Na ribeira dos meus dias,
onde mergulho as tristezas,
nascem as minhas poesias
com certezas, e incertezas.
.
Vão ao sabor da corrente
até ao mar indefesas.
vão as minhas musas vazias,
na ribeira dos meus dias.

Passam as horas ,sombrias
onde tudo é confuso,
filosofia ,e manias,
e as águas vão passando.

Vão com elas as minhas mágoas,
e, eu na margem vou ficando,
no tempo,e vou meditando
na ribeira dos meus dias.!
(reservado o direito da autora)
Graça Bica.@.

Quando aqui, há dias me pediste,
que te fiz esse ,amor, uma poesia.
eu disse meu amor ,que não fazia,
porque a poesia já em ti existe.

A poesia não se faz
porque em tudo existe poesia,
 até na noite,ou no claro do dia,
a poesia .meu amor, persiste.

A poesia existe ,amor,e não aparece
em tudo que Deus fez ,e aconteçe.
que existe poesia, até na dor.

E como existe em tudo,e não se cria ,
não me peças que te faça poesia
porque tu és, poesia .meu amor !...

Estes passos esgotados,
este rosto disfarçado,
este peito corroído,
este corpo sufocado,
foram flores na minha
vida.

Jardim na minha alma,
espadas de silêncio,
quebram a quietude,
na minha solidão. .

A imagem doutrora,
dum corpo delineado,
de pele rejuvenescida,
o peito fazendo furor,
ao tempo.

Amor vou soluçando,
numa prece comovida,
da saudade que ficou,
e uma lágrima derramei
na face despida.

(RESERVADO AO DIREITO DA AUTORA)

Graça Bica.@.

A felicidade transpira nos poros
da alma.

Os teus passos seguiam largos, com ânsia de chegar até amim.!
Eu outrora vergara de ansiedade,
hoje fico quieta, bebo o tempo,que me esqueceste...

Os segredos iam longe,
os tempos de loucura, os corpos chamavam a pele.
Aquele arbusto emaranhado de ramos secos a
desabrochar,
tornou-se uma esplendorosa buganvília cor açafrão,
que segue abraçando os contornos da janela do quarto,
bordando de flores gigantes e floridas....

Aos poucos, a luz do sol nascia,beijava a minha face,
 os olhos aproximavam-se da praia,lambida pelas águas azuis, deixei naquela distância longa e indefinida repousar os olhos cansados de espera ...!!!
(reservado ao direito da autora)
Graça Bica.@.

27 de Dezembro de 2014 ·

Quando a vida te parecer estranha,
e solidão te segredo, que os homens
também aprendem a chorar,
quando o vento, te soprar ao ouvido
coisas complicadas, que só a lua
na sua simplicidade te fará entender...

Quando o mar te acompanhar,na sua quietude,
 e te ensine a ter coragem,na sua revolta,
e quando a vida ,o vento, o mar ,e a lua,
 te e moldarem o sentir, e te façam único
a um perfil de mulher.

Compreenderás a beleza
que és!
Então meu filho,
és e se, apenas Homem
(reservado ao direito de autora)
Graça Bica.@.

Abril

No quarto à uma escrivaninha
onde guardo as cartas que recebi
ti..!

Penso, em escrever-te...
O quanto eu tenho guardado,
neste peito magoado,nesta luta desmedida
nestes anos em vão...

Vou perdendo a vida em lânguidos cansaços,
os dias são longos, penosos e as noites muito mais...
Outrora os teus olhos eram espaços virgens,
onde o amor começava sem pressa de terminar...

Agora os dias são iguais,
nascem e morrem mudos.
Retalho a minha vida em pequenos momentos
do nada.
A sensatez do mar,chamava por mim.
o meu olhar abraçava a tua plenitude,
Hoje. os sonhos seguem num barco a vela,
desfraldando a tua imagem linda.
que os meus olhos, guardam de ti ...!
(reservado ao direito de autora)
Graça Bica.@.

Amor.

Naquele túnel gélido e
profundo
onde a luz do luar nem se adivinha, 
 erguia-se
na frente dos meus passos
o chão de areia negra e movediça.

Os meus pés caminhavam
de frente para trás,
e eu gemendo alto !

Uns braços fortes abraçam-me,
 deixo-me cair no ombro
a dor duplicou ,outro abraço
foi-se sobrepondo,com mais dor
e mais choro...

O murmúrio das vozes
sufocavam-me,
o momento era só nosso !
Aquele olhar parado,
sem vida,
jazia aos nossos pés ...
Passavam imagens paradas,
de incompreensão...!

Abraço eterno até aí...

Graça Bica.14/04/2017.
16 horas...