passaram, e nunca mais apareces-te,
assim foi apagando, cada vez mais da memoria.
E hoje a tua lembrança é tão vaga,
quanto um conto de fadas. 

Permito-me olhar toda a terra, até perder de vista,
exaltada pelo esforço da minha vontade.
São estes os meus pensamentos...
ao olhar para o papel da parede,
há espera que a minha respiração se acalme,
e o medo se desvaneça.
para poder abrir de novo a porta do quarto...
Graça Bica
Quis em ti,
vingar os poentes,
abrir botões de orquídeas,
a luz do luar...
Fazer tranças de sol,
com laços de aguarelas,
bordar o teu rosto,
em lenços de lua cheia,
e depois,
ir-me embora-!
Deixar esta imagem de mim,
partirei por uns tempos, a qual
não sei a distancia,
nem o tempo,
que estarei ausente.
Pudesse eu,
um dia esperar-te
sem dizer-te um
adeus....
Graça Bica.

sábado, 14 de maio de 2016

Ainda não sei como dizer-te
Adeus...
Na sombra do silêncio.
ainda não me habituei 
há ideia de caminhar
sozinha,
do desvanecer
ao som das melodias...

Já sem sentido,
de bater na porta e
não ouvir os teus passos,
recordo o relógio
parado no tempo ...
Partiste antes do entardecer
na noite fria ainda
clamei por ti...
Nem as estrelas
me iluminam
fiquei perdida aqui...
Graça Bica


29 de Abril de 2014 às 18:08 ·
Os
olhos vagueiam,
na plenitude da distância
do imaginar do tempo
no desalento da alma
no correr,no areal,
no descalço imaginário
de um oásis no deserto,
é tudo que meu cérebro
desenha,
com um ponto final...!
Retalhos de um tempo,
porto de abrigo,
das aves migratórias,
que poisam no beiral,
em debanda para
descansar...
Sou filha da madrugada
refúgio do luar,
lufar de água fresca,
com um corpo reluzente
num manto rendilhado...
Deitada no tempo,
Graça Bica..
Numa tarde como a
de hoje,
as palavras jorram da mente
silenciosamente,
sentindo o sol beijar o rosto 
sem permissão...
As palavras gotejam
bruscamente do peito.
Fez-se silêncio
A alma recolheu
o teu beijo dado,
sem poder...
numa simples brincadeira
dizes tu?
Ou seriam duas marionetas
comandadas
no despique,sem freio!
com publico assistir...
Para ver quem beija melhor.
Sentencias-te que nessa hora,
ninguém existia na
tua vida,
nem um pensamento
te fez redimir...

Vou deixar
as palavras dos poetas
anularem
o imaginário...
enquanto,
Deixo-me embalar numa teia,
e recolher-me na nostalgia...
GRAÇA BICA.


Numa tarde como a
de hoje,
as palavras jorram da mente
silenciosamente,
sentindo o sol beijar o rosto 
sem permissão...
As palavras gotejam
bruscamente do peito.
Fez-se silêncio
A alma recolheu
o teu beijo dado,
sem poder...
numa simples brincadeira
dizes tu?
Ou seriam duas marionetas
comandadas
no despique,sem freio!
com publico assistir...
Para ver quem beija melhor.
Sentencias-te que nessa hora,
ninguém existia na
tua vida,
nem um pensamento
te fez redimir...

Vou deixar
as palavras dos poetas
anularem
o imaginário...
enquanto,
Deixo-me embalar numa teia,
e recolher-me na nostalgia...
GRAÇA BICA.