quarta-feira, 15 de junho de 2016

Quando voltei do colégio.
estavam sentados na mesa,
era domingo, os tios e primos,vieram almoçar em casa.
A minha mãe estava inquieta,
não haviam telemóveis,
Como hoje, para se avisar dum atraso inesperado.
As cancelas do comboio estavam fechadas.
perdemos algum tempo,o tempo suficiente para a minha Mãe
estar alvoraçada.
Em casa as horas eram sagradas, para minha mãe!
Horário britânico,saudou-me com estranha alegria
forçada ,mas era visível, senti-me magoada,
pestanejei . para as lágrimas não rolar pelo rosto..
Na mesa tudo falava até a minha mãe, tentando esconder
o meu atraso,
observava-me atentamente, comi em silêncio.
Remexi a comida no prato,retalhando até ter a certeza
que a minha mãe não estava olhar para mm...
A Maria observa de lado, depois de todos comer,
foi, o meu prato a ser levantado.
servir-se café ,chá, e bolo.
As horas iam passando a Maria abordou-se de mim ,
pedi licença, e seguia ao meu quarto .
mostrou-me o bolo de laranja ,que tinha feito para levar,
e algumas variedades de fruta!
Chorei abraçada ao pescoço da Maria, pensava que só ela,
me compreendia.
Aproximava-se a hora de voltar ao colégio.
Bateram a porto era o SR,Costa, que me vinha buscar...
as horas marcadas, para entrar antes das 6 h
Era sempre o meu receio,de atravessar a linha do comboio
Minha Mãe abraçou-me e segregou ao meu ouvido
desculpa minha filha
És a minha menina !!!
Compreendo-te "Maizinha"
ao abrigo do código do direito de autor)
Graça Bica.
Este poema foi da colectaria
dos Poeta Poveiros.
Em livro ... As cores do mar!
Mar traiçoeiro 
Mar, calmo de águas salgadas,
horizontes indefinidos
em busca da liberdade,
dos segredos dos marinheiros
das marés traiçoeiras,
Das descoberta
de homens arrojados.
de peito valente usurpando
as tempestades.
enriquecendo a nossa Bandeira
de conquistas e, morte choradas
Mar calmo de ondas ousadas.
salpicos de fúria
com os barcos dançando
com frutos do mar.
para alimentar bocas famintas
enriquecendo o nosso Pais
Pescadores povo sofrido,
trazem na alma a tempestade,
o frio da noite
um sorriso e um
beijo molhado...
(ao abrigo do código do direito de autor)
.
Graça Bica
Foto de Poesia da alma.


A um cantinho no
meu corpo,
que zela por mim,
da-me vida para viver,
o dom de perdurar 
alimentasse comigo,
É um espaço com
dimensão angulosas,
onde existem
cavernas.
Aonde os suspiros
são guardados, e o
amor guardado.
É tão pequeno,que
guarda tantas palavras,
por vezes inibe-me
de as dizer...
Fala baixinho comigo.
com subtileza,e amor.
Os erros pode perdoar.
as atitudes podem
ser repensadas,
certas palavras podem
jamais,
ser esquecidas.
Dentro do coração....
(ao abrigo do código do direito de autor)
Graça bica

Caminho por montes agrestes,
o silêncio toca em mim,
os meus lábios abrem-se de
devagarinho,
acompanho a sinistra melodia, 
as estrelas guiam o caminho
os braços longos da noite.,
pernoitam, nas asas dos corvos...
Caminho incessantemente
a procura, da chama dos teus olhos!

Caminho per incertos instantes
procuro...e procuro...
Um relógio que deixas-te parado no tempo.

Sou ausência vestida de negro,
na torrente dos sonhos,
havidos,e confusos, da noite agreste.!
Quero encontrar o relógio, para mudar
vida.
Os meus dias continuam...
No mesmo barco perdido e sem leme.
corroído a tanto tempo, parado na solidão.

(ao abrigo do código do direito de autor)

Graça Bica
Poema da colectania ,
a faina do mar
As cores do mar
em livro.
A faina do pescador
O sol desceu sob o mar
a água cor de turquesa
beija o extenso areal
as gaivotas grunhem famintas
picando nas algas molhadas
pondo a descoberto as conchas
e beijinhos de amor ...
O vento norte sopra enfurecido.
os pescadores aguardam a acalmaria
para pescar...
o abraço entrelaçou na tarde
acalentou os pescadores para a faina,
enquanto os filhos,
brincam na orla do mar
as mulheres com seu lamurio
lançam as preces ao céu
para acalmar o mar...
Avistam os seus homens
os barcos baloiçam cheios de pesca
os risos dos filhos
as mulheres de mãos erguidas
agradecem as preces ouvidas
à Virgem dos navegantes,
do seu regresso ao lar
assim é a vida no mar !
(ao abrigo do código do direito de auto
Graça Bica
.


De noite o rio chora,
corre
veloz mente da nascente
até a foz.
Leva queixumes de amor,
que vão cantando de pedra,
em salpicos suspirados.
.
O limpa rios aso-via baixinho,
trauteando as promessas
dos amores..
Segue o seu trilho veloz,
a noite a lamentos
choro, de amores desfeitos,
amores jurados hoje
separados !
Tantas juras se louvaram,
tantos amores se entregaram,
tanto amor confessado
num só corpo unido,
nas margens do rio!

O rio sofre,na sua
correnteza.
até desfalecer
na foz...
(ao abrigo do código do direito de auto)
Graça Bica.
Foi um ano de dor, e
de amor,
foi um ano de
fúria e lamuria, foi
um ano com menos 
cor,
com mais negrume, com
mais azedume,
foi
um ano que eu
não queria,
mas daria
tudo para reverter, mais
um ano que passei
sem ti!!!
foi um ano de
bater no peito de
tristeza, e
nostalgia de
estar sozinha, de
pensar nos outros, de
todos que fizeram
parte de
mim, de ti... para o
ano será
igual...( reservado ao direto de autor)
Graça