quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O amor é um retalho
da vida,
um caminhar seguro,
um abraço repartido,
um ombro para chorar.
uma felicidade exposta
ao olhar,
atento da paixão!


Mesmo que a boca não
se abra,
a vontade é enorme
de segurar nas tua mãos.
em leves segundos
para as beijar...
As luas guiam as marés,
com eu, de tão longe,
te guio ati!...
(reservado ao direito de autor)
Graça bica

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Deixaste os teus
olhos,
e o cheiro da pele
perfumada
no travesseiro
da minha cama.
O silêncio acorda
ao alvorecer, e
o teu corpo se vai,
num suspiro da alma..
Antes que eu acorde, e
te prenda
nos meus abraços,
assim o sonho
fica suspenso...
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Falo constantemente
de ti.

Falo porque ainda te guardado,
debaixo da manta
que me cobre!

Escrevo as dores,
com quem não consigo estar,
como quem sonha
sem saber. 


É de ti amor que regressa
a voz das multidões,
que me falam,
e chegam maneira-mente,
como o memorio de ondas
nas falésias.

Falo de ti, a toda a gente,
e faço os meus poemas
com a mesma agitação
que falo.

No dia que deixar
de escrever,
as historias perdidas,
que me aniquilam estarei
perdida em ti.
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.
Quem me dera ser astro,
ser luz,
ramagem inquieta
na sombra de ti,
ser espaço virgem
onde os namorados
se amassem.
E ainda,
quem me dera ser azul,
sem colinas de fogo,
e o meu coração
escondesse as saudade,
e o peito respirasse
o cheiro da brisa,
que avisto da mira da ponte,
onde os meus sonhos
se espraiassem
como as asas das gaivotas
ao anoitecer...
E assim ficava o meu peito
adormecido em mim.
(reservado ao direito do autor)
Graça Bica.
Dedico esta prosa singela a Tia Nair!
Uma Tia muito doce e querida.
Eu e outra sobrinha,de nome Luísa,
que a Tia carinhosamente nos batizou
como Luisinha ,e Gracinha.
Fomos visitar a Tia Nair!
A Tia Nair ,estava desolada,com um olhar entre-tecido,
o olhar da Tia, não tinha o mesmo brilho.de azul cor de Céu.
Hoje, tinha a cor das mares revoltas,embrenhadas com nortada.
Assim estavam os olhos da Tia Nair,de dor e saudade,
Acarinhamos a tia,é uma Senhora muito bonita asseada, e muito cuidada...
Entre carinhos e mimos descontraiu um pouco,
As nossas prosas foram proseadas,falando dos filhos, dos netos.etc.
de tempo passados,de viagens entre o Algarve ,onde Vive o João, do Brasil onde reside, a filha e de outra mais....
O tempo foi passado entre o lanche servido, com requinte como só a tia faz questão de servir.
A tia Nair, tens projetos vincados, ocupa o seu tempo na Universidade Sénior
Entre prosa, e mais prosa.confidenciou, que um dos seus maiores desejos é ser Bisavó...
Beijinho Tia Nair, foi um tarde inesquecível de afetos e abraços
Beijinho do meu <3

Graça Bica.
É tão vasta a escuridão
de longos passos de distância
que demarca a vida!
As acendalhas do candeeiro de petroleiro
agasalhavam a luz do rosto,do pobre homem
entre mudos momentos de acidez,que sofria o Manuel.
Por castigo os seus pais o deixaram a merecer do tempo.
Morava num enorme casarão,
rodeado de muros majestosos que se iam desmoronando ao sabor do tempo, já muitos pedregulhos jaziam no caminho
entre passos escorregadios do musgo húmido que
rendava a caminho,
que outrora passava um carro de semana, a semana,
Era o padre que vinha celebrar a missa na capela do casarão
algumas mulheres de vestes negras, mais parecendo corvos,agasalhando as cabeça com longos mantos, fosse Inverno ou mesmo no Verão ..
Viam o padre como um Deus na terra, batiam no peito para receber a comunhão ...
Mal a missa acabava rodopiavam de línguas afiadas pregando pragas as comadres...
O silêncio fez-se noite, e meses, e sempre os mesmos olhos esculpidos naquela janela, bacia-da pelo bafo do Infeliz Manuel, que tinha nascido com uma deformação ficou anos a deriva, e só! Saia de noite e se escondia de dia ...!!!
Em terras do Alto Baldio,sobranceiro com raia de Espanha!!!...!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Caminho por entre
os braços longos da noite.
Caminho a procura
da chama,
dos teus olhos.

Caminho por incertos
instantes, e procuro...
Numa insistência
que minha alma
anda perdida por mares
de solidão.

 
Procuro,
um relógio
que me deixaste
parado no tempo.
E procuro..
A ausência vestida
na torrente dos
meus sonhos..

E os meus dias,
são marés,com barcos
sem leme,
corroídos pela solidão,
deixados no quais
abandonado ...
(reservado ao direito do autor )
Graça Bica.